Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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NALTREXONA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
8. Schneier FR, Goetz D, Campeas R e cols. Placebo-controlled<br />
trial of moclobemide in social phobia. Brit J Psychiatry 1998;<br />
172: 70-77.<br />
9. Hickie IB, Wilson AJ, Wright JM, Bennett BK, Wakefield D,<br />
Lloyd AR.A randomized, double-blind placebo-controlled<br />
trial of moclobemide in patients with chronic fatigue<br />
syndrome. J Clin Psychiatry. 2000; 61 (9): 643-8.<br />
10. Beaumont G, Hetzel W. Patients at risk of suicide and<br />
overdose. Psycopharmacol 1992; 106: S123-S127.<br />
11. Amrein R, Stabl M, Henauer S. e cols. Efficacy and<br />
tolerability of moclobemide in comparison with placebo,<br />
tricyclic antidepressants, and selective serotonin reuptake<br />
inhibitors in elderly depressed patients: a clinical overview.<br />
Can. J. Psychiatry 1997; 42 : 1043-1050.<br />
NALTREXONA<br />
REVIA (Lab. Cristália)<br />
• Frascos com 30 comprimidos de 50 mg.<br />
FARMACOCINÉTICA<br />
E MODO DE USAR<br />
A naltrexona, sintetizada em 1963, é um congênere<br />
sintético da oximorfona, sendo um antagonista<br />
opióide puro, sem propriedade agonista. É<br />
rapidamente absorvida após dose única oral de<br />
50 mg, com taxa de absorção em torno de 96%.<br />
Aproximadamente 21% do medicamento circulam<br />
ligados às proteínas plasmáticas. A metabolização<br />
hepática se dá principalmente por redução<br />
e glicuronidação, alcançando o pico plasmático<br />
em 1 hora e com meia-vida de 24 horas. A<br />
excreção é predominantemente renal.<br />
A eficácia da naltrexona no tratamento do alcoolismo<br />
foi constatada em diversos ensaios clínicos<br />
e requer uso contínuo por pelo menos 12 semanas.<br />
1-5 Um estudo duplo-cego de 12 semanas envolvendo<br />
70 pacientes alcoolistas demonstrou<br />
que a compulsão para beber foi diminuída, e<br />
quando houve ingestão de álcool, a quantidade<br />
total consumida foi menor no grupo que usava<br />
naltrexona. 4 O tratamento de manutenção dependerá<br />
da avaliação periódica da resposta ao<br />
fármaco, podendo ser necessário ajuste de dose.<br />
A eficácia da naltrexona para o tratamento do<br />
alcoolismo em longo prazo é desconhecida. Ela é<br />
utilizada usualmente em combinação com técnicas<br />
psicoterápicas diversas. 6-9<br />
A naltrexona também é empregada na terapia de<br />
manutenção para dependentes de opióides após<br />
a desintoxicação: heroína – 7dias; metadona e outros<br />
compostos de longa ação – 10 a 14 dias.<br />
Utilizada em doses de 150 mg, mantém seu efeito<br />
por 72 horas, podendo então ser administrada a<br />
cada 3 dias com a finalidade de tratar a dependência<br />
de opióides após a completa desintoxicação.<br />
No tratamento do alcoolismo, deve ser administrada<br />
por via oral na dose de 50 mg/dia.<br />
FARMACODINÂMICA<br />
E MECANISMOS DE AÇÃO<br />
A naltrexona é um antagonista opióide puro que<br />
age bloqueando a euforia e os demais efeitos dos<br />
opióides endógenos. Quanto ao mecanismo<br />
de ação, caracteriza-se por bloqueio da liberação<br />
de opióides endógenos que estão classicamente<br />
envolvidos com a via de prazer e recompensa. Age<br />
predominantemente no sistema mesolímbico dopaminérgico<br />
por via indireta. Portanto, ao bloquear<br />
os efeitos dos opióides endógenos que supostamente<br />
podem ser liberados pelo álcool, a<br />
droga torna o hábito de beber menos prazeroso. 10<br />
Os pacientes costumam relatar que, após beber,<br />
não se sentem estimulados a continuar bebendo<br />
e ainda referem aparecimento de sedação com a<br />
ingestão de naltrexona de 50 mg ao dia. 1<br />
A naltrexona, no tratamento do alcoolismo, é vista<br />
como um medicamento que age basicamente evitando<br />
que um lapso (uso eventual de álcool) se<br />
torne uma recaída (retorno aos padrões de dependência<br />
anteriores) possivelmente por agir sobre<br />
o reforço positivo da ingestão inicial de álcool.<br />
11-14<br />
Esse medicamento necessita, para sua eficácia,<br />
de uma boa adesão do paciente ao tratamento<br />
e, portanto, do uso contínuo do fármaco. 4<br />
REAÇÕES ADVERSAS<br />
E EFEITOS COLATERAIS<br />
Mais comuns: cefaléia, náuseas, síndrome de abstinência<br />
a opióides (em dependentes ativos), tontura.<br />
Menos comuns: artralgia, anorexia, ansiedade, depressão,<br />
dor abdominal, dores musculares, ejaculação<br />
retardada, fadiga, insuficiência hepática,<br />
insônia, ideação suicida, perda de cabelo, perda<br />
de peso, trombocitopenia.<br />
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