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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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Figura 2: Imagem do MEV (aumento <strong>de</strong> 500x) da zona <strong>de</strong> interface entre a região <strong>de</strong> corrosão e a<br />

região <strong>de</strong> prata e espectro <strong>de</strong> raios-X da região 1.<br />

Este espectro correspon<strong>de</strong> à zona cinzenta escura 1, cuja composição é a <strong>de</strong><br />

um bronze (cobre e estanho). O silicio, o oxigênio, o cloro e o carbono <strong>de</strong>vem ser<br />

provenientes da corrosão e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> limpeza da moeda<br />

A zona 2 é equivalente à zona 1, mas com menos estanho. O bronze tem<br />

duas fases, uma com menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estanho e que se oxida mais facilmente,<br />

sendo então removida do objeto (é o <strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong>sta fase que produz os<br />

erros <strong>de</strong> análise elementar para os bronzes), e <strong>de</strong> uma fase mais rica em estanho<br />

que é mais resistente à corrosão. É possivel observar o aparecimento <strong>de</strong> uma<br />

pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chumbo.<br />

A zona 3 correspon<strong>de</strong> às zonas mais claras na imagem obtida no microscópio<br />

eletrônico. A sua composição mostra a presença <strong>de</strong> chumbo. Estes “grãos” <strong>de</strong><br />

chumbo, correspon<strong>de</strong>m apenas à presença do chumbo, que produz no bronze a<br />

formação <strong>de</strong> uma fase à parte, não miscível nesta liga.<br />

A zona 4 correspon<strong>de</strong> a uma região cinzenta suficientemente perto da<br />

inclusão <strong>de</strong> chumbo para que a sua composição seja a <strong>de</strong> um bronze com chumbo<br />

(por vezes chamado bronze pesado).<br />

Po<strong>de</strong>mos concluir que esta é uma moeda <strong>de</strong> composição “clássica”, pois a<br />

adição <strong>de</strong> chumbo ao bronze permitia não só baixar o ponto <strong>de</strong> fusão da liga<br />

(economia <strong>de</strong> fusão) mas também acrescentar um metal branco <strong>de</strong> valor bem inferior<br />

ao estanho, que era por vezes raro.<br />

Moeda 3.<br />

Estáter <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> Metaponto, Lucânia, datada <strong>de</strong> 510-480 a.C.<br />

Nesta moeda da coleção do MHN que apresentava problemas <strong>de</strong> corrosão, foi<br />

possível recolher, no suporte <strong>de</strong> papel-cartão da moeda, fragmentos <strong>de</strong> corrosão<br />

para serem analisados. Estes fragmentos foram então analisados por espectroscopia<br />

Mössbauer do 57 Fe. O resultado obtido foi surpreen<strong>de</strong>nte, pois os espectros<br />

resultantes correspondiam a óxidos <strong>de</strong> ferro. Até on<strong>de</strong> estava registrado, esta moeda<br />

não <strong>de</strong>veria ter ferro. A seguir a moeda da qual foram retirados estes produtos <strong>de</strong><br />

oxidação foi então analisada por MO e MEV. Os resultados po<strong>de</strong>m ser vistos a<br />

seguir:<br />

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