Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Poluição e Qualidade do Ar 294<br />
10.9.3 Fontes Poluidoras e Emissões Atmosféricas:<br />
Informação Disponível<br />
Introdução<br />
Nos anos recentes o número e tipo das fontes<br />
poluidoras existentes na AML tem-se caracterizado<br />
por uma situação muito dinâmica, sendo também<br />
de prever que esta situação de mudança<br />
se mantenha, pela sua relação com a evolução<br />
da conjuntura económica a que Portugal se<br />
encontra sujeito. Tendo presente esta situação<br />
compreende-se que a análise apresentada neste<br />
estudo deve ser considerada indicativa, podendo<br />
encontrar-se rapidamente desactualizada.<br />
Por outro lado, a informação disponível relativa<br />
às fontes poluídoras é claramente escassa. Existe,<br />
por um lado, o Inventário Nacional de Emissões<br />
Atmosféricas, que abrange toda a área da AML<br />
mas, infelizmente, verifica-se que a desagregação<br />
espacial deste inventário é muito pouco precisa<br />
(apenas até nível NUTE III – agrupamento de<br />
concelhos), não permitindo estabelecer uma<br />
diferenciação entre as diversas zonas presentes<br />
na AML, sendo que se verifica também que o limite<br />
da área metropolitana não pode ser correspondida<br />
em precisão a nenhum agrupamento de NUTE.<br />
Existem, por outro lado, dois inventários regionais<br />
realizados pela Comissão de Gestão do Ar de Lisboa<br />
(CGA-L) e pela Comissão de Gestão do Ar<br />
do Barreiro/Seixal (CGA-B/S), relativos às fontes<br />
poluidoras existentes nas suas áreas de actuação.<br />
Embora estes dois inventários tenham um maior<br />
grau de detalhe, considerando com maior pormenor<br />
as diversas fontes poluídoras existentes incidem,<br />
contudo, sobre espaços territoriais limitados<br />
e não consideram a totalidade das fontes poluídoras,<br />
restringindo-se às fontes fixas industriais mais<br />
importantes não considerando as fontes móveis,<br />
nomeadamente as emissões do tráfego rodoviário.<br />
Deste modo, o presente estudo será obrigado,<br />
para o cumprimento dos seus objectivos, a efectuar<br />
uma análise própria, identificando e caracterizando<br />
as fontes poluidoras, recorrendo a fontes<br />
de informação alternativas que rapidamente<br />
e de um modo expedito, permitam estabelecer as<br />
emissões. Estes elementos consistem nos consumos<br />
de combustível por concelho (informação publicada<br />
pela DGE), os níveis de tráfego (ex-Junta Autónoma<br />
de Estradas), movimentos de aviões no Aeroporto<br />
de Lisboa; circulação ferroviária e movimentos<br />
portuários nos portos de Lisboa e Setúbal.<br />
Esta informação será complementada pela análise<br />
da cartografia do uso de solo e do inventário<br />
de empresas.<br />
De qualquer modo, para algumas grandes unidades<br />
poluidoras (indústria, geração de energia eléctrica,<br />
etc) presentes na região e não abrangidas<br />
por nenhum inventário regional, foi necessário<br />
recorrer ao inquérito directo às unidades industriais<br />
por forma a recolher elementos que permitam<br />
estabelecer o tipo e quantidade de poluentes<br />
emitidos, bem como as condições de emissão.<br />
Face ao curto prazo disponível para a sua realização<br />
houve a necessidade de limitar o número de<br />
poluentes a apenas três: Partículas; SO x e NO x .<br />
Inventário Nacional<br />
de Emissões Atmosféricas<br />
(CORINAIR)<br />
A Direcção-Geral do Ambiente é responsável<br />
pela elaboração dos inventários nacionais de<br />
emissões atmosféricas. Segundo as normas da<br />
Agência Europeia do Ambiente (AEA) as estimativas<br />
são efectuadas para os seguintes poluentes: Óxidos<br />
de Enxofre (SO x ), Óxidos de Azoto (NO x ), Compostos<br />
Orgânicos Voláteis não Metânicos (COVNM),<br />
Metano (CH 4 ), Monóxido de Carbono (CO), Dióxido<br />
de Carbono (CO 2 ), Óxido Nitroso (N 2 O) e amoníaco<br />
(NH 3 ), separando as emissões por actividades<br />
poluídoras classificadas segundo a metodologia<br />
SNAP e desagregadas espacialmente até ao nível<br />
mínimo: NUTE III.<br />
O último ano de base em que as estimativas<br />
de emissão se encontram disponíveis com uma<br />
desagregação espacial adequada para o estudo<br />
em vista é o ano de 1990. A partir daí existem<br />
estimativas nacionais de emissões (até 1995), cujo<br />
nível de desagregação nunca é inferior ao total<br />
nacional e, consequentemente, pouco adequado<br />
para a análise pretendida.<br />
No Quadro 10 apresentam-se as emissões totais<br />
e por unidade de área realizadas no ano de 1990<br />
para as unidades territoriais NUTE III abrangidas<br />
pela AML, efectuando-se uma comparação