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Valores Naturais - CCDR-LVT

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PROT-AML Acústica do Ambiente 313<br />

10.10.1 Necessidade de Definições Estratégicas<br />

O Livro Verde do Ruído (1996) definiu algumas<br />

estratégias gerais a nível da União Europeia,<br />

de que veio a resultar a criação, em Setembro<br />

de 1998, durante uma reunião em Copenhaga,<br />

de grupos de trabalho visando a preparação,<br />

até 2001, da Directiva Europeia sobre o Ruído.<br />

As posições referidas traduzem bem a importância<br />

que, na União Europeia, é dada ao ruído como<br />

factor ambiental, em resultado não só do<br />

elevadíssimo número de cidadãos europeus<br />

que consideram a sua qualidade de vida afectada<br />

negativamente pelo ruído, como pelos encargos<br />

em que esta afectação negativa se traduz.<br />

A preparação da Directiva traduz o reconhecimento<br />

da necessidade do delineamento de estratégias de<br />

intervenção nesta matéria e da coordenação global<br />

destas estratégias.<br />

10.10.2 A situação Portuguesa<br />

1) Em Portugal pode considerar-se que a situação<br />

foi caracterizada, em 1988, por uma posição<br />

interventiva global relativamente ao ruído como<br />

factor ambiental, ao publicar-se o Regulamento<br />

Geral sobre o Ruído (aprovado pelo Decreto-Lei n.º<br />

251/87, de 24 de Junho), que resultou da acção<br />

de uma comissão alargada às diversas áreas<br />

consideradas com interesse no domínio, sob<br />

coordenação do Laboratório Nacional de Engenharia<br />

Civil. O próprio documento explicitou o carácter<br />

pioneiro que assumia ao estabelecer a obrigatoriedade<br />

da sua revisão decorridos três anos, o que ainda não<br />

ocorreu até à data, e se considera seja directamente<br />

desviado da sua condução por tentativas diversas<br />

mais ou menos incipientes, em resultado,<br />

sublinha-se, de má condução.<br />

2) A aplicação do Regulamento Geral sobre o Ruído<br />

veio evidenciar, ao facultar um referencial legal para<br />

base de actuação, a possibilidade de uma percepção<br />

mais clara da situação portuguesa. Em síntese pode<br />

referir-se o seguinte:<br />

• Paredes desequilibradas entre as actuações<br />

autárquicas.<br />

• Interesse mitigado – embora se afigure que<br />

actualmente um pouco mais desperto – por parte<br />

do sector industrial que, em grande parte, vivendo<br />

situações de crise diversas pareceu relegar para<br />

planos secundários actuações relacionadas com<br />

a preservação da qualidade ambiental e,<br />

em particular com o que respeita à componente<br />

acústica do ambiente.<br />

Neste aspecto é digno de menção negativa<br />

particular a situação na indústria da construção<br />

onde é enorme o desenvolvimento relativamente<br />

à área em causa, com resultados bem patentes:<br />

a grande maioria das construções realizadas não<br />

satisfaz aos requisitos estabelecidos pela legislação<br />

vigente, no aspecto em apreço.<br />

• Interesse bem mais acentuado por parte do sector<br />

de serviços.<br />

• Desenvolvimento de acções de ensino e formação,<br />

que merece sublinhar-se, na medida em que irá,<br />

certamente, traduzir-se em consequências<br />

de carácter positivo.

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