Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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IMIPRAMINA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
náuseas, pesadelos, pigmentação da pele, prurido,<br />
queda de cabelo, rash cutâneo, redução do<br />
limiar convulsivante, retenção urinária, síndrome<br />
extrapiramidal, síndrome noradrenérgica precoce,<br />
prostatismo, sonhos bizarros, sonambulismo, sudorese,<br />
taquicardia, tiques, tremores finos, vertigens,<br />
virada maníaca, vômitos, xeroftalmia.<br />
INDICAÇÕES<br />
Evidências consistentes de eficácia:<br />
• depressão maior ; 1-3<br />
• distimia; 4,5<br />
• transtorno do pânico; 6,7<br />
• enurese noturna; 8,9<br />
• transtorno de ansiedade generalizada. 10,11<br />
Evidências incompletas:<br />
• episódio depressivo do transtorno bipolar do<br />
humor. Nesse caso, é indicado um pré-tratamento<br />
com um estabilizador do humor (lítio,<br />
carbamazepina, ácido valpróico). Como os tricíclicos<br />
aumentam a possibilidade de viradas<br />
maníacas em bipolares e o desencadeamento<br />
de ciclagem rápida, são os fármacos de menor<br />
preferência em episódios depressivos do transtorno<br />
bipolar; 12<br />
• dor neuropática; 13<br />
• déficit de atenção com hiperatividade em<br />
crianças; 14<br />
• recusa escolar. 15<br />
CONTRA-INDICAÇÕES<br />
Absolutas<br />
• Infarto agudo do miocárdio recente (3 a 4 semanas);<br />
• bloqueio de ramo;<br />
• hipersensibilidade ao fármaco;<br />
• prostatismo ou retenção urinária;<br />
• íleo paralítico;<br />
• glaucoma de ângulo estreito.<br />
Relativas<br />
• Uso associado a IMAOs (dar preferência à amitriptilina);<br />
• outras alterações na condução cardíaca;<br />
• insuficiência cardíaca congestiva;<br />
• convulsões.<br />
INTOXICAÇÃO<br />
Em geral, doses maiores que 1,2 g são tóxicas,<br />
sendo, geralmente, fatais acima de 2,5 g.<br />
Intoxicação aguda<br />
Breve fase de excitação, alucinações, hipersensibilidade<br />
a sons e inquietude, sonolência, confusão,<br />
torpor, ataxia, nistagmo, disartria, midríase,<br />
delirium, contraturas musculares, íleo paralítico,<br />
convulsões tônico-clônicas, podendo evoluir rapidamente<br />
para o coma não-reativo, muitas vezes<br />
com depressão respiratória, hipoxia, hiporreflexia,<br />
hipotermia, hipotensão e arritmias (taquicardia<br />
ventricular, fibrilação atrial, bloqueios e extra-sístoles).<br />
A toxicidade sobre o sistema cardiocirculatório<br />
deriva de efeitos do tipo quinidina.<br />
Manejo<br />
• Internação em um serviço de emergência. As<br />
primeiras 6 horas são as mais críticas. Se não<br />
ocorrerem alterações de consciência, do ECG,<br />
hipotensão ou convulsões, o paciente pode ser<br />
transferido para uma unidade psiquiátrica.<br />
• Interromper o uso do antidepressivo.<br />
• Evitar uso de antipsicóticos concomitantemente<br />
(exceto para reações maníacas ou agitação<br />
grave). Podem aumentar o estado de confusão<br />
em vez de atenuá-lo.<br />
Medidas a adotar:<br />
• indução do vômito ou lavagem gástrica e carvão<br />
ativado;<br />
• monitorar funções vitais (incluindo ECG), adotando<br />
medidas para mantê-las e completando<br />
o exame físico;<br />
• fazer exames laboratoriais, incluindo dosagem<br />
sérica de tricíclicos; cuidar os níveis de eletrólitos<br />
e fazer as correções necessárias;<br />
• neostigmina (Prostigmine ® ): contra-indicada se<br />
houver coma; seu uso é controverso, pois pode<br />
aumentar o risco de crises convulsivas ou arritmias<br />
cardíacas graves. Usar 1 a 2 mg, EV, lento,<br />
a cada 30 a 60 minutos; ou 1 a 2 mg, IM, a<br />
cada 60 minutos;<br />
• se houver hipotensão, reposição vigorosa de<br />
líquidos, permanecer em decúbito, elevando<br />
as pernas;<br />
• se houver convulsões, usar diazepam EV;<br />
• arritmias ventriculares: lidocaína, propranolol,<br />
ou fenitoína.<br />
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