Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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CONTRA-INDICAÇÕES<br />
Relativas<br />
• Doença coronariana;<br />
• insuficiência renal crônica (a meia-vida da clonidina<br />
pode duplicar nessa condição);<br />
• depressão;<br />
• gravidez;<br />
• lactação.<br />
INTOXICAÇÃO<br />
Caracteriza-se por hipotensão, bradicardia e bradipnéia,<br />
arritmia, depressão respiratória, hipertensão<br />
transitória, miose, hipotermia. Podem ainda<br />
fazer parte do quadro: alteração no nível de consciência,<br />
estupor ou coma, convulsões, miose e bloqueio<br />
atrio-ventricular. Esse quadro se inicia 30 a<br />
60 minutos depois da injeção dos comprimidos<br />
de clonidina. Também existem relatos de intoxicação<br />
em crianças que utilizam o adesivo contendo<br />
o fármaco 16 .<br />
Manejo<br />
• Internação hospitalar;<br />
• suspensão do fármaco;<br />
• medidas gerais, como apoio ventilatório, e específicas<br />
para hipotensão, como infusão venosa;<br />
• nos casos graves, administrar nitroprussiato de<br />
sódio;<br />
• combater a bradicardia com o uso de agentes<br />
inotrópicos positivos, como a dobutamina (Dobutrex<br />
® – Lilly).<br />
SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />
Gravidez e lactação<br />
Seu uso deve ser evitado durante esses períodos.<br />
É excretada no leite materno.<br />
Crianças<br />
A clonidina tem sido utilizada em crianças, no tratamento<br />
de tiques do Transtorno de Tourette 7-10 .<br />
Sua eficácia também foi verificada no tratamento<br />
dos sintomas do transtorno de déficit de atenção/<br />
hiperatividade (TDAH), particularmente a impulsividade.<br />
As doses utilizadas foram de 4 a 5 mg/kg.<br />
A clonidina foi bem-tolerada, sendo que o principal<br />
efeito adverso foi sonolência, que diminuiu<br />
após a terceira semana de uso. Tem sido sugerida<br />
como escolha em crianças com TDAH que tenham<br />
tiques associados. Tem sido usada ainda como<br />
co-adjuvante em crianças agressivas com essa<br />
síndrome (tratadas com estimulantes).<br />
A dose usada deve ser de 0,005 mg/dia (5 microgramas),<br />
inicialmente, com aumentos de 0,025 mg<br />
a cada 1 a 2 semanas, no decorrer de 2 a 3 semanas,<br />
até um total de 0,15 a 0, 30 mg/dia.<br />
Idosos<br />
Deve-se ter mais cautela, uma vez que os efeitos<br />
hipotensores podem acarretar maiores conseqüências.<br />
LABORATÓRIO<br />
Não há dosagem sérica disponível para uso clínico<br />
em nosso meio. Não existem dados que apóiem<br />
a relação entre níveis séricos e resposta de redução<br />
da ansiedade.<br />
Não causa interferência em testes laboratoriais.<br />
Registrou-se apenas uma possibilidade de provocar<br />
uma positivação do teste de Coombs.<br />
PRECAUÇÕES<br />
1. A maior precaução em relação a esse fármaco<br />
é que ele pode causar uma elevação dos níveis<br />
tensionais de rebote quando ocorre a<br />
suspensão abrupta do tratamento. Por isso,<br />
recomenda-se sempre uma retirada lenta e<br />
gradual.<br />
2. Além disso, outros sintomas de abstinência<br />
podem ocorrer: irritabilidade, nervosismo, insônia,<br />
sudorese, cefaléia, desconforto abdominal,<br />
dores musculares e salivação aumentada.<br />
3. O risco de ocorrer abstinência é maior em<br />
pacientes com história de hipertensão arterial<br />
sistêmica e naqueles que foram tratados com<br />
clonidina para fases de abstinência a opiáceos<br />
e/ou a álcool. Nesses grupos, recomenda-se<br />
especial cuidado em sua retirada, que deve<br />
ser lenta e gradual.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
1. Hoehn-Saric R, Merchant AF, Keyser ML, Smith VK. Effects<br />
of clonidine on anxiety disorders. Arch Gen Psychiatry 1981;<br />
38(11):1278-82.<br />
2. Uhde TW, Stein MB, Vittone BJ, Siever LJ, Boulenger JP,<br />
Klein E, Mellman TA. Behavioral and physiologic effects of<br />
short-term and long-term administration of clonidine in<br />
panic disorder. Arch Gen Psychiatry 1989; 46(2):170-7.<br />
3. Hewlett WA, Vinogradov S, Agras WS.Clomipramine,<br />
clonazepam, and clonidine treatment of obsessive-<br />
CLONIDINA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
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