Valores Naturais - CCDR-LVT
Valores Naturais - CCDR-LVT
Valores Naturais - CCDR-LVT
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PROT-AML Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Poluição Hídrica 127<br />
Este caudal é fornecido a Lisboa e aos concelhos<br />
limítrofes, quer directamente através do subsistemas<br />
já referidos, quer a partir dos reservatórios da rede<br />
de distribuição de água a Lisboa.<br />
Nos pontos seguintes apresenta-se uma descrição<br />
dos subsistemas e dos adutores, bem como, de rede<br />
de distribuição de água de Lisboa, na perspectiva<br />
de origem dos sistemas de abastecimento de águas<br />
aos concelhos limítrofes de Lisboa.<br />
Subsistema de Alviela<br />
O subsistema de Alviela é dos três, o mais antigo,<br />
datando a sua construção de 1880.<br />
Tem como origem de água as nascentes dos Olhos<br />
de Água, variando os caudais captados em função<br />
da época do ano, desde o mínimo de 10 000 m 3 /d<br />
na época estival até aos 70 000 m 3 /d,<br />
correspondentes à capacidade máxima de<br />
transporte do Aqueduto do Alviela, que se localiza<br />
a jusante.<br />
Para além das nascentes dos Olhos de Água,<br />
os furos da Ota, os de Alenquer (raramente)<br />
e os da Lezíria, são também origens subsidiárias<br />
deste sistema, fazendo-se entrada de água<br />
no Aqueduto, naqueles locais.<br />
A água é aduzida graviticamente pelo aqueduto<br />
entre as nascentes e o reservatório dos Barbadinhos<br />
em Lisboa, numa extensão total de 114km,<br />
fornecendo no seu percurso água aos concelhos<br />
que atravessa.<br />
Para além dos furos da Ota, há ainda a considerar<br />
o eventual reforço em Alcanhões, a partir do adutor<br />
do Castelo de Bode.<br />
O aqueduto tem uma secção ovóide T1800 e<br />
apresenta uma inclinação constante de 0,12m/m.<br />
Integra no seu percurso 51 sifões constituídos<br />
por 2 linhas de Ø 1000mm.<br />
Subsistema do Tejo<br />
O subsistema do Tejo com já se referiu tem como<br />
origem principal a água captada no Tejo, na secção<br />
de Valada.<br />
O caudal nominal dessa captação é de<br />
240 000 m 3 /d (= ~ 2,78m 3 /s). A água captada<br />
é de má qualidade, nomeadamente, por apresentar<br />
valores pontuais excessivos de alguns parâmetros<br />
associados à presença de matéria orgânica, fecal<br />
e elevados níveis, em permanência, do teor<br />
de fosfatos.<br />
Apesar disso, e exceptuando situações de poluição<br />
pontual, as características da água bruta permitem<br />
torná-la, após tratamento, adequada ao consumo<br />
humano.<br />
Para além da captação das águas superficiais<br />
referida, existem actualmente em Valada 16 poços,<br />
que constituem as captações de Valada I, Valada II,<br />
Valada III e Valada IV. A água destas captações<br />
é de má qualidade sendo exploradas apenas em<br />
situações de emergência.<br />
O aqueduto do Tejo, construído nos fim dos anos<br />
30, têm um extensão de 47km entre a Várzea das<br />
Chaminés e o reservatório dos Olivais, que constitui<br />
o seu término.<br />
Tem uma secção circular com diâmetro de 2,5m<br />
e uma inclinação constante de, 0,1m/km e integra<br />
11 sifões.<br />
Foi concebido para funcionar em superfície livre,<br />
mas foi adaptado para poder suportar baixas cargas,<br />
aumentando assim a sua capacidade de transporte<br />
dos 280 000 m 3 /d para 400 000 m 3 /d.<br />
Efectivamente, o caudal deste aqueduto é desviado<br />
em Vila Franca de Xira, para os reservatórios<br />
da Estação Elevatória de Vila Franca de Xira, donde<br />
é bombado, para o aqueduto, a jusante de válvula<br />
de seccionamento, passando a funcionar em carga.<br />
Da ETA de Vale da Pedra saem duas canalizações<br />
que constituem o troço inicial do Aqueduto do Tejo<br />
e que aduzem a água até à Várzea das Chaminés.<br />
A jusante da Várzea das Chaminés podem afluir<br />
ao aqueduto do Tejo, em situação de emergência,<br />
os caudais provenientes dos furos do Espadanal,<br />
da Quinta do Campo e do Carregado.<br />
Integra ainda a estação de sobrepressão da<br />
Verdelha que permite aumentar a capacidade<br />
de transporte do Aqueduto do Tejo para os valores<br />
já referidos, bem como apoiar o enchimento do<br />
Reservatório dos Olivais.<br />
Subsistema do Castelo de Bode<br />
O subsistema do Castelo de Bode tem como<br />
origem a albufeira de Castelo de Bode. A água<br />
captada é de muito boa qualidade e é aduzida<br />
por um túnel até à estação elevatória.