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Anais 2º Congresso Latino-Americano de Restauraçao de Metais

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<strong>de</strong>monstraram a existência <strong>de</strong> duas fases. A matriz e a segunda fase a<br />

apresentaram, respectivamente, as seguintes composições médias: 86% (Cu), 4%<br />

(Zn), 10% (Sn); 65% (Cu), 1% (Zn), 34% (Sn). O resultado médio da liga foi <strong>de</strong> 85%<br />

(Cu), 3% (Zn), 12% (Sn)<br />

A aparente presença <strong>de</strong> chumbo permite levantar duas possibilida<strong>de</strong>s; a<br />

primeira relacionada à adição voluntária, visando tornar a liga mais fácil <strong>de</strong> ser<br />

trabalhada mecanicamente e a outra relacionada a impurezas presentes no zinco,<br />

adicionado para produzir a liga <strong>de</strong>sejada. Sugere-se que a presença <strong>de</strong> chumbo<br />

nesta amostra <strong>de</strong>ve estar em menor quantida<strong>de</strong> que nas duas outras.<br />

A fase predominante encontrada nas análises microscópicas realizadas <strong>de</strong>ve<br />

se constituir na fase α, que é uma solução sólida <strong>de</strong> estanho na matriz <strong>de</strong> cobre. A<br />

estrutura cristalina é cúbico <strong>de</strong> face centrada, representada por cristais mistos <strong>de</strong><br />

cobre com baixo teor <strong>de</strong> estanho. A estrutura cristalina do cobre permite dissolver até<br />

14,2% <strong>de</strong> estanho sem alteração da mesma [6]. A cor da fase <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do teor <strong>de</strong><br />

estanho, variando do vermelho associado ao cobre até o amarelo dourado. No caso<br />

em questão, estamos com teor <strong>de</strong> estanho que permitiu a obtenção da coloração<br />

dourada. A segunda fase, que se espalha pela matriz, apresenta um teor bem mais<br />

elevado em estanho, resultando numa maior resistência à corrosão e permitindo a<br />

obtenção <strong>de</strong> alto grau <strong>de</strong> polimento. Essa nova fase (β), apresenta estrutura<br />

cristalina hexagonal compacto.<br />

A adição <strong>de</strong> zinco não altera a or<strong>de</strong>m cristalina na matriz do bronze, pois seu<br />

comportamento em relação a esse aspecto é similar ao do estanho. A adição <strong>de</strong><br />

zinco ao bronze <strong>de</strong>stina-se a melhorar a maleabilida<strong>de</strong> do produto [6].<br />

3.1.2 – Réplicas Metalográficas<br />

Quatro peças distintas foram separadas para produção <strong>de</strong> réplicas<br />

metalográficas, selecionadas a partir da importância estrutural <strong>de</strong> suas dimensões,<br />

<strong>de</strong> tal forma que permitissem a aplicação da metodologia <strong>de</strong> obtenção das réplicas, e<br />

da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar diferentes materiais. As peças selecionadas foram a<br />

parte superior do disco horizontal, a haste central <strong>de</strong> sustentação do instrumento, o<br />

tubo <strong>de</strong> luneta e o contra-peso.<br />

A análise das imagens obtidas (Figura 1 a, b, c e d), como verificado em<br />

imagens encontradas em bibliografia específica <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> liga <strong>de</strong><br />

cobre [5, 7, 8, 9], permite supor que o material constituinte das peças foi o seguinte:<br />

- Contra-peso - bronze, Nos bronzes fundidos aparece freqüentemente a forma <strong>de</strong><br />

crescimento cristalino em <strong>de</strong>ndritas e o tipo <strong>de</strong> peça analisado (contra-peso) po<strong>de</strong> ter<br />

sido produzido pela fundição <strong>de</strong> bloco seguida <strong>de</strong> usinagem para obtenção do<br />

formato final <strong>de</strong>sejado [10].<br />

- Tubo <strong>de</strong> luneta - latão (fase α). A entrada dos átomos <strong>de</strong> zinco, maiores do que os<br />

do cobre, na re<strong>de</strong> do cobre, promove uma <strong>de</strong>formação na matriz original,<br />

responsável pelo aumento na dureza da liga resultante [8]. O tipo <strong>de</strong> microestrutura<br />

observada permite supor que o metal passou por um processo <strong>de</strong> recozimento para<br />

alívio <strong>de</strong> tensões [10].<br />

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