Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Sector Agro-Florestal 112<br />
O sector agro-florestal da AML constitui um<br />
importante recurso, ainda que de contribuição<br />
relativa reduzida no contexto da economia regional.<br />
A ocupação agro-florestal é sujeita na AML<br />
a constantes pressões dos processos de alteração<br />
do uso do solo, induzidos pelas dinâmicas urbanas<br />
e industriais e pela localização das actividades<br />
económicas.<br />
As condições naturais do território são, por outro<br />
lado, excepcionais e muito diversas permitindo<br />
ao sector agrícola algum desenvolvimento quando<br />
comparado com o de outras regiões do País.<br />
Há, contudo, problemas estruturais, relacionados<br />
com a dimensão da propriedade, a natureza<br />
dos proprietários e da própria actividade, que lhe<br />
conferem limitações ainda que as condições naturais<br />
de clima, solo, água e tecnologia sejam favoráveis.<br />
Apesar destas questões, o sector agro-florestal<br />
constitui um elemento regularizador e estruturante<br />
do ambiente metropolitano que importa viabilizar<br />
e manter.<br />
As principais áreas agrícolas e florestais da AML<br />
estão identificadas na Planta seguinte, sendo<br />
de realçar as seguintes:<br />
1) Lezíria do Tejo – Área onde dominam<br />
os melhores solos irrigáveis e uma estrutura<br />
fundiária pouco limitativa, com elevadas produções;<br />
4) Interior Agro-Florestal / Montado<br />
– Abrangendo os concelhos de Benavente, Montijo<br />
(interior), Alcochete, Palmela e, parcialmente,<br />
Setúbal, o Montado é a estrutura florestal<br />
dominante, com áreas agrícolas em especial<br />
nas baixas aluvionares.<br />
Ao Montado deverá ser garantida a sua viabilidade<br />
de manutenção como estrutura ecológica adaptada<br />
às condições locais;<br />
5) Áreas agrícolas da Península de Setúbal<br />
– Em especial nos concelhos de Alcochete, Montijo,<br />
Palmela e Sesimbra ocorrem áreas com<br />
particularidades horto-frutícolas que importa realçar<br />
pela sua capacidade produtiva (de solos em especial)<br />
e de adaptabilidade a novas tecnologias de<br />
forçagem.<br />
Referimos em especial a produção hortícola,<br />
florícola, frutícola e vinícola com especializações<br />
locais de elevado interesse económico;<br />
6) Área Florestal de Sesimbra e Almada<br />
– As matas de Sesimbra constituem uma área<br />
contínua de ocupação florestal com interesse<br />
metropolitano, com ligações, ainda que com menor<br />
expressão, aos concelhos de Almada e Seixal.<br />
A ocupação dominante é de pinheiro bravo,<br />
ainda que com povoamentos de pinheiro manso<br />
com elevado interesse paisagístico.<br />
2) Norte Agro-Florestal – Área que engloba<br />
os concelhos da faixa norte da AML nomeadamente<br />
Sintra, Mafra, e Azambuja, mas também os<br />
concelhos de Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte<br />
Agraço e Alenquer, onde a ocupação agrícola<br />
é dominante com produção horto-frutícola<br />
diversificada ainda que condicionada por razões<br />
de dimensão da propriedade, comercialização<br />
de produtos e estrutura empresarial.<br />
As áreas florestais mais importantes localizam-se<br />
nos concelhos de Sintra, Mafra e Azambuja;<br />
3) Várzea de Loures e Hortas da Costa da<br />
Caparica - A Várzea de Loures constitui uma<br />
unidade horto-frutícola em situação aluvionar,<br />
com forte importância no controle do sistema<br />
hidrológico, que deverá ser mantida e viabilizada<br />
nos seus aspectos produtivos e comerciais, com<br />
condicionantes ambientais aos processos produtivos<br />
e à intrusão de áreas urbanas ou edificadas.<br />
As Hortas da Costa da Caparica constituem<br />
uma unidade única na AML que possui<br />
particularidades hortícolas e ecológicas especiais,<br />
devendo por isso ser mantida;