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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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A região 1 correspon<strong>de</strong> à camada <strong>de</strong> prata da moeda. Po<strong>de</strong>-se observar no<br />

espectro <strong>de</strong> raios X a presença clara <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prata, quase pura,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo o oxigênio e o ferro apenas a pequenas contribuições <strong>de</strong>vidas à<br />

corrosão muito próxima.<br />

Figura 5: Espectros <strong>de</strong> raios-X correspon<strong>de</strong>ntes às zonas 2 e 4 da figura 4.<br />

A região 2 (Fig. 5) correspon<strong>de</strong> à zona <strong>de</strong> corrosão e apresenta ainda uma<br />

certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prata, mas começa a aparecer uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ferro.<br />

Este espectro permite avançar a hipótese <strong>de</strong> um núcleo <strong>de</strong> ferro sobre o qual foi<br />

aplicada uma folha <strong>de</strong> prata. O oxigênio mostrando a existência <strong>de</strong> óxidos<br />

certamente <strong>de</strong> ferro e a presença <strong>de</strong> cloro <strong>de</strong> outras corrosões.<br />

A região 3 correspon<strong>de</strong> a uma zona da camada superficial <strong>de</strong> prata, mas on<strong>de</strong><br />

se po<strong>de</strong> observar uma pequena contribuição do ferro do núcleo da moeda e gran<strong>de</strong>s<br />

quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cloro (corrosão da prata?).<br />

A zona 4 (Fig. 5) parece correspon<strong>de</strong>r à região on<strong>de</strong> a camada superficial <strong>de</strong><br />

prata "rasgou" <strong>de</strong>vido à corrosão. Este ponto correspon<strong>de</strong>ndo claramente ao núcleo<br />

<strong>de</strong> ferro, mas on<strong>de</strong> curiosamente aparecem alguns % <strong>de</strong> cobre que ainda não<br />

po<strong>de</strong>mos justificar. Observa-se ainda a presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oxigênio,<br />

certamente <strong>de</strong>vida à presença <strong>de</strong> óxidos <strong>de</strong> ferro, assim como a presença <strong>de</strong> cloro,<br />

certamente <strong>de</strong>vida à corrosão.<br />

A zona 5, como se esperava, correspon<strong>de</strong> aos restos <strong>de</strong> prata que ficaram<br />

ainda agarrados ao ferro do núcleo após a camada superficial <strong>de</strong> prata ter "rasgado".<br />

Po<strong>de</strong>mos assim concluir que a moeda 3 é constituída por um núcleo <strong>de</strong> ferro<br />

forrado com uma camada <strong>de</strong> prata. Tipicamente uma moeda com a sua composição<br />

original adulterada, certamente da época, fabricada com uma técnica conhecida<br />

(moeda forrada) mas em que a constituição do núcleo, o ferro, é pouco habitual.<br />

Moeda 4.<br />

Didracma <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> Tarento, Calábria, datada <strong>de</strong> 281-272 a.C.<br />

As diversas zonas <strong>de</strong> corrosão forram observadas no microscópio ótico para<br />

tentar-se compreen<strong>de</strong>r a composição <strong>de</strong>sta moeda.<br />

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