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Amílcar Pinto: - Estudo Geral - Universidade de Coimbra

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<strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>: um Arquitecto do Século XX<br />

7<br />

Introdução<br />

Na senda <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>…<br />

A presente dissertação resulta da investigação que viemos a <strong>de</strong>senvolver sobre a<br />

obra e a pessoa do arquitecto <strong>Amílcar</strong> Marques da Silva <strong>Pinto</strong>, durante três anos. Tendo em<br />

conta que a escolha <strong>de</strong> um objecto <strong>de</strong> estudo não será nunca um acto gratuito, importa<br />

regressar ao ponto <strong>de</strong> partida e explicitar o caminho que nos colocou na senda <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong><br />

<strong>Pinto</strong>.<br />

O nosso trabalho, no âmbito do seminário em ―Arquitectura Civil: Teoria e<br />

Prática‖, versando sobre o Teatro Rosa Damasceno em Santarém, foi o primeiro contacto<br />

com a obra <strong>de</strong>ste arquitecto, ainda bastante <strong>de</strong>sconhecido. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o<br />

autor do projecto <strong>de</strong> reestruturação do Teatro Rosa Damasceno, em 1937, lançou-nos, <strong>de</strong><br />

forma algo incipiente numa resenha da obra <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>, procurando construir uma<br />

breve biografia do mesmo. De facto, sobre o arquitecto e <strong>de</strong>corador <strong>Amílcar</strong> da Silva<br />

<strong>Pinto</strong>, surgiam nas páginas dos jornais e revistas da época, com alguma frequência<br />

expressões como: o conceituado arquitecto, o distinto arquitecto, o ilustre e activo<br />

arquitecto, o inteligente e hábil 1 . No entanto, para nós, no contexto da actual historiografia<br />

da arquitectura, impunha-se a questão: quem foi <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>? Como se posicionava no<br />

<strong>de</strong>bate estético que envolveu a sua geração? Que influências e paradigmas estéticos<br />

enformaram as suas obras e projectos? Quais foram as balizas cronológicas da sua<br />

activida<strong>de</strong>? Qual terá sido a dispersão geográfica da sua obra? Em suma, porque se tornou<br />

<strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>, na sombra da fugacida<strong>de</strong> da memória, mais um ilustre <strong>de</strong>sconhecido? Estas<br />

questões constituíram, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, o leitmotiv da nossa investigação, a qual, à medida que<br />

se <strong>de</strong>senvolveu trouxe consigo outras problematizações.<br />

Tanto do ponto <strong>de</strong> vista epistemológico como, em certa medida, <strong>de</strong> uma perspectiva<br />

i<strong>de</strong>ológica, à partida não fizemos profissões <strong>de</strong> fé. No entanto, temos para nós, na linha <strong>de</strong><br />

Paul Ricouer, que a objectivida<strong>de</strong> se tornou uma componente ética do discurso<br />

historiográfico. Nesta linha, não po<strong>de</strong>remos, também, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir que a abordagem da<br />

―vida do artista‖ foi o método matricial no que toca à História da Arte. No presente caso,<br />

1 Referimo-nos respectivamente aos seguintes artigos: ―O novo teatro Rosa Damasceno – é inaugurado em<br />

breve, traduzindo um importante melhoramento para Santarém‖, Correio da Extremadura, Santarém, n.º<br />

2458, 11 <strong>de</strong> Junho 1938, p. 1; ―Melhoramentos citadinos – Inaugura-se hoje o novo Café Central‖, Correio<br />

da Extremadura, Santarém, n.º 2398, 17 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1937, p. 6; ―Um bairro operário em Ponte <strong>de</strong> Lima‖<br />

[arquitecto <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>], em Arquitectura Portuguesa – revista mensal <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong> arquitectura<br />

prática, Lisboa, n.º 5, ano XXIII (2ª série), Maio <strong>de</strong> 1930, p. 35 a 37 e n.º 6, ano XXIII (2ª série), Junho <strong>de</strong><br />

1930, p. 41 a 42.

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