Valores Naturais - CCDR-LVT
Valores Naturais - CCDR-LVT
Valores Naturais - CCDR-LVT
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PROT-AML Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Poluição Hídrica 222<br />
rigoroso. Permite a existência de vida piscícola<br />
(espécies menos exigentes) mas com reprodução<br />
aleatória. Apta para recreio sem contacto directo.<br />
– Classe D – Muito poluída – águas com qualidade<br />
medíocre, apenas potencialmente aptas para<br />
irrigação, arrefecimento e navegação. A vida<br />
piscícola pode subsistir, mas de forma aleatória.<br />
– Classe E – Extremamente poluída – águas<br />
ultrapassando o valor máximo da classe D<br />
para um ou mais parâmetros. São consideradas<br />
como inadequadas para a maioria dos usos<br />
e podem constituir uma ameaça para a saúde<br />
pública e ambiental.<br />
A aplicação deste critério envolve a classificação<br />
da linha de água para cada um dos parâmetros<br />
considerados, baseando-se a inclusão dum<br />
parâmetro numa determinada classe no segundo<br />
valor obtido mais desfavorável. A classificação final<br />
é obtida considerando igualmente a do segundo<br />
parâmetro mais desfavorável.<br />
Para além deste critério, para duas estações de<br />
amostragem que se localizam na área de influência<br />
de captações (Estação de amostragem da Albufeira<br />
do Rio da Mula e Estação de amostragem<br />
de Valada) aplicou-se ainda o critério de avaliação<br />
da qualidade da água que tem em conta o seu uso<br />
para produção de água para consumo humano .<br />
A aplicação deste critério baseia-se na classificação<br />
dos parâmetros de acordo com os princípios<br />
e valores normativos estipulados no Anexo I<br />
do Decreto-Lei 236/98, que considera três classes<br />
de qualidade – A1, A2 e A3.<br />
A classe A1 corresponde à classe de melhor<br />
qualidade e a classe A3 à de pior qualidade,<br />
sendo os seguintes os esquemas – tipo<br />
de tratamento da água aplicáveis:<br />
Classe A1 – tratamento físico e desinfecção<br />
Classe A2 – tratamento físico e químico<br />
e desinfecção<br />
Classe A3 – tratamento físico, químico, de afinação<br />
e desinfecção<br />
Chama-se a atenção para o facto dos dados<br />
disponíveis não abrangerem a totalidade<br />
dos parâmetros estipulados no Decreto–Lei,<br />
pelo que não é possível efectuar a classificação<br />
global da água, nos locais de amostragem<br />
em causa.<br />
Classificação das Linhas de Água<br />
No quadro 1.5-18 apresenta-se a classificação<br />
obtida para as linhas de água analisadas, nos pontos<br />
amostrados. Nos quadros 1.5-9 a 1.5-32 que<br />
constam do Anexo III, apresentam-se os valores<br />
obtidos para os diversos parâmetros nas estações<br />
de amostragem consideradas no presente estudo.<br />
Em face dos resultados obtidos conclui-se que,<br />
a grande maioria das linhas de água da região,<br />
nos pontos amostrados, apresenta problemas<br />
de qualidade que se traduzem na sua inclusão<br />
nas classes de pior qualidade (≥ C).<br />
Nenhuma linha de água obtém classificação A.<br />
Apenas a Estação de Ponte da Ota apresenta<br />
melhores características, mas mesmo assim,<br />
obtém como classificação ≥B.<br />
As restantes estações enquadram-se nas classes ≥C,<br />
≥D e E, tal como se pode observar<br />
no Quadro 1.5-18.<br />
As estações de amostragem da Albufeira do Rio<br />
da Mula e de Valada são classificadas, igualmente,<br />
seguindo o critério de avaliação que tem em conta<br />
o uso de água para produção de água<br />
para consumo humano.<br />
Assim, e tendo como referência os valores<br />
normativos estipulados na legislação, apresenta-se<br />
seguidamente a situação registada nas duas<br />
estações em causa no ano hidrológico de<br />
1996/1997.<br />
Na estação da Albufeira do Rio da Mula,<br />
os teores da totalidade dos parâmetros físico-<br />
-químicos controlados enquadram-se na classe A1.<br />
Relativamente aos parâmetros microbiológicos,<br />
o número de observações efectuadas nesse ano<br />
é bastante reduzido, o que impossibilita a análise<br />
rigorosa das características de qualidade da água,<br />
no que se refere aqueles parâmetros.<br />
Na estação de Valada, a água enquadra-se na classe<br />
A1 no que diz respeito à totalidade dos parâmetros<br />
controlados, com excepção da CBO5, azoto<br />
amoniacal e fosfatos. Relativamente a estes<br />
parâmetros, a água apresenta um nível de qualidade<br />
compatível com a classe A2. Relativamente aos<br />
parâmetros microbiológicos, o número de dados<br />
é insuficiente para que se possa efectuar<br />
a classificação da água.