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Valores Naturais - CCDR-LVT

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PROT-AML Solos 95<br />

De facto, dada a sua alta capacidade de retenção<br />

de água, os valores do superavit anual são reduzidos<br />

para permitirem a lavagem do excesso de sais,<br />

em especial nas zonas de pluviosidade inferior<br />

a 600mm.<br />

Tal como os outros Vertissolos, não existem<br />

dados acerca dos coeficientes de distribuição,<br />

mas admitindo que são maiores que os verificados<br />

nos Aluviossolos argilosos, o movimento do sódio<br />

deve levar a que este elemento se acumule<br />

no horizonte B.<br />

Trata-se de solos com maior resistência<br />

à alcalização, aumentando esta com o aumento<br />

do teor em carbonatos, mas aumentando a<br />

sensibilidade à salinização. Nos solos erosionados,<br />

com elevado teor em carbonatos à superfície<br />

(horizonte Bk à superfície) apresenta desequilíbrios<br />

nutritivos por excesso de calcário activo.<br />

A classificação final destes solos é então A1o<br />

para os solos mais profundos, menos declivosos<br />

e menos calcários e até C para os solos delgados<br />

e declivosos e com o horizonte caliço à superfície.<br />

Pode ser considerado A3c nas cabeceiras das<br />

ribeiras em zonas de risco de cheias e A2t no<br />

caso da necessidade de recarga de aquíferos<br />

dada a sua elevada capacidade de retenção<br />

e permeabilidade.<br />

– Podzóis<br />

• Podzóis Não Hidromórficos de Areias ou Arenitos<br />

Não ou Pouco Consolidados – Ap, Pz, Pp<br />

Cap. de Uso SROA Risco Erosão Adaptação Regadio Classificação<br />

Declive Profundidade cm Qual. CORINE CORINE limitações e riscos final<br />

>45 25% E e E e 2 3 N 1 N 2 A1 A2 e C<br />

*Após aplicação de matéria orgânica.<br />

Trata-se de solos cuja limitação quanto à produção<br />

é a fraca capacidade de retenção de água, muito<br />

baixa nos solos de textura mais arenosa e com<br />

baixo teor em matéria orgânica, no entanto<br />

para produção hortícola não há solos de melhor<br />

qualidade e quando com matéria orgânica são<br />

muito produtivos (A1h). São bons solos de vinha<br />

(A1v) e têm muito interesse para a produção<br />

florestal (A1f), em especial nas zonas de maior<br />

declive (>15%). No caso de solos delgados<br />

e declivosos, a não ser que constituam cabeceiras<br />

de ribeiras serão solos classificados como B e C,<br />

dependendo da espessura efectiva.<br />

Outra das limitações é a baixa fertilidade<br />

e capacidade tampão, com arrastamento<br />

dos fertilizantes móveis para fora da zona radicular,<br />

embora pela sua elevada permeabilidade<br />

(com uma taxa de infiltração de cerca de 400mm h -1 ,<br />

pelo menos no horizonte superficial, e com<br />

uma capacidade máxima de retenção muitas vezes<br />

de mais de 200mm), o que pode acarretar risco<br />

de salinização e poluição das águas subterrâneas<br />

a jusante, portanto classificada como A2p. Quando<br />

com má drenagem estes solos não têm capacidade<br />

de recarga dos aquíferos.<br />

Aumentando a capacidade de retenção de água<br />

e de nutrientes, pelo aumento da matéria orgânica,<br />

mesmo os Aluviossolos mais arenosos poderão<br />

apresentar elevada adaptação ao regadio,<br />

sem qualquer problema de índole física,<br />

portanto classificado como A1h.

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