Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
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<strong>do</strong> projeto, transformavam-no no epicentro <strong>do</strong> programa mais amplo de modernização<br />
turística para a cidade.<br />
Difusão e Promoção. Esses talvez tenham si<strong>do</strong> os aspectos mais emblemáticos de uma<br />
proposição de ação voltada para a di<strong>na</strong>mização da cultura baia<strong>na</strong> nesse perío<strong>do</strong>. Ela, porém, é<br />
igualmente levada adiante <strong>na</strong>s sucessivas gestões da Secretaria da Cultura e Turismo, após sua<br />
implantação em 1995. A <strong>Bahia</strong>tursa, como não poderia deixar de ser, comparece em seu<br />
tradicio<strong>na</strong>l papel como importante agente de divulgação da “singularidade” <strong>cultural</strong> da <strong>Bahia</strong>,<br />
ten<strong>do</strong> no car<strong>na</strong>val o seu principal produto de exportação. Podemos afirmar que o perfil de<br />
atuação desse órgão se descorti<strong>na</strong> como a síntese mais exemplar da interseção entre cultura e<br />
turismo promovida pelo governo estadual. E o lugar que ele ocupa no interior da secretaria<br />
indica essa sua especificidade.<br />
Um exemplo desse fato pode ser comprova<strong>do</strong> através de um trecho de um <strong>do</strong>cumento<br />
oficial, no qual estão conti<strong>do</strong>s os programas e as principais diretrizes que norteiam a política<br />
oficial para área da cultura (BAHIA, 2003b). Apesar de estar vinculada à Superintendência de<br />
Turismo (Sudetur) da SCT, no plano de ação da Superintendência de Cultura (Sudecult) e<br />
curiosamente junto aos demais órgãos diretamente reporta<strong>do</strong>s a essa superintendência, o papel<br />
da <strong>Bahia</strong>tursa é destaca<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, <strong>na</strong> ênfase <strong>do</strong> seu tradicio<strong>na</strong>l apoio às manifestações<br />
culturais baia<strong>na</strong>s, pois, segun<strong>do</strong> expresso no <strong>do</strong>cumento, esse órgão aposta “<strong>na</strong> privilegiada<br />
diversidade <strong>cultural</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> como diferencial para promover os diversos destinos turísticos<br />
da <strong>Bahia</strong>” (BAHIA, 2003b, p.7).<br />
A agressiva estratégia promocio<strong>na</strong>l encabeçada pela <strong>Bahia</strong>tursa, quan<strong>do</strong> ainda estava<br />
diretamente ligada à estrutura administrativa da Secretaria da Indústria e Comércio <strong>na</strong> gestão<br />
de Antonio Carlos Magalhães, não se esgota quan<strong>do</strong> fi<strong>na</strong>liza esse governo. Muito pelo<br />
contrário. Essas ações serão fortalecidas mais acirradamente após a vinculação <strong>do</strong> órgão<br />
oficial de turismo à recém-<strong>na</strong>scida Secretaria da Cultura e Turismo. Isso ocorre porque, além<br />
da força institucio<strong>na</strong>l e política, as ações promocio<strong>na</strong>is da <strong>Bahia</strong>tursa vão encontrar terreno<br />
fértil <strong>na</strong> notável efervescência <strong>cultural</strong> que a <strong>Bahia</strong> experimentava mais intensamente em<br />
mea<strong>do</strong>s da década de 90.<br />
Naquele momento o campo <strong>cultural</strong> baiano passava por uma nova fase de organização,<br />
ten<strong>do</strong> <strong>na</strong> consolidação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de bens e serviços simbólicos seu aspecto mais relevante.<br />
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