Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Poluição Hídrica 187<br />
No entanto, alguns dos objectivos traçados estão<br />
ainda por concretizar, e perfilam-se já novas metas<br />
a atingir, em função da recente Directiva aterros<br />
que implicará um incremento da valorização<br />
orgânica dos RSU; por outro, a nível concelhio,<br />
detectam-se também algumas carências a nível<br />
das remoções indiferenciada e selectiva.<br />
Assim, a nível da área em estudo as principais<br />
carências dos sistemas de resíduos sólidos urbanos<br />
estão relacionadas com:<br />
– a idade média elevada das frotas de recolha<br />
indiferenciada;<br />
– a existência ainda de lixeiras/aterros não selados<br />
e a inexistência generalizada de sistemas de<br />
monitorização a nível dos locais já desactivados;<br />
– o ainda fraco grau de execução das remoções<br />
selectivas, não só a nível de equipamentos<br />
(ecopontos, ecocentros), como de acções<br />
de educação ambiental e de sensibilização<br />
das populações, imprescindíveis para aumentar<br />
os ainda muito incipientes níveis de adesão, que<br />
se traduzem em quantitativos de materiais<br />
recolhidos selectivamente muito aquém<br />
das metas estabelecidas pela legislação em vigor;<br />
– problemas de funcionamento, particularmente<br />
a nível de odores nas estações de compostagem<br />
– AMTRES e Setúbal;<br />
– a existência de algumas infra-estruturas<br />
de valorização e tratamento de resíduos sólidos em<br />
vias de esgotamento da sua capacidade, implicando<br />
expansão – caso dos sistemas de Mafra e Setúbal.<br />
Resíduos Industriais<br />
Relativamente à gestão dos resíduos industriais<br />
originados na área do PROT-AML, o conhecimento<br />
mais fiável da situação decorrerá dos Mapas<br />
de Registo de Produção de Resíduos Industriais<br />
que, de acordo com a legislação em vigor<br />
(Portaria 792/98, de 22 de Setembro) deverão<br />
ser anualmente preenchidos pelos produtores<br />
deste tipo de resíduos.<br />
Os Mapas relativos a 1998 recebidos na DRA<strong>LVT</strong>,<br />
que correspondem ainda apenas a 1% do total<br />
de estabelecimentos desta região, encontram-se<br />
em fase de processamento e tratamento,<br />
não havendo ainda dados disponibilizáveis.<br />
A nível da versão preliminar do PESGRI – Plano<br />
Estratégico dos Resíduos Industriais (Março 1999),<br />
desenvolvido no Instituto dos Resíduos, referem-se<br />
entretanto os dados apurados numa amostra de<br />
112 estabelecimentos na Região de Lisboa e Vale<br />
do Tejo (12,5% do número de estabelecimentos<br />
na região que entregaram o Mapa de Registo<br />
relativo a 1998), que totalizaram uma produção<br />
anual da ordem de 400 000 toneladas de resíduos,<br />
dos quais 5% classificados como perigosos, de<br />
acordo com o CER – Catálogo Europeu de Resíduos.<br />
Foi solicitada ao Instituto de Resíduos indicação<br />
da produção de resíduos correspondente<br />
aos estabelecimentos industriais que, dos 112<br />
amostrados, se localizam nos concelhos da área<br />
agora em análise. Estes dados não foram ainda<br />
no entanto disponibilizados.<br />
10.8.1.5<br />
Fontes Poluidoras<br />
e Qualidade da Água<br />
dos Meios Hídricos<br />
Superficiais<br />
Poluição Directa<br />
Generalidades<br />
No presente estudo identificaram-se como fontes<br />
de poluição directa a descarga de águas residuais<br />
industriais, produzidas quer por zonas industriais<br />
quer por unidades industriais isoladas, e a descarga<br />
de águas residuais domésticas, produzidas pelos<br />
aglomerados urbanos.<br />
Nos pontos seguintes apresenta-se a caracterização<br />
possível destas fontes de poluição. Esta tarefa<br />
foi difícil e morosa devido à falta de dados, muitas<br />
vezes resultante do facto de estes não estarem<br />
disponíveis de forma organizada, uma vez<br />
que as bases de dados informáticas dos diferentes<br />
organismos públicos estão a ser carregadas<br />
e organizadas, segundo as informações recolhidas.<br />
Apesar destes condicionalismos, procedeu-se<br />
à compilação dos dados existentes sobre o parque<br />
industrial dos municípios integrantes da AML,<br />
tendo-se feito um esforço no sentido de completar<br />
a informação disponível relativa ao número<br />
de unidades industriais existentes, à sua classificação<br />
segundo a CAE e à sua localização.