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Amílcar Pinto: - Estudo Geral - Universidade de Coimbra

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As multiplicida<strong>de</strong>s do traço — uma análise sistemática da obra <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong><br />

132<br />

Capítulo 3<br />

arrecadação. Ainda, neste foyer do balcão, estavam colocadas as instalações sanitárias para<br />

homens e senhoras. Sobre a estrutura <strong>de</strong> betão armado, que formava a inclinação da geral,<br />

foram montadas as bancadas em pinho. Em todas estas <strong>de</strong>pendências da geral serve <strong>de</strong><br />

exemplo o que está feito na <strong>Geral</strong> do teatro Rosa Damasceno <strong>de</strong> Santarém — sustentou no<br />

projecto <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong> 455 . A cobertura do foyer da geral era feita numa laje <strong>de</strong> betão<br />

armado, com as respectivas nervuras, servindo <strong>de</strong> terraço. O acesso para este terraço era<br />

feito pelo balcão.<br />

A cobertura geral da sala <strong>de</strong> espectáculos e do palco era feita em chapas <strong>de</strong> lusalite<br />

vermelha, sobre uma estrutura metálica. O foyer da geral estava iluminado por duas<br />

janelas, que fazem parte da fachada principal, bem como por uma outra (que servia <strong>de</strong><br />

ventilação das instalações sanitárias).<br />

As quatro portas <strong>de</strong> entrada da fachada principal foram feitas em casquinha, para<br />

serem pintadas, levando puxadores em tubos metálicos pintados. Por fim, previa o<br />

arquitecto: entre as 3 portas da frente principal haverá 2 caixas na pare<strong>de</strong> para afixação<br />

<strong>de</strong> cartazes ou fotografias, levando um caixilho em ferro e vidro 456 .<br />

Após sensivelmente um ano da inauguração do cine-teatro, segundo projecto, <strong>de</strong><br />

<strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>, abriu portas o Café Império, adossado à empena lateral do teatro 457 . Na<br />

verda<strong>de</strong>, tratou-se <strong>de</strong> um projecto promovido pela mesma que financiara a construção do<br />

cine-teatro, a Socieda<strong>de</strong> Cine-Teatro <strong>de</strong> Almeirim Ld.ª — que aliás manteria a proprieda<strong>de</strong><br />

do imóvel até aos anos noventa do século XX 458 . O espaço, como vimos, foi <strong>de</strong>senhado<br />

numa lógica <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, com linha simples nas fachadas e uma porta giratória em<br />

metal. No primeiro piso localizava o espaço do café, cujo <strong>de</strong>senho do balcão reproduz a<br />

linhas estilizadas do bar do cine-teatro. Todo o interior era <strong>de</strong>corado com lambril <strong>de</strong><br />

azulejos <strong>de</strong> motivos geométricos. A escada <strong>de</strong> acesso ao segundo piso copiava o <strong>de</strong>senho e<br />

configuração das escadas da sala <strong>de</strong> espectáculos. Nesse piso, ficava o salão <strong>de</strong> jogos,<br />

dotado <strong>de</strong> uma varanda em ―L‖. As portas do salão <strong>de</strong> jogos eram idênticas às do cine-<br />

teatro, tanto no <strong>de</strong>senho, como nos materiais empregues.<br />

455 I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m.<br />

456 I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m.<br />

457 FERREIRA, Ulisses Pina, Foi isto Almeirim, Almeirim, CRIAL – Centro <strong>de</strong> Recuperação Infantil <strong>de</strong> Almeirim, 2005.<br />

458 Entrevista a Garcia Apolónia, proprietário <strong>de</strong> imóvel estudado, conduzida por José R. Noras a 20 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2010.

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