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Amílcar Pinto: - Estudo Geral - Universidade de Coimbra

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Desenhos <strong>de</strong> uma vida: o percurso biográfico <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong><br />

49<br />

Capítulo 2<br />

XX, das quais a própria Feira do Ribatejo será um exemplo 190 . Também no contexto da<br />

arquitectura. o mo<strong>de</strong>lo tradicional reproduzia, sobretudo, a nostalgia <strong>de</strong> outro tempo, bem<br />

como a manutenção do gosto das elites locais associado a tais idiossincrasias. Reconstruída na<br />

pedra, na alvenaria, na soli<strong>de</strong>z <strong>de</strong> uma casa, a tradição <strong>de</strong>safiava o tempo.<br />

2.4 – Perfis <strong>de</strong> clientela<br />

Chegados a este ponto, propomos uma análise da clientela <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>: tendo por<br />

objectivo traçar um ou múltiplos perfis sociológicos da mesma. Antes <strong>de</strong> mais, <strong>de</strong>vemos<br />

esclarecer que não consi<strong>de</strong>remos as obras <strong>de</strong> encomenda estatal ou pública. Neste caso, o<br />

Estado e outros organismos da administração central e local constituirão, a priori, um ―perfil<br />

<strong>de</strong> cliente‖, ainda que sujeito às alterações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política. Ensaiámos, assim, uma análise<br />

sintética da clientela <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong> no contexto da activida<strong>de</strong> que manteve no seu atelier<br />

da Rua do Ouro e mais da tar<strong>de</strong> da Rua Rodrigues Sampaio.<br />

Anteriormente, verificou-se que os primeiros trabalhos conhecidos <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong><br />

são originários, sobretudo, <strong>de</strong> dois núcleos <strong>de</strong> produção: as Beiras e o Baixo Alentejo. No<br />

quadro geral <strong>de</strong> toda a obra arquitectónica produzida por este arquitecto, teremos <strong>de</strong><br />

acrescentar a região do Ribatejo, como principal núcleo <strong>de</strong> produção 191 . Um quarto núcleo <strong>de</strong><br />

produção foi a cida<strong>de</strong> Lisboa, juntamente com a sua área metropolitana. Existem, construções<br />

realizadas fora <strong>de</strong>stes núcleos principais e, até outros núcleos mais locais, como por exemplo<br />

em Ponte <strong>de</strong> Lima ou em Alcácer <strong>de</strong> Sal. Porém, mesmo após a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> parte do espólio<br />

<strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>, as quatro regiões que referimos assumem-se como os núcleos principais da<br />

activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste arquitecto.<br />

Atentemos nos primeiros clientes conhecidos <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>. Para além da Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Farmácia (que consi<strong>de</strong>ramos entida<strong>de</strong> pública), até 1930, temos: Arnaldo Teixeira<br />

Castelo Branco 192 , industrial dos lanifícios; António Joaquim Palma 193 , proprietário agrícola;<br />

Francisco Romana 194 , comerciante; a Empreza do Casino <strong>de</strong> São Pedro do Sul 195 ; Ambrósio<br />

190 I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m.<br />

191 Ver Anexo 3 – Análise Estatística da Obra <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>.<br />

192 Processo n.º 19, Arnaldo Teixeira e C.ª, nº. 314, Grémio dos Industriais <strong>de</strong> Lanifícios da Covilhã (GILC), Covilhã, Museu<br />

dos Lanifícios da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> da Beira Interior, Centro <strong>de</strong> Documentação/Arquivo Histórico, FD/GILC, SR Industriais <strong>de</strong><br />

Lanifícios,<br />

193 Genealogia da Família Palma, António Joaquim Palma, em<br />

http://www.familiapalma.net/phpgedview/individual.php?pid=I96&ged=familiapalma.ged, 22/12/2008, 19h40.<br />

194 ―Arquitectura Tradicional Portuguesa – (…) Ante-projecto para a transformação <strong>de</strong> uma casa velha existente na rua <strong>de</strong><br />

Mértola, em Beja, pertencente ao Sr. Francisco Romana‖ [arquitectos <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong> e Fre<strong>de</strong>rico <strong>de</strong> Carvalho], em A<br />

Arquitectura Portuguesa – revista mensal <strong>de</strong> construção e arquitectura prática, Lisboa, n.º 2, ano XIX, Fevereiro <strong>de</strong> 1926,<br />

p. 2,3 e Estampa

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