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Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

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- Dizem que traz medicamentos muito importantes. Quer ver, doutor?<<strong>br</strong> />

O Dr. Scott examinou a mensagem.<<strong>br</strong> />

-É interessante. Parece que arranjaram um antídoto para a fe<strong>br</strong>e marciana. É um<<strong>br</strong> />

soro; foi o Instituto Pasteur que o preparou.<<strong>br</strong> />

- Que é um míssil Mark III - para não falar da fe<strong>br</strong>e marciana? - explodiu Gibson,<<strong>br</strong> />

por fim.<<strong>br</strong> />

O Dr. Scott foi o primeiro a respon<strong>de</strong>r:<<strong>br</strong> />

- A fe<strong>br</strong>e marciana não é na verda<strong>de</strong> uma doença <strong>de</strong> <strong>Marte</strong>. Parece ser causada<<strong>br</strong> />

por um organismo terrestre que trouxemos para cá e que gostou mais do novo<<strong>br</strong> />

ambiente que do antigo. Tem o mesmo efeito da malária: as pessoas raramente são<<strong>br</strong> />

mortas por ela, mas os efeitos econômicos são terríveis. A cada ano a percentagem<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> homens-hora perdidos...<<strong>br</strong> />

- Multo o<strong>br</strong>igado. Já me recordo <strong>de</strong> tudo. E o míssil? Hilton introduziu-se na<<strong>br</strong> />

conversação:<<strong>br</strong> />

-É simplesmente um pequeno foguete <strong>com</strong>andado por rádio e <strong>com</strong> uma gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong> terminal. Serve para transportar carga entre as estações espaciais ou para<<strong>br</strong> />

correr atrás <strong>de</strong> naves quando elas se esquecem <strong>de</strong> qualquer coisa. Quando chegar<<strong>br</strong> />

ao alcance do nosso rádio captará o nosso emissor e dirigir-se-á para nós. - Dirigiuse<<strong>br</strong> />

para Scott, subitamente, e inquiriu: - Bob, porque foi que não o enviaram<<strong>br</strong> />

diretamente para <strong>Marte</strong>? Chegaria lá muito antes <strong>de</strong> nós.<<strong>br</strong> />

- Porque os seus pequeninos passageiros não gostariam disso. Tenho <strong>de</strong> preparar<<strong>br</strong> />

algumas culturas para que eles possam subsistir e cuidar <strong>de</strong>les <strong>com</strong>o uma ama <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

leite,<<strong>br</strong> />

Gibson pensava profundamente. Ao fim <strong>de</strong> algum tempo, disse:<<strong>br</strong> />

- Tinha a impressão <strong>de</strong> que a vida em <strong>Marte</strong> era muito saudável, tanto física <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

psicologicamente<<strong>br</strong> />

- Não <strong>de</strong>ve acreditar inteiramente no que dizem os livros - respon<strong>de</strong>u Bradley. -<<strong>br</strong> />

Nem sequer faço i<strong>de</strong>ia da razão por que há pessoas que querem ir lá. É plano, frio e<<strong>br</strong> />

cheio <strong>de</strong> plantas meio mortas <strong>de</strong> fome que parecem arrancadas <strong>de</strong> um sonho <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Edgar Allan Poe. Enterramos ali milhões e ainda não ganhamos um centavo em<<strong>br</strong> />

troca. Todos quantos querem ir para lá <strong>de</strong>viam ser primeiro examinados por um<<strong>br</strong> />

psiquiatra. Sem ofensa, é claro...<<strong>br</strong> />

Gibson limitou-se a, sorrir. O Capitão Nor<strong>de</strong>n olhou furioso para o seu oficial <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

eletrônica e disse a Gibson:<<strong>br</strong> />

- Devo dizer-lhe, Martin, que se Mr. Bradley não gosta <strong>de</strong> <strong>Marte</strong>, pensa da mesma<<strong>br</strong> />

maneira em relação à Terra e a Vênus. Portanto, não <strong>de</strong>ixes que as opiniões <strong>de</strong>le te<<strong>br</strong> />

façam per<strong>de</strong>r o entusiasmo.<<strong>br</strong> />

- Não há perigo - respon<strong>de</strong>u Gibson, a rir-se.

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