Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Nesse mesmo perío<strong>do</strong>, em âmbito estadual, e paralelamente à implementação de<br />
políticas federais de preservação <strong>do</strong>s patrimônios, passam a ser empreendidas pelo poder<br />
público local, importantes iniciativas para o desenvolvimento <strong>do</strong> turismo no Esta<strong>do</strong>.<br />
Origi<strong>na</strong>m-se, a partir daí, as estratégias político-institucio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> grupo carlista voltadas para<br />
a elaboração de planos para a promissora atividade turística, que, no futuro, trariam<br />
conseqüências significativas para a di<strong>na</strong>mização <strong>do</strong> campo <strong>cultural</strong> <strong>na</strong> <strong>Bahia</strong>. Em sintonia<br />
com a <strong>Política</strong> Nacio<strong>na</strong>l de Turismo que começava ser implantada no país, através de<br />
iniciativas como a criação da Embratur e <strong>do</strong> Conselho Nacio<strong>na</strong>l de Turismo, durante a década<br />
de 70, a <strong>Bahia</strong> passa também a experimentar uma importante evolução nesse setor, “etapa em<br />
que começa a configurar-se o modelo de desenvolvimento <strong>do</strong> turismo <strong>na</strong> <strong>Bahia</strong>” (MIGUEZ,<br />
2002, p.245). Continua o autor:<br />
108<br />
Já nos primeiros anos <strong>do</strong> decênio (década de 70) tem início o crescimento<br />
<strong>do</strong> turismo <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, capitanea<strong>do</strong> por ações <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e já orienta<strong>do</strong> como<br />
indústria, <strong>na</strong> esteira <strong>do</strong> processo de monopolização acentuada da economia<br />
<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Assim, tanto no nível federal quanto estadual, o turismo vai<br />
experimentar um incremento de ações institucio<strong>na</strong>is (MIGUEZ, 2002, p.<br />
245).<br />
Atento ao potencial econômico da atividade, o governo local, tanto <strong>na</strong> esfera municipal<br />
quanto <strong>na</strong> esfera estadual, começa a delinear planos de ações que darão sustentação a essa<br />
‘jovem’ atividade produtiva, partin<strong>do</strong> então para o que poderíamos chamar de construção<br />
institucio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> turismo no Esta<strong>do</strong>. Vale ressaltar que tal fortalecimento institucio<strong>na</strong>l dá-se<br />
mais intensamente no perío<strong>do</strong> correspondente à primeira gestão de Antonio Carlos Magalhães<br />
como gover<strong>na</strong><strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> – no quadriênio 1971-1975. Data desse perío<strong>do</strong> a conclusão <strong>do</strong><br />
Plano de Turismo <strong>do</strong> Recôncavo 1 e a reestruturação <strong>do</strong> Sistema Estadual de Turismo,<br />
1 O Plano de Turismo <strong>do</strong> Recôncavo (PTR) foi importante instrumento de orientação para as futuras políticas a<br />
serem implementadas no setor turístico. O plano <strong>na</strong>sceu no momento em que começava a se delinear uma<br />
política federal para esta atividade, através da criação <strong>do</strong> sistema <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de turismo – composto pela Embratur,<br />
pelo CNTur e por órgãos regio<strong>na</strong>is – que tinha por objetivo iniciar um plano de descentralização da economia<br />
produtiva <strong>do</strong> país, ten<strong>do</strong> no turismo uma fonte para o desenvolvimento regio<strong>na</strong>l. Encomenda<strong>do</strong> pelo Banco<br />
Interamericano de Desenvolvimento – BID –, o PTR foi elabora<strong>do</strong> pelo consórcio Clan/Oti, sob a batuta <strong>do</strong><br />
economista Rômulo Almeida. O plano previa metas e diretrizes para o desenvolvimento <strong>do</strong> turismo no Esta<strong>do</strong>,<br />
basea<strong>do</strong> numa estratégia que priorizava a exploração da atividade turística voltada tanto para o entretenimento<br />
como para as viagens de negócios. Dessa forma, foi estabeleci<strong>do</strong> um conjunto de ações voltadas basicamente<br />
para o incremento da infra-estrutura (construção de parque hoteleiro, de aeroportos, reorde<strong>na</strong>mento urbano etc.),