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Valores Naturais - CCDR-LVT

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PROT-AML Poluição e Qualidade do Ar 301<br />

Emissões<br />

Atmosféricas Resultantes<br />

dos Transportes<br />

O carácter maioritariamente urbano de grande parte<br />

da AML é responsável pela importância significativa<br />

das fontes poluidoras móveis: vias rodoviárias<br />

e ferroviárias, além do Aeroporto Internacional<br />

de Lisboa na Portela.<br />

Nas emissões do tráfego rodoviário distinguem-se<br />

as emissões verificadas nas principais vias<br />

de comunicação, na zona rural e entre centros<br />

urbanos, das emissões resultantes do tráfego<br />

urbano, disperso pelas artérias embebidas<br />

na mancha urbana.<br />

Tal como se verificou para as fontes poluidoras<br />

industriais, também o tráfego rodoviário e as suas<br />

emissões sofreram alterações significativas nos anos<br />

recentes e será de esperar que tal situação se<br />

continue a verificar. De entre os principais factores<br />

envolvidos salienta-se:<br />

– o aumento muito sensível do parque automóvel<br />

(e da taxa de motorização) e do consumo<br />

de combustível associado. A nível nacional<br />

verificou-se que, entre 1990 e 1995, o parque<br />

automóvel cresceu 55% (Anecra) enquanto<br />

o consumo cresceu, no mesmo período e também<br />

a nível nacional, 36% e 33%, respectivamente,<br />

para a gasolina e para o gasóleo;<br />

– a melhoria das acessibilidades a Lisboa<br />

e aos outros centros urbanos, criando condições<br />

para o aumento do tráfego privado face aos<br />

transportes públicos, que não têm acompanhado<br />

as exigências de evolução, permitindo a expansão<br />

da zona residencial para distâncias sucessivamente<br />

maiores relativamente a Lisboa;<br />

– a criação de novos centros de emprego externos<br />

a Lisboa, nem sempre em associação aos locais<br />

residenciais;<br />

– o aumento, a nível global, do tráfego<br />

de mercadorias;<br />

– a expansão da rede do metropolitano e das linhas<br />

de caminho de ferro;<br />

– a introdução do parqueamanto pago em várias<br />

zonas da cidade de Lisboa. No entanto, não<br />

se procedeu à criação de zonas de parqueamento<br />

externas a Lisboa com uma dimensão suficiente<br />

para absorver o tráfego afluente e em associação<br />

modular à rede de transportes públicos;<br />

– a redução das emissões unitárias do parque<br />

automóvel pela inclusão necessária (em cumprimento<br />

das normas comunitárias) após 1993, de catalisador<br />

de três vias em todos os novos veículos ligeiros<br />

a gasolina. Em 1995 a percentagem de veículos<br />

a gasolina providos de catalisador atingia cerca<br />

de 21%. A utilização de catalisador reduz<br />

as emissões de CO, NO x e COV;<br />

– redução substancial das emissões de chumbo<br />

pela substituição da gasolina normal e super<br />

por gasolina sem chumbo. A venda de gasolina<br />

sem chumbo cresceu de forma significativa<br />

entre 1990 e 1996 passando de 2% em 1990<br />

até 41% nesse último ano. Nos concelhos da AML<br />

a percentagem de venda de gasolina sem chumbo<br />

é ainda superior, tendo atingido em 1995<br />

a percentagem de 47.5%;<br />

Emissões<br />

de Tráfego Rodoviário<br />

e Organização Urbana<br />

Parte das emissões realizadas na AML podem<br />

ser relacionadas com problemas estruturais<br />

de ordenamento, nomeadamente as que<br />

se associam às emissões do tráfego rodoviário.<br />

São igualmente importantes as emissões<br />

atmosféricas resultantes do sector dos transportes<br />

marítimos e pescas, quer em resultado das emissões<br />

de combustão dos movimentos marítimos quer<br />

em resultado das operações associadas.<br />

Algumas razões contribuem para a importância das<br />

emissões do tráfego automóvel. Por um lado tem-se<br />

vindo a verificar um aumento do tráfego das zonas<br />

limítrofes de Lisboa para o interior da malha urbana<br />

e que resulta da dissociação entre a zona de<br />

emprego e a zona habitacional. Nos tempos mais<br />

recentes esse tipo de movimento tem-se alargado,<br />

verificando-se o aparecimento de novos centros<br />

ocupacionais e a existência de maior tipo de fluxos,<br />

inclusive casos em que a zona habitacional se situa<br />

em Lisboa e a zona ocupacional em zonas limítrofes.<br />

Esta situação cria a necessidade de movimentação,<br />

que é favorecida pelo recente aumento das infra-<br />

-estruturas de acesso rodoviário à capital (CREL,<br />

CRIL, A12, Ponte Vasco da Gama) reduzindo<br />

o tempo de percurso casa-emprego e aumentando<br />

o percurso rodoviário total.

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