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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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imagens foi realizada por métodos fotográficos convencionais bem como <strong>de</strong><br />

digitalização.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

1 – Moeda <strong>de</strong> cobre<br />

As moedas são excelentes exemplares para estudos da arqueometalurgia. Há a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se extrair as mais variadas informações a respeito dos grupos<br />

estudados, como a sua história econômica e as rotas comerciais através do<br />

conhecimento da origem do material. Estudos sobre a autenticida<strong>de</strong> e a<br />

<strong>de</strong>svalorização das moedas, também po<strong>de</strong>m elucidar diversas questões históricas 5 .<br />

Essas questões <strong>de</strong>vem ser resolvidas por meio <strong>de</strong> técnicas analíticas diferentes, que<br />

se complementarão ao se cruzarem com os resultados obtidos.<br />

A moeda <strong>de</strong> cobre analisada, tem o inicio da sua cunhagem em 1823, e o<br />

término em 1832. Provavelmente foi cunhada na casa da moeda do Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

com valor <strong>de</strong> 80 réis. Po<strong>de</strong>-se observar a presença <strong>de</strong> uma contramarca,<br />

posteriormente aplicada, com o valor <strong>de</strong> 40, aplicado a partir <strong>de</strong> 1835. Esse carimbo<br />

tinha o objetivo <strong>de</strong> reduzir o valor das moedas <strong>de</strong> cobre <strong>de</strong>vido à sua<br />

supervalorização 5 , ocorrida nesse período.<br />

Para a análise da sua microestrutura, foi retirado apenas um pequeno<br />

fragmento <strong>de</strong> uma área que já se encontrava muito <strong>de</strong>sgastada. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />

região que po<strong>de</strong> fornecer maiores informações a respeito dos métodos <strong>de</strong> fabricação<br />

executados, como os tratamentos térmicos e mecânicos.<br />

As Figuras 3a e b correspon<strong>de</strong>m a micrografias óticas em campo claro e com<br />

contraste DIC, respectivamente. Essas imagens são constituídas <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong><br />

tamanhos médios, da matriz α <strong>de</strong> morfologia equiaxial. A morfologia equiaxial<br />

permite interpretar que após a conformação mecânica, o material foi recozido a uma<br />

temperatura suficiente para induzir a ocorrência <strong>de</strong> recristalização e crescimento <strong>de</strong><br />

grão.<br />

As imagens das Figuras 4a e b são micrografias por microscopia eletrônica <strong>de</strong><br />

varredura, com os sinais dos elétrons retroespalhados e secundários. Na imagem<br />

em elétrons retroespalhados observa-se a diferente composição das áreas das<br />

inclusões com relação à matriz.<br />

Figura 3– Micrografia ótica da moeda: estrutura α, grãos poligonais, contendo significativa<br />

fração volumétrica <strong>de</strong> inclusões. a) em campo claro e b) em DIC.<br />

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