Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Solos 86<br />
A situação mais comum para estes solos é terem<br />
um horizonte Ap de cerca de 25cm, de textura<br />
franco-arenosa a areno-franca com cascalho (cerca<br />
de 5-7% de argila e 5-6 meq ⁄ 100gr de capacidade<br />
de troca), e um horizonte B de cerca de 30cm, de<br />
textura franco argilo-arenosa, com cascalho, firme,<br />
com ilite como mineral preponderante da fracção<br />
argilosa (cerca de 20 a 30% de argila e 15 a<br />
20meq ⁄ 100gr de capacidade de troca).<br />
Considera-se que a espessura efectiva destes solos<br />
inclui, pelo menos em parte, o horizonte B. Assim,<br />
sendo a massa volúmica aparente de cerca de<br />
1,5 g cm -1 e a capacidade máxima para a água,<br />
capacidade de campo e o coeficiente de<br />
emurchecimento respectivamente de, no horizonte<br />
Ap1 (de 25cm) 41%, 34% e 12%, no horizonte<br />
Ap2 (de 25cm) 37%, 30% e 16%, e no horizonte B<br />
(de 50cm) 44%, 39% e 22%, a água de drenagem<br />
de todo o perfil seria 58mm (33mm desta água<br />
provêm dos horizontes Ap) e a água utilizável seria<br />
85mm dos horizontes Ap (170mm considerando<br />
todo o perfil).<br />
Esta situação é bem menos favorável para solos<br />
mais delgados, podendo a espessura efectiva ser<br />
inferior a 25cm.<br />
Considerando que a permeabilidade deste solo,<br />
em especial no horizonte Ap, não é baixa, chegando<br />
nalguns casos a atingir valores de 15cm h -1 ,<br />
e que no horizonte B, embora mais baixa, varia de 1<br />
a 5cm h -1 , e que não há variação do Kd de um<br />
horizonte para o seguinte, o risco de acumulação<br />
de sódio, embora existente, é bem menor (vêr caso<br />
do solo Vx, com idêntica composição mineralógica<br />
da fracção argilosa).<br />
Para-Barros – Pm<br />
• Solos Mediterrâneos Pardos de Dioritos<br />
ou Quartzodioritos – Pm<br />
Cap. de Uso SROA Risco Erosão Adaptação Regadio Classificação<br />
Declive Profundidade Qual. CORINE CORINE limitações e riscos final<br />
>45 35-45 25-35 40 25-40 25% D e E e E e E e 3 3 N 2 N 2 N 2 C<br />
A situação mais comum destes solos é terem<br />
uma profundidade efectiva de cerca de 50/70cm,<br />
com um horizonte Ap franco-argilo-arenoso de<br />
cerca de 20/25cm e um horizonte B franco-argiloso,<br />
muito firme e extremamente rijo de cerca<br />
de 30/40cm.<br />
Considerando que a capacidade máxima para a<br />
água, a capacidade de campo e a água a retida a<br />
pF4,2 (expressas em volume) são respectivamente<br />
de cerca de 36,5 %, de 26,2% e 8,4% no horizonte<br />
A (no caso real em estudo com cerca de 26cm<br />
de espessura), e de 49,5%, 21,0% e 17,6%<br />
no horizonte B (no caso em estudo com cerca<br />
de 35cm), um solo deste tipo teria a capacidade<br />
máxima para a água de 96mm no horizonte A,<br />
cerca de 270mm em todo o perfil, 47mm de água<br />
utilizável no horizonte A e 104mm em todo o perfil.<br />
Nestas condições, a água de drenagem seria de<br />
49mm no horizonte A e 165mm em todo o perfil,<br />
água esta que poderá alimentar a água subterrânea,<br />
caso haja superavit no balanço hidrológico e não<br />
haja escoamento superficial por a pluviosidade<br />
instantânea exceder a taxa de infiltração.<br />
Em termos reais, poderemos considerar que apenas<br />
nas zonas e anos com mais de 600mm de chuva<br />
anual haverá lixiviação significativa.<br />
A acumulação de Na no horizonte B, comum nestes<br />
solos, fará com que a estrutura seja destruída, este<br />
horizonte passe a imperme total, reduzindo-se a<br />
espessura efectiva do solo para a do Horizonte Ap,<br />
com o aparecimento de condições de redução.<br />
Um solo que poderia ser considerado à partida<br />
da classe S1 quanto à aptidão para o regadio,