Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais
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entre si em forma e dimensões. Essas peças foram separadas e analisadas à luz do<br />
próprio instrumento e possível adaptação ao local <strong>de</strong> colocação dos mesmos no<br />
instrumento e, também, à luz da figura <strong>de</strong>talhada do instrumento, obtida na fonte<br />
bibliográfica citada. De todos os níveis avaliados, somente um apresentou-se como<br />
real candidato para continuida<strong>de</strong> dos estudos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, o <strong>de</strong> número<br />
1994/0254. Proce<strong>de</strong>u-se então a uma análise <strong>de</strong> dimensões, <strong>de</strong> projeto do nível e <strong>de</strong><br />
aspecto geral da peça.<br />
Verificou-se que as dimensões existentes no <strong>de</strong>senho e as medidas na peça<br />
selecionada eram iguais. O projeto também era idêntico ao do <strong>de</strong>senho e também <strong>de</strong><br />
mesmo estilo daquele nível fixado ao instrumento. Observando o aspecto externo<br />
verifica-se que a cor, resultado do material utilizado na confecção da peça e do<br />
verniz <strong>de</strong> proteção, é idêntica àquela predominante no objeto como um todo. Além<br />
disso, também apresenta áreas da superfície com processos <strong>de</strong> corrosão e essas<br />
áreas são predominantes em um lado da peça, que correspon<strong>de</strong>, quando montada<br />
no instrumento, ao mesmo lado em que o mesmo apresenta-se mais comprometido<br />
por processos <strong>de</strong> corrosão. Po<strong>de</strong>-se afirmar, assim, que o nível <strong>de</strong> cavalete<br />
encontrado faz parte <strong>de</strong> um instrumento como aquele <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>sse estudo. Em<br />
princípio, não seria possível afirmar <strong>de</strong> forma peremptória que a peça é <strong>de</strong>sse<br />
instrumento, pois existe um outro teodolito igual na coleção e que também não<br />
possui um nível <strong>de</strong> cavalete. No entanto, há indícios materiais muito fortes <strong>de</strong> que<br />
essa peça pertence a esse instrumento, principalmente pela coincidência na<br />
predominância das áreas <strong>de</strong> corrosão em um dos lados da peça e do instrumento. A<br />
leitura do objeto e a comparação entre os dois teodolitos iguais permitiram afirmar<br />
que esse comportamento das áreas <strong>de</strong> corrosão somente se a<strong>de</strong>qua ao instrumento<br />
em estudo, portanto po<strong>de</strong>-se afirmar que a peça pertence a esse instrumento.<br />
Em face do constatado, não se torna necessário produzir qualquer réplica do<br />
nível <strong>de</strong> cavalete. Quanto às lentes ocular e objetiva, proce<strong>de</strong>u-se ao mesmo<br />
expediente. Foram i<strong>de</strong>ntificadas nove lentes objetivas e <strong>de</strong>zessete oculares na<br />
coleção. Como o teodolito 1994/0154 possui as lentes ausentes no 1994/0153,<br />
bastou comparar as lentes existentes na coleção com as do instrumento citado.<br />
Verificou-se que nenhuma das lentes testadas a<strong>de</strong>quava-se ao teodolito em análise.<br />
Uma <strong>de</strong>las parecia-se com a lente objetiva original mas uma diferença <strong>de</strong> 2mm na<br />
largura eliminou essa possibilida<strong>de</strong>. Assim, não foram encontradas as lentes originais<br />
do instrumento.<br />
A alternativa foi tentar obter as informações técnicas <strong>de</strong>sejadas a partir das<br />
lentes do teodolito que se encontra na coleção e é igual ao objeto <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>sse<br />
estudo. As lentes foram separadas e tentou-se <strong>de</strong>terminar a composição, o índice <strong>de</strong><br />
refração do vidro componente e os parâmetros óticos das mesmas. Tal não foi<br />
possível, pois seria necessário <strong>de</strong>smontar as lentes <strong>de</strong> seus suportes metálicos para<br />
as medições necessárias. As tentativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontagem sempre foram infrutíferas e<br />
seria necessário <strong>de</strong>struir os suportes para viabilizar as medidas, o que não se<br />
justifica. Essas peças não foram então replicadas.<br />
Os vidros <strong>de</strong>spolidos foram fabricados a partir <strong>de</strong> lâmina <strong>de</strong> vidro tipo pyrex<br />
com espessura <strong>de</strong> 1mm, como a original. O tipo <strong>de</strong> vidro foi escolhido por ser o único<br />
disponível no mercado com a espessura <strong>de</strong>sejada. A lâmina foi submetida a um<br />
processo <strong>de</strong> jateamento com óxido <strong>de</strong> alumínio na granulometria 320# para obtenção<br />
da superfície <strong>de</strong>spolida <strong>de</strong>sejada. Em seguida, as placas foram cortadas nas<br />
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