Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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como antidepressivo 10 e no tratamento de sintomas<br />
negativos da esquizofrenia. 11<br />
tonturas, torcicolo, tremores finos, urticária, vertigens,<br />
visão borrada, xeroftalmia.<br />
SULPIRIDA<br />
FARMACODINÂMICA<br />
E MECANISMOS DE AÇÃO<br />
A sulpirida é considerada um antipsicótico atípico<br />
pelo seu baixo índice de efeitos extrapiramidais,<br />
possivelmente devido à pouca afinidade por receptores<br />
D2 no sistema nigro-estriatal. Demonstra<br />
um mecanismo de ação dose-dependente, pois<br />
em doses altas tem ação neuroléptica e, em doses<br />
baixas, possui ação desinibitória. Esse último mecanismo<br />
deve-se, provavelmente, ao bloqueio preferencial<br />
de receptores D2 pré-sinápticos, resultando<br />
em uma ação dopaminérgica (o bloqueio<br />
pré-sináptico aumenta o turnover dopaminérgico),<br />
podendo ser usada como antidepressivo e<br />
no tratamento de sintomas depressivos da esquizofrenia,<br />
em doses de 50 a 150 mg. 4,5<br />
Com doses maiores, bloqueia os receptores póssinápticos,<br />
sendo muito mais potente no bloqueio<br />
de receptores D2 e D3 do que dos receptores D4<br />
e D1. Possui baixa afinidade com receptores a-<br />
adrenérgicos, 5-HT2 e muscarínicos, produzindo<br />
pouca sedação e hipotensão. Seus efeitos de bloqueio<br />
dopaminérgico no sistema túbero-infundibular<br />
causam aumento na prolactina e, conseqüentemente,<br />
podem causar galactorréia.<br />
REAÇÕES ADVERSAS<br />
E EFEITOS COLATERAIS<br />
INDICAÇÕES<br />
Evidências consistentes de eficácia:<br />
• esquizofrenia; 4<br />
• episódio de mania grave, com sintomas psicóticos,<br />
associado ao estabilizador do humor; 5<br />
• esquizofrenia refratária à clozapina, como coadjuvante;<br />
5-8<br />
• síndrome do cólon irritável (200 a 450 mg/<br />
dia). 9<br />
Evidências incompletas:<br />
• para depressões com retardo psicomotor, em<br />
baixas doses – até 200 mg; 10,12,13<br />
• associada ao lítio, no tratamento da depressão<br />
bipolar; 14<br />
• transtornos somatoformes; 14<br />
• transtorno doloroso; 16<br />
• em associação com olanzapina para tratamento<br />
da esquizofrenia refratária; 17<br />
• síndrome de Gilles de la Tourette; 18<br />
• síndromes vertiginosas a dose pode variar entre<br />
150 a 300 mg/dia);<br />
• enxaqueca;<br />
• como antiemético;<br />
• zumbido (50 mg/dia); 19<br />
• coréia de Huntington; 20<br />
• hemibalismo. 21<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
Mais comuns: boca seca, constipação, hiperprolactinemia,<br />
sedação e galactorréia (dose-dependentes).<br />
Menos comuns: acatisia, abstinência, agitação,<br />
alteração no ECG, alteração da função hepática,<br />
amenorréia, amnésia, anorexia, ansiedade, ataxia,<br />
aumento do apetite, cáries dentárias, distonia,<br />
congestão nasal, convulsão, crises oculógiras, déficit<br />
cognitivo, delirium, dependência, depressão<br />
da medula óssea, discinesia tardia, distonia tardia,<br />
ejaculação retardada, excitação, fadiga, ganho de<br />
peso, glaucoma (precipitação do), hiperglicemia,<br />
hiporreflexia, hipotensão postural, hipertensão arterial,<br />
icterícia, impotência, inquietude, leucocitose,<br />
leucopenia, pseudoparkinsonismo, rash cutâneo,<br />
redução do limiar convulsivante, relaxamento<br />
muscular, retenção urinária, rigidez muscular,<br />
salivação, síndrome extrapiramidal, síndrome<br />
neuroléptica maligna, sonolência, taquicardia,<br />
CONTRA-INDICAÇÕES<br />
Absolutas<br />
• Feocromocitona: sua ação estimulante dopaminérgica<br />
pode explicar o desencadeamento<br />
de crises hipertensivas em pacientes com feocromocitoma<br />
ainda latente e em hipertensos;<br />
Relativas<br />
• Insuficiência renal;<br />
• em pacientes muito agitados, pela ação estimulante<br />
dopaminérgica;<br />
• hipertensos graves, sua ação estimulante dopaminérgica<br />
pode explicar o desencadeamento<br />
de crises hipertensivas;<br />
• em pacientes com miastenia gravis.<br />
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