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Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf

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SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />

Gravidez<br />

Os efeitos da risperidona durante a gravidez não<br />

estão bem-estabelecidos. É preferível usar drogas<br />

mais conhecidas nessa situação, como o haloperidol.<br />

Lactação<br />

Os níveis da risperidona e da 9-OH-risperidona<br />

no leite são semelhantes aos do plasma. Portanto,<br />

mulheres que usam risperidona devem ser desencorajadas<br />

a amamentar.<br />

Crianças<br />

A risperidona tem sido usada em crianças com<br />

transtorno autista, esquizofrenia, retardo mental,<br />

sintomas de agitação e agressividade mental e<br />

transtornos globais de desenvolvimento. As doses<br />

utilizadas devem ser menores, e os aumentos<br />

lentos. Crianças e adolescentes podem ser mais<br />

sensíveis a efeitos extrapiramidais e a aumento<br />

de peso. 20-22,24<br />

O risco de discinesia tardia pode ser diminuído<br />

usando-se o fármaco pelo menor tempo possível.<br />

Idosos<br />

Usam-se doses menores nessa população; iniciase<br />

com 1 mg/dia e aumenta-se lentamente até 2<br />

a 4 mg/dia. Geralmente, recomenda-se metade<br />

da dose adotada em adultos jovens. É uma boa<br />

opção nessa faixa etária pelo menor índice de efeitos<br />

extrapiramidais, cognitivos e cardiovasculares.<br />

LABORATÓRIO<br />

Há uma relação linear entre as doses utilizadas<br />

oralmente na faixa de 1 a 16 mg/dia e os níveis<br />

plasmáticos da 9-OH-risperidona. Já os níveis da<br />

risperidona aumentam no soro com doses de até<br />

10 mg. Acima disso ficam estáveis.<br />

Não é usada a dosagem para controle clínico.<br />

PRECAUÇÕES<br />

1. Proteger o medicamento da luz, do calor ou<br />

da umidade. Não usar após a data de validade.<br />

2. Considerando os efeitos da risperidona no<br />

SNC, deve-se ter cuidado ao associá-la com<br />

outras drogas de ação central.<br />

3. A risperidona pode causar hipotensão postural<br />

(bloqueio α1-adrenérgico), principalmente<br />

nos primeiros dias de tratamento e<br />

em pacientes idosos.<br />

4. Pacientes com prejuízo na função renal e hepática<br />

e idosos devem usar doses menores.<br />

5. A ocorrência de discinesia tardia ou síndrome<br />

neuroléptica maligna requer a suspensão da<br />

risperidona.<br />

6. Orientar o paciente a não dirigir ou operar<br />

máquinas perigosas até que a dose e os efeitos<br />

individuais estejam estabilizados.<br />

7. O uso associado de álcool, benzodiazepínicos<br />

e antipsicóticos aumentam a sedação, diminuindo<br />

a atenção e os reflexos. Estar atento<br />

quanto às interações com outras drogas que<br />

utilizem a mesma via hepática de<br />

metabolização (carbamazepina, fenobarbital,<br />

cimetidina).<br />

8. O paciente deve ser alertado quanto à possibilidade<br />

de ganho de peso devido ao aumento<br />

do apetite.<br />

9. Lembrar que doses acima de 10 mg podem<br />

causar efeitos extrapiramidais.<br />

10. Nas primeiras semanas de uso, o paciente pode<br />

ficar agitado, com quadro semelhante a<br />

de um episódio maníaco. Após algum tempo,<br />

esse quadro desaparece. Podem ser usados<br />

medicamentos adicionais (antipsicóticos ou<br />

anticonvulsivantes) nesse período inicial.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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RISPERIDONA<br />

MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />

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