Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Solos 97<br />
10.3.3 Caracterização das mais Importantes<br />
Unidades Terra “Unidades Cartográficas“<br />
a Salvaguardar pela sua Importância<br />
como Recurso<br />
Introdução<br />
Consideram-se as grandes Unidades Terra, que pela<br />
sua dimensão e importância devem ser referidas<br />
de forma especial, a fim de salvaguardar o recurso<br />
natural, limitado e não renovável, através de medidas<br />
de política especial.<br />
As Unidades Terra de pequena dimensão devem<br />
também e sempre que possível ser salvaguardadas,<br />
mas tal salvaguarda deve ser efectuada ao nível<br />
instrumentos de planeamento.<br />
As unidades classificadas na Carta como A (classes:<br />
A1, A2 ou A3) devem ser poupadas à destruição<br />
por “betonização“ sempre que possível, ficando<br />
preservadas como espaço verde urbano, como<br />
zonas de infiltração, como protecção contra<br />
as cheias a jusante, etc.<br />
No caso das unidades solo classificadas como A1p,<br />
pela sua importância para a conservação da<br />
“Pedodiversidade“ e raridade (Castanozens,<br />
Rendzinas, Histossolos, Rankers e alguns Gleissolos)<br />
deverá ser efectuado um esforço suplementar para<br />
salvaguardar as condições ecológicas que permitiram<br />
a sua formação, como é o caso dos solos Mólicos<br />
e dos Castanozems, bem como alguns solos<br />
de montanha e solos hidromórficos.<br />
As grandes unidades de importância serão referidas<br />
de Sul para Norte, independente das suas dimensões,<br />
sendo referidas de forma especial as Regiões<br />
Vitivinícolas (regiões demarcadas).<br />
Na carta apresentada, a classe A é atribuída<br />
às unidades cartográficas em que dominam as<br />
unidades terra (solo, declive, etc.) da classe A, isto é,<br />
em que mais de 60% são da classe A (A1, A2 ou A3).<br />
A classe B é atribuída quando mais de 60% da área<br />
correspondem a unidades terra da classe B,<br />
e C serão as restantes.<br />
Sempre que existam manchas, por pequenas<br />
que sejam, mas que possam ter representação<br />
cartográfica na escala escolhida, que se considerem<br />
importantes, tais como aluviões profundos, zonas<br />
de solos como os Vertissolos de grande capacidade<br />
produtiva, tentou-se cartografar, embora não sejam<br />
referidos no relatório.<br />
Grandes Unidades Cartográficas Importantes:<br />
1<br />
Zonas Húmidas do Sado<br />
(Praias do Sado<br />
e Águas de Moura)<br />
Neste complexo encontram-se os solos de sapal<br />
– Solonchacks (Solos Salinos de salinidades moderada<br />
e elevada, calcários e não calcários, de textura ligeira<br />
a pesada), associados a Aluviossolos de grande<br />
capacidade produtiva, que são de grande importância<br />
pela sua capacidade produtiva actual e/ou potencial<br />
(após dessalgamento – A1o), mas em especial<br />
pela sua grande importância para a conservação<br />
da diversidade biológica (A1f), e pela capacidade<br />
depuradora das águas (eliminação de metais pesados,<br />
desnitrificação, etc.).<br />
Este complexo está associado à reserva do Sado,<br />
estando já parcialmente protegido, mas merecendo<br />
um alargamento significativo da área de protecção,<br />
devendo ser salvaguardados os solos Salinos<br />
e os Aluviões, bem como uma zona de protecção,<br />
antigamente com pomares de citrinos e com<br />
montado.<br />
2 e 3<br />
Zona dos Vinhos<br />
de Setúbal, Azeitão<br />
e Palmela, Região<br />
Vitivinícola de Arrábida<br />
(VQPRD) – 2,<br />
e de Palmela (VQPRD) – 3<br />
(Decreto-Lei n.º 340/89, Diário da República<br />
n.º 231, I Série de 7 de Outubro de 1989,<br />
4383 - 4385)<br />
Zona demarcada e/ou de interesse vitivinícola<br />
da Arrábida (2) em solos calcários pardos e vermelhos,<br />
solos mediterrânicos pardos ou vermelhos de arenitos,<br />
argilas e argilitos, solos Litólicos não Húmicos<br />
de materiais arenáceos, pouco consolidados,<br />
solos podzolizados de areias e arenitos.<br />
Esta zona desde Sesimbra a Setúbal, corresponde<br />
a uma zona dobrada na falda da Serra da Arrábida,<br />
dominada por solos B e C, devendo por isso serem<br />
salvaguardados os solos classificados como A e B<br />
para a produção destes vinhos.