Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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OLANZAPINA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
19. Wisner KL, Perel JM, Findling RL. Antidepressant<br />
treatment during breast-feeding. Am J Psychiatry 1996; 153<br />
(9): 1132-7.<br />
OLANZAPINA<br />
ZYPREXA (Lab. Lilly)<br />
• Caixa com 1 frasco-ampola com 10 mL IM;<br />
• caixas com 14 ou 28 comprimidos de 2,5, 5 e<br />
10 mg;<br />
• caixas com 56 comprimidos de 10 mg.<br />
ZYPREXA ® IM (Lab. Lilly)<br />
• Ampolas com 10 mg de olanzapina para uso<br />
intramuscular.<br />
ZYPREXA ZYDIS (Lab. Lilly)<br />
• Caixas com 14 ou 28 comprimidos de 5 e 10<br />
mg de rápida dissolução oral.<br />
FARMACOCINÉTICA<br />
E MODO DE USAR<br />
A olanzapina pertence à classe dos tienobenzodiazepínicos.<br />
É bem-absorvida após ingestão via<br />
oral, atingindo o pico de concentração plasmática<br />
dentro de 5 a 8 horas. Os alimentos não interferem<br />
em sua absorção. Possui metabolismo hepático<br />
(primariamente pelo sistema citocromo P-450<br />
isoenzima 1A2), e seus metabólitos são pouco ativos.<br />
Liga-se intensamente às proteínas plasmáticas,<br />
sendo excretada por via renal. A meia-vida<br />
varia de acordo com o metabolismo hepático.<br />
A olanzapina é eficaz no tratamento da esquizofrenia<br />
e do transtorno esquizoafetivo. 1-4 Embora<br />
uma metanálise recente demontre a superioridade<br />
de seu efeito clínico em relação aos AP tradicionais,<br />
1 isso não é consenso. 5,6 Apresentou um<br />
resultado modesto no tratamento de pacientes<br />
esquizofrênicos refratários à clozapina ou risperidona,<br />
em doses acima de 20 mg ao dia (foram<br />
utilizadas doses de até 40 mg).<br />
A olanzapina também é eficaz no tratamento do<br />
THB, especialmente na fase maníaca, tendo seu<br />
uso aprovado pelo FDA. 7 Um recente estudo de<br />
metanálise mostrou que seu efeito na mania é<br />
superior ao efeito do valproato, embora cause<br />
mais sedação, maior ganho de peso 8 e maior custo.<br />
A associação de olanzapina e fluoxetina para<br />
o tratamento da fase depressiva do THB foi documentada<br />
em um ensaio controlado, embora ainda<br />
não haja outros estudos desse tipo publicados. 9<br />
A olanzapina tem sido adicionada aos inibidores<br />
da recaptação de serotonina em pacientes portadores<br />
de TOC refratário. Seu benefício em geral é<br />
modesto, sendo os resultados ainda controversos<br />
no que se refere a essa utilização (para maiores detalhes,<br />
ver “Transtorno obsessivo-compulsivo: diretrizes<br />
e algoritmo do tratamento farmacológico”).<br />
Estudos controlados com placebo e outras drogas<br />
também demonstram a eficácia da olanzapina no<br />
tratamento da agitação e de sintomas psicóticos<br />
nos pacientes com demência. 10,11<br />
Dois estudos controlados recentes demonstraram<br />
que a olanzapina foi mais eficaz do que placebo<br />
no tratamento de transtorno de personalidade<br />
borderline. 12,13<br />
A dose inicial recomendada é de 10 mg/dia, via<br />
oral, administrada em dose única. Geralmente<br />
não é necessário ajuste de dose. Entretanto, podese<br />
iniciar com uma dose menor (5 mg/dia) e aumentar<br />
até 20 mg/dia. Não se recomendam doses<br />
maiores do que 20 mg/dia.<br />
A forma injetável pode ser usada em pacientes<br />
agitados com diagnóstico de esquizofrenia ou<br />
mania – 10 mg IM. Repetir a dose 1 a 2 horas<br />
após, se continuar a agitação. Para agitação em<br />
demência, usar 2,5 mg IM.<br />
FARMACODINÂMICA<br />
E MECANISMOS DE AÇÃO<br />
A olanzapina possui uma ação bloqueadora dopaminérgica<br />
não-seletiva (em termos de subtipos de<br />
receptores), bloqueando receptores D1 a D4, sendo<br />
bem menos potente que o haloperidol em bloquear<br />
receptores D2. Parece ter uma seletividade<br />
para bloqueio de receptores dopaminérgicos situados<br />
na região mesolímbica. Além disso, bloqueia<br />
também receptores serotonérgicos, colinérgicos,<br />
α-1-adrenérgicos e histamínicos. Pode ainda<br />
possuir um mecanismo de ação sobre receptores<br />
glutamatérgicos. O bloqueio serotonérgico é<br />
maior que o dopaminérgico. O bloqueio de receptores<br />
colinérgicos é de moderada potência, sendo<br />
menor ainda sobre os receptores α-1-adrenérgicos.<br />
REAÇÕES ADVERSAS<br />
E EFEITOS COLATERAIS<br />
Mais comuns: aumento de peso (especialmente<br />
nas fases iniciais de tratamento e com doses maiores),<br />
14 aumento transitório assintomático das transaminases,<br />
sedação, sonolência. 15<br />
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