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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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seguindo-se da aplicação da solução <strong>de</strong> verniz nas peças originalmente protegidas<br />

<strong>de</strong>ssa forma. Essa etapa final foi dividida em duas fases:<br />

• a primeira consistiu em espalhar o verniz sobre a superfície metálica a ser<br />

protegida, <strong>de</strong> forma a produzir uma camada uniforme e sem <strong>de</strong>feitos. Para tal,<br />

foram utilizados apetrechos os mais diversos (espátulas, hastes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

pincéis, suportes diferentes, chumaços <strong>de</strong> algodão <strong>de</strong> formatos variados etc.),<br />

pois cada peça exigiu uma abordagem diferente, relacionada diretamente ao seu<br />

formato;<br />

• a segunda, realizada imediatamente após a primeira, consistiu em colocar a peça<br />

em uma estufa por 5 a 10 minutos à temperatura entre 60 e 80 o C, <strong>de</strong> forma a<br />

permitir a cura do verniz para a produção do acabamento final <strong>de</strong>sejado.<br />

As imagens apresentadas na Figura 5 (a, b e c) são típicas da primeira fase<br />

<strong>de</strong>ssa etapa, mostrando a aplicação do verniz no contrapeso, na luneta e no tripé <strong>de</strong><br />

sustentação do instrumento.<br />

a b c<br />

Figura 5 (a, b e c) – Aplicação da solução <strong>de</strong> verniz no contrapeso, na luneta e no tripé, utilizando<br />

apetrechos diversos (algodão, espátula etc.).<br />

Algumas vezes foi necessário utilizar várias técnicas <strong>de</strong> aplicação na mesma<br />

peça como, por exemplo, foi o caso da coluna central <strong>de</strong> sustentação do instrumento.<br />

A parte central, <strong>de</strong> formato cônico, foi sustentada por uma haste <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

colocada através da passagem central da coluna, que permitiu girar a peça e<br />

viabilizar a passagem uniforme do algodão embebido na solução <strong>de</strong> verniz. Já a<br />

parte situada na extremida<strong>de</strong> superior foi envernizada tendo a peça apoiada numa<br />

superfície.<br />

A aplicação manual caracterizou-se por ser artesanal, quase artística,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo inteiramente da habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem a realiza. Por outro lado cabe<br />

ressaltar que os vernizes constituídos <strong>de</strong> componentes orgânicos apresentam um<br />

fenômeno <strong>de</strong> envelhecimento, que muitas vezes traz o escurecimento da camada <strong>de</strong><br />

proteção com o tempo [21].<br />

Inicialmente, procurou-se seguir as instruções <strong>de</strong> G. Biraud [22], que<br />

indicavam que a temperatura <strong>de</strong> secagem na estufa seria <strong>de</strong>terminante para a<br />

coloração final do verniz, variando <strong>de</strong> amarelo claro (60 o C) até dourado escuro<br />

(88 o C). Tal não aconteceu, não se observando qualquer variação na cor final, mesmo<br />

ampliando o tempo <strong>de</strong> secagem até uma hora.<br />

O resultado final do processo <strong>de</strong> restauro po<strong>de</strong> ser visualizado na Figura 6 (a<br />

e b) apresentada a seguir.<br />

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