05.03.2015 Views

Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Antes da <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> ouro no Brasil, as fontes <strong>de</strong>ste metal utilizadas para a<br />

cunhagem da moeda brasileira po<strong>de</strong>m ter tido diversas origens. A situação é idêntica<br />

para a prata. A abertura das oficinas fixas <strong>de</strong> cunhagem acontece apenas após a<br />

<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> ouro em Minas Gerais. A i<strong>de</strong>ntificação dos metais utilizados nas casas<br />

da moeda itinerantes, como é o caso da Bahia, que cunha moeda entre 1694 e 1698,<br />

é um dos casos mais difíceis no campo da proveniência. No entanto, é possível<br />

através da análise <strong>de</strong> moedas sul-americanas e européias avançar um certo número<br />

<strong>de</strong> hipóteses (Guerra 2004).<br />

Uma das proveniências mais prováveis para a prata cunhada na Bahia no final<br />

do século XVII é a prata <strong>de</strong> Potosi. As concentrações <strong>de</strong> ouro e <strong>de</strong> índio nas moedas<br />

<strong>de</strong> prata, medidas por intermédio <strong>de</strong> uma técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>senvolvida para esse<br />

fim (Guerra e Barrandon 1988), diferenciam claramente a prata peruana (antigo Peru<br />

e atual Bolívia) da prata espanhola, como o mostra a figura 9.<br />

100<br />

10<br />

1<br />

Sb México<br />

Af VI<br />

Brasil<br />

México<br />

Brasil<br />

Lima<br />

Potosi<br />

Lima<br />

Espanha<br />

1 10 100 1000<br />

Au/Ag<br />

10000<br />

0.1<br />

0.01<br />

Potosi<br />

Figura 10: Representação das concentrações <strong>de</strong> antimônio e <strong>de</strong> ouro <strong>de</strong>terminadas por ativação<br />

protônica e neutrônica, presentes nas moedas <strong>de</strong> prata emitidas pela primeira casa <strong>de</strong> moeda da Baía<br />

assim como noutras moedas sul-americanas, espanholas e portuguesas.<br />

No entanto, para consi<strong>de</strong>rar a prata <strong>de</strong> Potosi juntamente com a prata do<br />

México, o índio não é suficiente. Assim, se consi<strong>de</strong>rarmos as concentrações <strong>de</strong> ouro<br />

em função dos teores <strong>de</strong> antimônio presentes nas moedas <strong>de</strong> prata, po<strong>de</strong>mos<br />

observar na figura 10 que a prata <strong>de</strong> Potosi se encontra sempre num grupo à parte.<br />

Algumas das moedas espanholas analisadas entram, como era <strong>de</strong> esperar, no<br />

mesmo grupo com algumas moedas portuguesas cunhadas por Afonso VI. As<br />

moedas mexicanas, caracterizadas por fortes teores <strong>de</strong> antimônio, formam também<br />

um grupo à parte, que contém <strong>de</strong> forme idêntica, algumas moedas espanholas.<br />

Quanto às moedas brasileiras, cunhadas pela casa da moeda da Bahia, elas<br />

aparecem num grupo bem homogêneo, situado entre os dois grupos citados.<br />

Juntamente com as moedas da Bahia aparecem algumas moedas cunhadas em<br />

Lima, em Espanha assim como por Afonso VI em Portugal.<br />

94

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!