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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS<br />

Materiais metálicos estão sujeitos à corrosão quando expostos à atmosfera. P<br />

ara evitar ou minimizar este processo, um dos métodos mais utilizados consiste na<br />

aplicação <strong>de</strong> vernizes e ceras protetoras.<br />

Entretanto, as ceras e vernizes sofrem <strong>de</strong>gradação ao longo do tempo,<br />

através <strong>de</strong> processos que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da presença <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, radiação solar,<br />

agentes agressivos, etc.<br />

Em ambientes internos <strong>de</strong> museus, os produtos protetores mais utilizados são<br />

algumas resinas acrílicas Paraloid ⎯ marca registrada da Rohm and Haas, que<br />

engloba inúmeras formulações diferentes ⎯ e as ceras microcristalinas. Para que se<br />

possa fazer a escolha e a aplicação a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>stes produtos para peças que vão<br />

estar armazenadas ou expostas em diferentes ambientes <strong>de</strong> museus é importante<br />

quantificar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong>stas camadas protetoras em diferentes<br />

condições ambientais encontradas em museus, o que também permitirá que se<br />

possa prever a vida útil <strong>de</strong>stes vernizes e ceras, ou ainda que se <strong>de</strong>terminem as<br />

principais condições ambientais que <strong>de</strong>vem ser evitadas.<br />

No presente trabalho, avaliou-se o uso da Espectroscopia <strong>de</strong> Impedância<br />

Eletroquímica para o acompanhamento da evolução da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção<br />

contra corrosão oferecida pela cera microscristalina e pelas resinas Paraloid B-72<br />

(copolímero <strong>de</strong> metacrilato <strong>de</strong> etila) e B-48 (copolímero <strong>de</strong> metacrilato <strong>de</strong> metila) em<br />

dois ambientes diferentes do Museu <strong>de</strong> Arqueologia e Etnologia da USP.<br />

2. MATERIAIS E MÉTODOS<br />

Espectroscopia <strong>de</strong> Impedância Eletroquímica<br />

O método <strong>de</strong> Espectroscopia <strong>de</strong> Impedância Eletroquímica tem sido muito<br />

utilizado para a avaliação do comportamento <strong>de</strong> tintas e vernizes como proteção<br />

contra corrosão. Nosso grupo o tem aplicado para avaliação <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong><br />

camadas e proteções, inclusive no campo da Conservação e Restauro, on<strong>de</strong> ele foi<br />

utilizado para acompanhar a evolução do caráter protetivo <strong>de</strong> pátinas artificiais<br />

aplicadas sobre cobre e bronze [1].<br />

O método consiste na aplicação <strong>de</strong> uma variação senoidal ao potencial e na<br />

medida da resposta, supostamente também senoidal, da corrente. A relação<br />

temporal entre potencial e corrente correspon<strong>de</strong> à impedância do sistema. Quando a<br />

resposta está adiantada em relação ao potencial, o sistema tem características<br />

capacitivas e a impedância tem um componente imaginário. Quando não há<br />

<strong>de</strong>fasagem, a impedância tem apenas um componente real, e o comportamento é<br />

resistivo. Estes diferentes comportamentos e a sua variação ao longo <strong>de</strong> uma<br />

varredura <strong>de</strong> freqüências po<strong>de</strong>m ser associados a características do processo<br />

eletroquímico.<br />

A impedância é dada por<br />

Z = E (t) / I (t) = V o cos(ωt) / I o cos(ωt-φ),<br />

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