Valores Naturais - CCDR-LVT
Valores Naturais - CCDR-LVT
Valores Naturais - CCDR-LVT
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
PROT-AML Conservação da Natureza 43<br />
N12)<br />
ESTUÁRIO DO TEJO-SUL<br />
A área denominada Tejo-Sul desenvolve-se<br />
nas margens do estuário do Tejo, entre a “península<br />
do Samouco“, baía do Seixal e a Cova da Piedade.<br />
Engloba as zonas estuarinas (sapais, lodaçais, etc),<br />
entre-marés e as áreas adjacentes onde ainda se<br />
efectua agricultura tradicional. Abranje também<br />
salinas abandonadas, o troço inferior da ribeira<br />
de Coina (até essa povoação) , o campo da base<br />
aérea do Montijo e a Mata da Machada.<br />
<strong>Valores</strong> <strong>Naturais</strong><br />
Flora e Comunidades Vegetais<br />
Estão referenciados para esta área vários habitats<br />
do Anexo I da Directiva Habitatss. Destaca-se<br />
sobretudo pela ocorrência de extensos e complexos<br />
sapais e outros ecossistemas tolerantes à salinidade.<br />
Destaca-se ainda a área classificada da Mata<br />
da Machada.<br />
Fauna<br />
Em termos faunísticos esta área apresenta-se como<br />
um complemento do sistema estuarino do Tejo,<br />
do qual faz parte integrante em termos ecológicos.<br />
As zonas entre marés desta unidade apresentam<br />
uma importância comparável a outras incluídas<br />
na ZPE ou na Reserva Natural do Estuário do Tejo,<br />
como locais de alimentação e refúgio para avifauna<br />
aquática, em particular durante o Inverno. Apesar<br />
de muitos dos sítios de refúgio importantes para<br />
as aves aquáticas se encontrarem dentro de áreas<br />
já classificadas, a ocorrência de migrações diárias<br />
para zonas de alimentação entre-marés incluídas<br />
na nova área Tejo-Sul confere-lhe importância<br />
nacional.<br />
Moreira (in press) refere como áreas de destaque<br />
para as aves aquáticas: a baia da Arrentela,<br />
a baixa da ribeira de Coina e a de Montijo/Sarilhos.<br />
Algumas das espécies de aves que podem ser<br />
observados nestas áreas em números consideráveis<br />
são o alfaiate, o perna-longa, a seixoeira,<br />
o maçarico-de-bico-vermelho e o pilrito-pequeno.<br />
O complexo formado por salinas abandonadas<br />
e áreas de agricultura tradicional são ainda locais<br />
assinaláveis para a fauna.<br />
As áreas agrícolas adjacentes funcionam<br />
como tampão, permitindo minimizar o impacto<br />
da perturbação humana sobre o sensível sistema<br />
estuarino.<br />
Conflitos e Ameaças<br />
– Pressão urbanística e rodoviária.<br />
– Urbanização desregrada, em particular a dispersa.<br />
– Intensificação da agricultura.<br />
– Implantação de zonas industriais e equipamento.<br />
– Enxugo e drenagem para reconversão das áreas<br />
de lamas e sapal.<br />
– Poluição das linhas de água, em particular<br />
da ribeira de Coina.<br />
N13)<br />
CAMPO DE TIRO<br />
DE ALCOCHETE<br />
Recinto militar, vedado e de acesso bastante<br />
restringido. Inclui áreas de pinhal, montados<br />
e matos, assim como importantes zonas de lagoas<br />
temporárias.<br />
<strong>Valores</strong> <strong>Naturais</strong><br />
Flora e Comunidades Vegetais<br />
O nível de informação botânica disponível sobre<br />
este recinto militar é ainda muito incipiente.<br />
No entanto a avaliar pelo estado de conservação<br />
de algumas comunidades vegetais é possível antever<br />
o grande interesse botânico deste sector. Destaca-se<br />
em particular os ecossistemas naturais gerados pela<br />
retenção de águas das chuvas e surgências – lagoas<br />
temporárias – que com respeito à Directiva Habitats<br />
incluem comunidades vegetais filáveis nos itens<br />
3110, 3131 e 3170*. Destaca-se ainda, embora<br />
geograficamente limitados, os ecossistemas<br />
estabelecidos sobre paleo-dunas e outros solos