Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Conservação da Natureza 47<br />
é dominada pelos urzais existindo ainda, sobretudo<br />
na parte oriental, algumas matas.<br />
<strong>Valores</strong> naturais<br />
Flora e Comunidades Vegetais<br />
Este local, de solos básicos siliciosos ou também<br />
calcários, é essencialmente revestido por tojais.<br />
Nas clareiras ocorrem relvados onde se pode<br />
encontrar Ionopsidium acaule, planta cuja<br />
conservação é prioritária. No topo da serra ocorrem<br />
afloramentos rochosos que para algumas espécies<br />
vegetais de conservação imperativa, por exemplo<br />
Armeria pseudarmeria, representam condições<br />
favoráveis para a respectiva sobrevivência<br />
e preservação ex-situ. Oferece ainda condições para<br />
o desenvolvimento de relvados específicos de solos<br />
siliciosos e simultaneamente básicos que em função<br />
das suas características florísticas poderão classificar-<br />
-se no âmbito do habitat prioritário da Directiva<br />
92/43/CEE – “Prados de Alysso-Sedion albi“.<br />
Fauna<br />
Esta área oferece bons locais de alimentação para<br />
as aves de rapina que ocorrem na região de Lisboa.<br />
Merece particular destaque o falcão-peregrino,<br />
espécie com estatuto de conservação desfavorável,<br />
já observado na área.<br />
Conflitos e Ameaças<br />
– Expansão urbana-industrial.<br />
– Ausência ou déficit de perturbações<br />
ecologicamente funcionais.<br />
N18)<br />
SERRA DA CARREGUEIRA<br />
A Serra da Carregueira localiza-se grosso modo<br />
entre as povoações de Almargem do Bispo (Norte)<br />
e Belas (Sul). Integra uma diversidade de biótopos<br />
e comunidades vegetais espontâneas, destacandose<br />
as de terrenos derivados de calcários e de<br />
arenitos e conglomerados cretácicos. A matriz da<br />
paisagem vegetal é dominada por tojais e carrascais<br />
por vezes contactantes espacialmente, nuns casos<br />
de solos ácidos noutros de solos básicos. Esta<br />
vegetação encontra-se em diversos estádios<br />
sucessionais sobretudo em resultado da condução<br />
dos povoamentos florestais existentes e a separar<br />
as grandes manchas formadas pelos matos ocorre<br />
também vegetação de linhas de água onde<br />
pontificam por vezes elementos de porte arbóreo.<br />
A serra da Carregueira tem tido pequeno impacto<br />
das actividades humanas pelo que o estado de<br />
conservação dos elementos biológicos presentes<br />
é globalmente notório.<br />
Esta área está incluída no sítio Ericeira-Praia de Vide,<br />
proposto ao abrigo da Directiva Habitats.<br />
<strong>Valores</strong> <strong>Naturais</strong><br />
Flora e Comunidades Vegetais<br />
Destaca-se pelos seus solos de reacção ácida<br />
e por um tipo de vegetação acidófila onde ocorrem<br />
plantas raras, designadamente Ionopsidium acaule,<br />
Cirsium spp., Euphorbia transtagana, Thymus<br />
villosus subps. villosus, Quercus broteroi. No fundo<br />
dos vales ao longo das linhas de água, é frequente<br />
encontrar ainda associado aos carvalhais e<br />
carvalhais/sobreirais a já rara Celtis australis. Nos<br />
terrenos derivados de calcários compactos ocorrem<br />
extensos e diversificados carrascais onde ocorre<br />
a planta protegida Silene longicilia.<br />
Relativamente às espécies vegetais de terrenos<br />
gresosos ácidos, a Serra da Carregueira representa<br />
uma etapa central na dispersão e comunicação<br />
genética entre populações de plantas<br />
ecologicamente preferentes deste tipo de<br />
substratos. Os elementos vegetais estabelecidos<br />
nesta serra são por isso fundamentais para o<br />
desenvolvimento de estratégias de conservação<br />
da biodiversidade adequadas a prevenir o<br />
aparecimento de síndromas próprios das pequenas<br />
populações isoladas por diminuição de comunicação<br />
genética e diminuição do recrutamento de<br />
indivíduos de populações vizinhas. Em particular<br />
a conservação biológica na Serra da Carregueira<br />
serve para diminuir a “distância“ que separa as duas<br />
mais importantes áreas naturais da região de Lisboa<br />
quanto à existência de solos ácidos enxutos<br />
– a Serra de Sintra e o perímetro designado neste<br />
trabalho sob o nome de “Vulcões de Lisboa“.<br />
Conflitos e Ameaças<br />
– Expansão urbana.<br />
– Florestação com exóticas.