Amílcar Pinto: - Estudo Geral - Universidade de Coimbra
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As multiplicida<strong>de</strong>s do traço — uma análise sistemática da obra <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong><br />
Os <strong>de</strong>senhos para duas habitações a construir na<br />
Covilhã, encomendados por Ambrósio Nave a <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>,<br />
seguem a esta formulação noutra tipologia habitacional 246 .<br />
No plano <strong>de</strong> obra original, <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong> propunha duas<br />
vivendas totalmente simétricas com jardins contíguos,<br />
novamente, o piso térreo (ou neste caso um sub-piso),<br />
repetindo o espaço funcional das ―lojas‖, era <strong>de</strong>stinado a<br />
arrumos e a armazenagem.<br />
No primeiro pavimento organizava-se as divisões<br />
habitacionais, dispostas axialmente em relação a um corredor<br />
longitudinal. A entrada era feita por meio <strong>de</strong> uma breve<br />
escadaria lateral, que se prolongava num pequeno alpendre<br />
com passagem para a cozinha. No plano <strong>de</strong> obra, fazendo uso<br />
da acentuada diferença <strong>de</strong> cota do terreno, a cobertura era<br />
resolvida em terraço. Essa situação orográfica permitia<br />
comunicação do terraço com um segundo arruamento à cota<br />
mais elevada, dotando a habitação <strong>de</strong> duas entradas<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />
Concluídos 1928, numa área <strong>de</strong> expansão urbana da<br />
cida<strong>de</strong> (hoje rua Dr. António Plácido da Costa), estes imóveis<br />
acabariam por sofrer várias alterações em obra. Os terraços<br />
foram suprimidos e substituídos por telhados <strong>de</strong> quatro águas.<br />
No aproveitamento do sobrado foram incluídas águas-<br />
furtadas, nos dois edifícios. A serventia à rua <strong>de</strong> cima<br />
manteve-se por intermédio <strong>de</strong> uma escada localizada no<br />
jardim. Na casa da esquerda foi acrescentada uma janela no<br />
alçado sul e expandida a sua área <strong>de</strong> implantação,<br />
<strong>de</strong>srespeitando a simetria proposta para as duas habitações.<br />
65<br />
Capítulo 3<br />
Imagem 2 5<br />
Moradia na Quinta do Corjes<br />
Covilhã<br />
Alçado principal e planta do 1.º piso<br />
Em: A Arquitectura Portuguesa, Junho<br />
<strong>de</strong> 1925, p. 10 e 11<br />
Imagem 2 6<br />
Moradia na Quinta do Corjes<br />
Covilhã<br />
Detalhe da fachada<br />
Fotografia <strong>de</strong> Ricardo Carrilho<br />
Covilhã, Abril <strong>de</strong> 2008<br />
246 Referimo-nos ao projecto publicado em ―Dois Edifícios da Covilhã primeira parte do artigo‖, em Arquitectura<br />
Portuguesa – revista mensal da arte arquitectural antiga e mo<strong>de</strong>rna, Lisboa, n.º 12, ano XXI, Dezembro <strong>de</strong> 1928, p. 50 e<br />
estampa e ―Projecto <strong>de</strong> dois edifícios <strong>de</strong> habitação na Covilhã‖ [arquitecto <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>], em Arquitectura Portuguesa –<br />
revista mensal da arte arquitectural antiga e mo<strong>de</strong>rna, Lisboa, n.º 1, ano XXII, Janeiro <strong>de</strong> 1929, p. 5 a 6