Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Poluição e Qualidade do Ar 295<br />
com os valores correspondentes para o território<br />
continental, de onde se pode constatar a<br />
importância significativa das emissões nesta NUTE,<br />
sobretudo no que se refere aos óxidos de enxofre<br />
(Valadas & Gois,1994).<br />
De facto, verifica-se que as regiões NUTE III<br />
abrangidas: Grande Lisboa (RC132) e Península<br />
de Setúbal (RC133), são duas das três zonas do país,<br />
juntamente com o Grande Porto, onde as emissões<br />
dos principais poluentes, SO x , NO x , Compostos<br />
Orgânicos Voláteis (COVNM e CH 4 ) e CO atingem,<br />
de forma destacada, os valores mais elevadas em<br />
relação às outras regiões do território continental.<br />
De resto, o total das emissões realizadas<br />
no conjunto das regiões corresponde a 48%<br />
das emissões totais de SO x no continente, e cerca<br />
de 28-29% das emissões de NO x , CO e CO 2 ,<br />
o que demonstra a importância desta região.<br />
Para todos os poluentes analisados, as emissões<br />
por unidade de área são superiores aos valores<br />
médios em Portugal nas regiões Oeste, Grande<br />
Lisboa e Península de Setúbal. A diferença<br />
mais expressiva corresponde ao SOx na Península<br />
de Setúbal, região em que as emissões por unidade<br />
de área são cerca de 17 vezes superiores à média<br />
nacional. Também apresentam diferenças relevantes<br />
as emissões por unidade de área relativamente<br />
ao monóxido de carbono (14 vezes) e óxidos de<br />
azoto (nove vezes) na Grande Lisboa. A diferença<br />
é menor no caso do metano, amoníaco e óxido<br />
nitroso, pois verifica-se que as emissões<br />
por unidade de área raramente excedem as médias<br />
do continente.<br />
As emissões por unidade de área estimadas<br />
para o Oeste são também superiores às do<br />
continente mas, mesmo assim, a diferença é menos<br />
relevante, salientando-se o caso do SO x , poluente<br />
para o qual as emissões são quatro superiores aos<br />
valores médios no continente. Na Lezíria do Tejo<br />
as emissões por unidade de área são inferiores<br />
aos valores médios nacionais para todos os<br />
poluentes excepto CH 4 e N 2 O, em que se estimam<br />
ligeiramente superiores, muito provavelmente<br />
expressando a particular importância das emissões<br />
agrícolas e pecuárias verificada para estes dois<br />
poluentes.<br />
Quadro 10<br />
Emissões Atmosféricas Totais realizadas em 1990<br />
nas regiões NUTE III abrangidas pela AML<br />
(Valadas & Gois,1994)<br />
ÁREA SOX NOX COVNM CH4 CO CO2 N2O NH3<br />
ÁREA GEOGRÁFICA CÓDIGO km2 TON TON TON TON TON KTON TON TON<br />
Continente RC1 8 882 000 282 631 220 791 643 867 391 365 1 086 448 57 403 54 699 92 908<br />
Grande Lisboa RC132 104 700 15 319 23 388 45 192 13 664 175 243 4 465 1 344 1 161<br />
P. de Setúbal RC133 152 200 83 604 21 446 18 971 7 232 55 346 7 985 1 937 5 772<br />
Oeste RC131 277 500 36 468 14 842 14 680 18 435 49 204 3 010 1 869 6 143<br />
Lezíria do Tejo RC135 318 900 1 572 4 925 22 950 18 607 25 996 659 1 607 4 384<br />
Total - 853 300 136 963 64 601 101 793 57 938 305 789 16 119 6 757 17 460<br />
EMISSÃO POR ÁREA TON/km 2 TON/km 2 TON/km 2 TON/km 2 TON/km 2 KTON/km 2 KG/km 2 TON/km 2<br />
Continente RC1 3.18 2.49 7.25 4.41 12.23 0.65 0.62 1.05<br />
Grande Lisboa RC132 14.63 22.34 43.16 13.05 167.38 4.26 1.28 1.11<br />
P. de Setúbal RC133 54.93 14.09 12.46 4.75 36.36 5.25 1.27 3.79<br />
Oeste RC131 13.14 5.35 5.29 6.64 17.73 1.08 0.67 2.21<br />
Lezíria do Tejo RC135 0.49 1.54 7.20 5.83 8.15 0.21 0.50 1.37<br />
Total 16.05 7.57 11.93 6.79 35.84 1.89 0.79 2.05<br />
As emissões associadas às Grandes Fontes<br />
Poluídoras representam uma importância bastante<br />
relevante na região da Grande Lisboa e na Península<br />
de Setúbal, tal como pode ser observado no Quadro<br />
11. Nesta tabela apresenta-se, ainda, as mesmas<br />
relações percentuais para o total de Portugal<br />
continental.