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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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Confirmada a existência <strong>de</strong> um novo composto, exclusivo da reação do AMT<br />

com a brocantita, procurou-se obter mais informações da sua estrutura. Para tanto,<br />

coletou-se o difratograma <strong>de</strong> raios-X <strong>de</strong>sse composto (Fig.9) obtendo-se um padrão<br />

bem semelhante ao da brocantita. Isto é uma evidência <strong>de</strong> que gran<strong>de</strong> parte da<br />

estrutura cristalina da brocantita é retida durante a reação. Po<strong>de</strong>-se propor, com<br />

base nos dados <strong>de</strong> todas as análises discutidas, a seguinte fórmula mínima para o<br />

composto obtido da reação do AMT com a brocantita:<br />

Cu(C 2 H 2 N 3 S 2 ) 2 (H 2 O)⋅CuSO 4 ⋅Cu(OH) 2.<br />

Figura 9 - Comparação dos difratogramas <strong>de</strong> raios-X do produto da reação <strong>de</strong> AMT + brocantita com<br />

o difratograma <strong>de</strong> pó da brocantita.<br />

4 – CONCLUSÕES<br />

O composto AMT é um composto capaz <strong>de</strong> reagir com três dos principais<br />

produtos <strong>de</strong> corrosão do bronze: paratacamita, malaquita e brocantita. O produto da<br />

reação com os dois primeiros produtos <strong>de</strong> corrosão é o complexo metálico<br />

[Cu(C 2 H 2 N 3 S 2 ) 2 (H 2 O)]. A reação com a brocantita, por sua vez, leva à formação do<br />

composto Cu(C 2 H 2 N 3 S 2 ) 2 (H 2 O)⋅CuSO 4 ⋅Cu(OH) 2 . Este composto possui um padrão no<br />

difratograma <strong>de</strong> raios-X bem semelhante ao da própria brocantita. Esses dados<br />

<strong>de</strong>monstram que o AMT é um ligante para cobre, ou em termos mais comuns, um<br />

agente seqüestrante.<br />

Foi estudada, também, a ação do AMT em um ensaio com características<br />

mais semelhantes ao trabalho do restaurador <strong>de</strong> metais. Este consistiu na reação do<br />

ligante, em meio ácido (pH=3), com uma liga <strong>de</strong> bronze (TM 23) submetida ao ensaio<br />

<strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> névoa salina que simula condições que geram um padrão <strong>de</strong> corrosão<br />

semelhante ao da doença do bronze em condições naturais. Durante a reação é<br />

possível observar a remoção dos produtos <strong>de</strong> corrosão na forma <strong>de</strong> um precipitado<br />

ver<strong>de</strong> amarelado. Este precipitado foi caracterizado como o complexo<br />

[Cu(C 2 H 2 N 3 S 2 ) 2 (H 2 O)]. Além dos produtos <strong>de</strong> corrosão obtidos nesse ensaio terem<br />

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