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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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geralmente informações importantes sobre a origem e proveniência dos ouros. Na<br />

figura 15 po<strong>de</strong>mos observar as concentrações obtidas para estes dois elementos nas<br />

amostras <strong>de</strong> Guarrazar e nos tremisses visigóticos. Os tremisses emitidos pelas<br />

oficinas monetárias da região do noroeste não se encontram representados neste<br />

gráfico, pois formam um grupo químico que se <strong>de</strong>staca claramente dos outros.<br />

100<br />

10<br />

Sn/Au<br />

Lusitania sul<br />

Betica<br />

Cartaginensis<br />

Tarraconensis<br />

guarrazar<br />

1<br />

0<br />

Pd/Au<br />

0 1 2 3 4<br />

Figura 15: Representação das concentrações <strong>de</strong> estanho e <strong>de</strong> paládio <strong>de</strong>terminadas por ativação<br />

protônica e por PIXE, presentes nos tremisses visigóticos cunhados na Península Ibérica entre 568 e<br />

710 e nas amostras das coroas <strong>de</strong> Guarrazar.<br />

Como era <strong>de</strong> esperar no caso do ouro ter uma proveniência local, as amostras<br />

<strong>de</strong> Guarrazar e os tremisses encontram-se num mesmo grupo caracterizado<br />

estatisticamente pelas mesmas concentrações <strong>de</strong> estanho e <strong>de</strong> paládio. No entanto,<br />

quatro amostras se <strong>de</strong>stacam pelos valores elevados <strong>de</strong> paládio. Estas amostras<br />

correspon<strong>de</strong>m a duas coroas tipologicamente muito semelhantes e <strong>de</strong> influência<br />

bizantina. Para <strong>de</strong>terminar se estas coroas são importadas <strong>de</strong> Bizâncio ou se há<br />

mistura <strong>de</strong> ouro local com ouro bizantino, é necessário <strong>de</strong>terminar as concentrações<br />

<strong>de</strong> platina. Com efeito, são os elevados teores <strong>de</strong>ste elemento que caracterizam o<br />

ouro bizantino (Morrisson et al 1985). Para este fim, uma nova experiência foi<br />

montada no síncrotron BESSY II <strong>de</strong> Berlin <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>terminar a platina. Esta<br />

técnica tem a vantagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar traços <strong>de</strong> platina no ouro <strong>de</strong> um modo<br />

totalmente não <strong>de</strong>strutivo e sem qualquer indução <strong>de</strong> radiativida<strong>de</strong>. Atualmente,<br />

conseguimos obter um limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 14 ppm (Guerra et al 2005).<br />

Esta medida, efetuada a partir <strong>de</strong> um feixe <strong>de</strong> energia próxima da energia das linhas<br />

L da platina, está em <strong>de</strong>senvolvimento para as linhas K daquele elemento, <strong>de</strong> modo<br />

a otimizar o limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção e a permitir medir as amostras <strong>de</strong> Guarrazar<br />

brevemente.<br />

- Conclusão<br />

As técnicas <strong>de</strong> análise disponíveis atualmente para o estudo <strong>de</strong> metais são<br />

fundamentais para a compreensão dos materiais do patrimônio cultural. A partir<br />

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