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Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf

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CLOZAPINA<br />

MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />

Lactação<br />

Sabe-se que todos os psicotrópicos são secretados<br />

no leite materno, mas os dados sobre os efeitos<br />

subseqüentes dessa exposição no crescimento e<br />

no desenvolvimento infantis são muito limitados.<br />

13<br />

Crianças<br />

A eficácia e a segurança não foram estabelecidas<br />

em pessoas com menos de 16 anos, embora já<br />

exista alguma literatura comprovando sua utilidade<br />

nessa faixa etária. 14<br />

Idosos<br />

Em idosos com sintomas psicóticos, a clozapina<br />

pode ser útil. Deve-se ter cuidado com os efeitos<br />

colaterais: hipotensão, bradicardia, delirium. Em<br />

um estudo, foram utilizadas doses de 6,25 a 37,5<br />

mg/dia, e os efeitos colaterais foram mais intensos<br />

logo após a primeira dose nos pacientes com demência<br />

moderada. 15<br />

PRECAUÇÕES<br />

1. Realização de rotina de hemograma e de contagem<br />

de plaquetas, para o controle de leucopenia<br />

e de agranulocitose (1 a 2%) que,<br />

eventualmente, podem ser fatais. O hemograma<br />

deve ser solicitado semanalmente nas<br />

primeiras 18 semanas de tratamento. Passado<br />

esse período, o mesmo procedimento deve<br />

ser adotado, mensalmente, enquanto a<br />

pessoa estiver utilizando a clozapina.<br />

2. A clozapina não deverá ser iniciada quando<br />

a contagem total de leucócitos for inferior a<br />

3.500/mm 3 , devendo ser suspensa em caso<br />

de queda acentuada na contagem de leucócitos<br />

(quando comparados a valores prévios),<br />

mesmo quando esta for superior a 3.500/<br />

mm 3 . Quando esses valores retornarem ao<br />

normal, a droga pode ser reintroduzida.<br />

Quando a granulocitopenia atingir valores inferiores<br />

a 2.000/mm 3 ou quando o número<br />

de bastonados for menor que 1.000/mm 3 , a<br />

reintrodução da clozapina é desaconselhada.<br />

3. Os pacientes e seus familiares devem ser informados<br />

sobre o risco de desenvolver agranulocitose<br />

e sobre os exames laboratoriais a<br />

que deverão ser submetidos.<br />

4. A função hepática deve ser periodicamente<br />

monitorada, pois a clozapina pode causar hepatotoxicidade,<br />

em geral, leve e transitória.<br />

5. A clozapina pode provocar elevações da creatinakinase<br />

sérica.<br />

6. Qualquer sinal de infecção, como fraqueza,<br />

febre, cefaléia, dor de garganta, ulcerações<br />

na mucosa oral, deve ser notificado ao médico.<br />

7. Deve-se dar atenção especial a qualquer sinal<br />

de gripe.<br />

8. Alertar para o risco de haver convulsões,<br />

aconselhando os pacientes a não dirigir e fazer<br />

EEG com doses superiores a 600 mg.<br />

9. Orientar os pacientes quanto ao risco de hipotensão,<br />

sobretudo durante o período inicial,<br />

aconselhando-os a informar o uso de<br />

qualquer droga ou álcool.<br />

10. As pacientes que desejarem engravidar durante<br />

o tratamento devem comunicar o fato<br />

ao seu médico.<br />

11. A clozapina deve ser usada com cuidado em<br />

pacientes com história de convulsões .<br />

12. Os pacientes usando clozapina devem evitar<br />

o uso concomitante de fármacos que também<br />

possam suprimir a medula óssea.<br />

13. Os pacientes usando clozapina correm risco<br />

de apresentar depressão respiratória se estiverem<br />

usando benzodiazepínicos; por isso,<br />

geralmente recomenda-se cautela nessa<br />

combinação.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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status and role in the pharmacotherapy of schizophrenia.<br />

Can J Psychiatry 1996; 41: 161-166.<br />

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3. Meltzer HY, Alphs L, Green AI, Altamura AC, Anand R,<br />

Bertoldi A, Bourgeois M, Chouinard G, Islam MZ, Kane J,<br />

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Trial (InterSePT). J Clin Psychiatry 2003;64(4):451-8.<br />

4. Ciapparelli A, Dell’Osso L, Bandettini di Poggio A, Carmassi<br />

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treatment response to prefrontal, Clozapine in treatmentresistant<br />

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or psychotic bipolar disorder: a naturalistic 48-month followup<br />

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5. Geddes J, Freemantle N, Bebbigton P. Atypical antipsychotics<br />

in the treatment of schizophrenia: systematic overview<br />

and meta-regression analysis. BMJ 2000; 321:1371-<br />

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of second-generation antipsychotics. Arch Gen Psychiatry<br />

2003; 60:553-564.<br />

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759-764.<br />

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