Valores Naturais - CCDR-LVT
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PROT-AML Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Poluição Hídrica 258<br />
As medidas referidas nas alíneas a) e b) anteriores<br />
permitirão ultrapassar actual situação de algum<br />
incumprimento das normas comunitárias<br />
e da própria legislação nacional, designadamente<br />
e com maior relevância na área da monitorização<br />
e avaliação das situação actual dos recursos hídricos<br />
nacionais.<br />
10.8.2.2<br />
Definição de Estratégias<br />
Saneamento Básico<br />
Abastecimento de Água<br />
à Populações e Indústrias<br />
Os níveis de atendimento das populações<br />
com distribuição domiciliária de água atingem,<br />
actualmente, valores muito próximos dos 100%,<br />
na quase totalidade da região abrangida pela Área<br />
Metropolitana de Lisboa.<br />
No entanto, em algumas zonas, o nível de qualidade<br />
do serviço prestado pode e deve ser melhorado,<br />
designadamente nos seguintes aspectos:<br />
– Qualidade da água servida às populações;<br />
– Fiabilidade e segurança do fornecimento;<br />
– Rendimento dos sistemas de abastecimento.<br />
As estratégias a adoptar para incrementar<br />
qualitativamente o nível de atendimento deverão<br />
centrar-se no objectivo essencial de melhorar<br />
os aspectos atrás referidos.<br />
Para melhorar a qualidade da água servida<br />
às populações, é fundamental a adopção<br />
das seguintes estratégicas:<br />
– Recuperação e protecção dos recursos hídricos,<br />
superficiais e subterrâneos, com especial relevância<br />
para aqueles cujas águas são utilizadas<br />
para produção de água para consumo humano,<br />
por forma a permitir a disponibilidade de uma água<br />
de produção de melhor qualidade e, assim,<br />
o fornecimento às populações de uma água<br />
de melhor qualidade e a menores custos;<br />
– Melhoria dos sistemas de tratamento<br />
de águas para consumo existentes, em termos<br />
da adequabilidade das linhas processuais<br />
de tratamento e da melhoria das condições<br />
de exploração das instalações por forma a garantir<br />
a produção de uma água de abastecimento humano<br />
satisfazendo o quadro normativo em vigor;<br />
– Melhoria do funcionamento dos sistemas<br />
de adução, reserva e distribuição, por forma<br />
a prevenir a possibilidade de contaminação<br />
da água no percurso entre a estação de tratamento<br />
e o utilizador;<br />
– Melhoria dos sistemas de monitorização<br />
e controlo da qualidade da água nos sistemas<br />
de abastecimento, desde a produção até aos locais<br />
de distribuição e consumo;<br />
– Divulgação, junto dos consumidores, da qualidade<br />
da água distribuída, através de meios periódicos<br />
de divulgação;<br />
– Sensibilização das populações para o valor<br />
da água distribuída e para a necessidade<br />
da sua utilização racional.<br />
Para melhorar a fiabilidade do fornecimento<br />
é essencial a adopção das seguintes medidas<br />
estratégicas:<br />
– Disponibilização de origens alternativas de água<br />
de produção, de forma a reduzir a susceptibilidade<br />
dos sistemas de abastecimento de água<br />
a catástrofes, a ondas de poluição acidental<br />
e a avarias;<br />
– Melhoria dos sistemas de captação, tratamento,<br />
adução, reserva e distribuição, por forma a reduzir<br />
as probabilidade de avarias e de interrupção<br />
do funcionamento.<br />
O baixo rendimento de alguns sistemas<br />
de abastecimento de água na Área Metropolitana<br />
de Lisboa traduz-se em valores excessivamente<br />
elevados de fugas e perdas de água.<br />
A melhoria dos sistemas, atrás apontada como<br />
medida estratégica essencial para aumentar a sua<br />
fiabilidade, revela-se também importante ao nível<br />
da redução de fugas e perdas de água. Estas perdas<br />
têm repercussões a dois níveis: ao nível económico,<br />
uma vez que tais perdas fazem aumentar os custos<br />
do serviço prestado; e ao nível da perda do recurso.