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Valores Naturais - CCDR-LVT

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PROT-AML Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Poluição Hídrica 202<br />

de produtos azotados, o qual pode ser agravado<br />

pela inexistência de cobertura vegetal, contaminando<br />

as águas superficiais e subterrâneas. A grande<br />

quantidade do fósforo registado nas amostras<br />

provém da erosão e arrastamento para os cursos<br />

de água da camada superficial do solo agrícola.<br />

No estudo referido fez-se, em seguida, a<br />

determinação das áreas de sequeiro e de regadio<br />

na Bacia Hidrográfica, concluindo-se haver maior<br />

tradição de regadio a Norte do Rio Tejo do que<br />

a Sul.<br />

Quanto aos produtos fito-farmacêuticos, refere-se<br />

que os fungicidas são os mais utilizados, com 72%<br />

das vendas no mercado nacional. De acordo<br />

com os valores publicados, estima-se o consumo<br />

de substâncias activas em 2,35kg/ha de Superfície<br />

Agrícola Útil em Portugal (5.º Lugar a Nível<br />

Europeu).<br />

Actividades Agrícolas e Pecuárias<br />

Identificadas<br />

Todas as actividades agrícolas e pecuárias são<br />

potencialmente poluidoras e podem contribuir<br />

para a contaminação da água mas, como é natural,<br />

cada uma delas tem um potencial diferente. Importa<br />

pois seleccionar aquelas que, de um ponto de vista<br />

global, têm maior potencial poluidor e para as quais<br />

a aplicação de medidas correctivas pode trazer<br />

maiores benefícios, em termos de melhoria<br />

da qualidade da água.<br />

Tendo em conta o anteriormente exposto,<br />

procurou-se identificar as actividades agrícolas<br />

e pecuárias, desenvolvidas na AML, que se podem<br />

considerar como principais responsáveis<br />

pela poluição difusa, tendo sido consideradas<br />

as seguintes:<br />

– no sector vegetal, a agricultura de regadio,<br />

pois ao permitir a conjugação dos factores básicos<br />

(temperatura e água) mais favoráveis à obtenção<br />

de altas produtividades, é também aquela onde<br />

é mais rentável a utilização maciça de adubos<br />

e pesticidas;<br />

– no sector pecuário, a criação de suínos pois<br />

é realizada em moldes intensivos, resultando<br />

os seus dejectos em efluentes de alta carga<br />

poluente, descarregados nas linhas de água sem<br />

tratamento ou com um tratamento insuficiente.<br />

(o RGA/99 está a decorrer presentemente),<br />

quase todos os valores apresentados seguidamente<br />

foram retirados do Recenseamento Geral Agrícola<br />

de 1989, com excepção de dados referentes<br />

aos suínos em que nos foram enviados dados<br />

pela DRARO (Declaração de Existência<br />

de Suínos de Dezembro de 1998 e Abril de 1999).<br />

Agricultura de Regadio<br />

As áreas irrigável e irrigada na AML são as seguintes<br />

(Fonte: INE, RGA/89):<br />

Área Irrigável (ha) 36 208<br />

Área Irrigada (ha) 28 277<br />

No Quadro 1.5-4, apresentam-se as áreas<br />

por Concelhos. Em termos absolutos, os Concelhos<br />

com maior peso (mais de 1000ha de área<br />

regada/irrigável) são os seguintes, por ordem<br />

decrescente:<br />

– área irrigável: Palmela (9203ha); Vila Franca<br />

de Xira (6578ha); Montijo (5868ha);Azambuja<br />

(3749ha); Mafra (2410ha); Setúbal (2007ha); Sintra<br />

(1504ha); Moita (1482ha); Alcochete (1225ha);<br />

– área regada: Palmela (7270 ha); Montijo (4972ha);<br />

Vila Franca de Xira (4680ha); Azambuja (2654ha);<br />

Mafra (1810ha); Setúbal (1665 ha); Sintra (1359ha);<br />

Moita (1061ha); Alcochete (1012ha);<br />

Analisou-se também a relação entre a área regada<br />

e a área potencialmente regável (regada/irrigável),<br />

tendo-se concluído que, em média, aquela relação<br />

é de 78%, o que exprime um aproveitamento das<br />

águas para rega bastante importante. Os Concelhos<br />

que apresentam maiores valores desta relação são:<br />

Seixal (92%); Sintra (90%); Almada (87%); Barreiro<br />

(85%); Montijo (85%); Setúbal (83%); Alcochete<br />

(83%) e Sesimbra (81%).<br />

No que se refere às culturas regadas, verifica-se<br />

que as culturas anuais, com 9598ha, representam<br />

33,9% da área regada; as culturas permanentes,<br />

com 5314ha, representam 18,8% da área regada,<br />

como se pode ver nos Quadros 1.5-5 e 1.5-6.<br />

Analisando as áreas das culturas anuais, obtêm-se<br />

os seguintes valores:<br />

Note-se que os valores apresentados em seguida<br />

estão certamente desactualizados, devendo<br />

ser tomados com espírito crítico. Com efeito,<br />

por não se dispor de dados mais recentes

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