Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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Menos comuns: acatisia, aumento dos níveis de<br />
colesterol, discinesia tardia, disfunção sexual, efeitos<br />
anticolinérgicos leves (constipação e boca seca),<br />
efeitos extrapiramidais (raramente), 16 hiperglicemia,<br />
17 hiperprolactinemia, 18 hipotensão postural,<br />
exacerbação ou indução de sintomas obsessivo-compulsivos<br />
em esquizofrenia, 19 hipotensão<br />
ortostática, indução de síndrome mania-like, síndrome<br />
neuroléptica maligna, tontura, tremores<br />
(raros em doses mais altas).<br />
INDICAÇÕES<br />
Evidências consistentes de eficácia:<br />
• esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo; 1-4<br />
• THB, especialmente na fase maníaca; 7,8<br />
• agitação e sintomas psicóticos em quadros demenciais.<br />
10,11<br />
Evidências incompletas:<br />
• fase depressiva do THB; 9<br />
• adjuvante no tratamento de depressão maior<br />
refratária; 20<br />
• transtorno borderline de personalidade; 12,13<br />
• psicose induzida por canabis; 21<br />
• autismo infantil e outros quadros que cursem<br />
com sintomas psicóticos na infância. 22,23<br />
CONTRA-INDICAÇÕES<br />
• Glaucoma de ângulo estreito;<br />
• embora tenha efeitos anticolinérgicos leves, ter<br />
cautela ao prescrevê-la em pacientes com hipertrofia<br />
prostática ou íleo paralítico.<br />
INTOXICAÇÃO<br />
Há poucos casos descritos de superdose, e nestes<br />
não houve seqüelas graves ou persistentes. Em<br />
um paciente que ingeriu 300 mg, os sintomas descritos<br />
foram sonolência e fala desordenada.<br />
SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />
Gravidez<br />
Ainda não há estudos conclusivos em relação ao<br />
uso da olanzapina na gestação; por isso, não se<br />
recomenda seu uso em gestantes. Além disso,<br />
alerta-se sobre esse fato para pacientes femininas<br />
em idade reprodutiva.<br />
Lactação<br />
Não se assegura o uso desse fármaco na lactação.<br />
Crianças<br />
Há um estudo controlado sobre o uso da olanzapina<br />
no autismo e outro comparado a da risperidona<br />
e do haloperidol em crianças e jovens com<br />
esquizofrenia, demonstrando eficácia e efeitos colaterais<br />
semelhantes aos que ocorrem nos adultos.<br />
22, 23<br />
Idosos<br />
A olanzapina está sendo usada em pacientes idosos<br />
e parece ser segura. 24 Como se sabe que idosos<br />
possuem menor taxa de metabolização e maior<br />
chance de doenças concomitantes (p. ex., insuficiência<br />
renal ou hepática) que contribuiriam para<br />
o aumento dos níveis séricos da droga, recomenda-se<br />
o uso de doses menores (5 mg/dia ou até<br />
menos). É importante lembrar que se trata de uma<br />
droga com efeitos sedativos e hipotensores,<br />
podendo provocar ataxia, tonturas e quedas nos<br />
idosos.<br />
LABORATÓRIO<br />
Não é necessário dosar níveis séricos. Não se sabe<br />
ao certo se a olanzapina aumenta os níveis de<br />
colesterol nem se ela oferece risco para desenvolver<br />
diabete.<br />
PRECAUÇÕES<br />
1. Dosar as transaminases antes e durante o tratamento,<br />
pois há descrição de aumento transitório<br />
dessas enzimas com o uso da olanzapina,<br />
embora não tenha sido descrita qualquer<br />
relevância clínica dessa elevação.<br />
2. Ter cuidado no uso dessa droga em pacientes<br />
com doença hepática ou em tratamento<br />
comcomitante com droga hepatotóxica.<br />
3. Não usar em gestantes nem em crianças, pois<br />
há poucos estudos do uso dessa droga nessas<br />
populações.<br />
4. Embora tenha efeitos anticolinérgicos leves,<br />
deve-se ter cautela ao prescrevê-la em pacientes<br />
com hipertrofia prostática ou íleo paralítico.<br />
5. Ficar atento para a possibilidade de elevação<br />
dos níveis de colesterol e para o surgimento<br />
de diabete.<br />
OLANZAPINA<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
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