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Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

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--------------------------CAPÍTULO XVI--------------------------<<strong>br</strong> />

As câmaras <strong>de</strong> televisão mostraram o «Mayor» Whittaker entregando a Hadfield a<<strong>br</strong> />

pá em que já estava apoiado havia cinco minutos. Hadfield escavou a areia e plantou<<strong>br</strong> />

a «erva <strong>de</strong> ar», <strong>com</strong>o todo mundo lhe chamava agora. Depois a câmara rodou e<<strong>br</strong> />

focou o «amigo» <strong>de</strong> Gibson, que se balançava so<strong>br</strong>e as ancas <strong>com</strong>o um «sempreem-pé.<<strong>br</strong> />

Pela primeira vez, todo mundo na Terra po<strong>de</strong>ria ver um verda<strong>de</strong>iro Marciano.<<strong>br</strong> />

Gibson falava <strong>com</strong> o «Mayor» e parecia ter-se esquecido por <strong>com</strong>pleto do seu<<strong>br</strong> />

«amigo». Squik <strong>de</strong>u um pequeno salto, e logo outro, e <strong>com</strong>eçou a <strong>de</strong>bicar a «erva <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ar» que acabava <strong>de</strong> ser plantada <strong>com</strong> tanto cuidado. O operador da televisão não<<strong>br</strong> />

interveio: era uma imagem muito boa para que se per<strong>de</strong>sse. Passou a imagem, por<<strong>br</strong> />

um momento, para Hadfield e os seus <strong>com</strong>panheiros, ainda cumprimentando-se pelo<<strong>br</strong> />

trabalho que Squik estava <strong>de</strong>struindo rapidamente.<<strong>br</strong> />

O escritor foi o primeiro se dar conta do que acontecia e soltou um gran<strong>de</strong> grito<<strong>br</strong> />

que so<strong>br</strong>essaltou todo mundo. Depois correu para Squik, que olhou em volta, viu que<<strong>br</strong> />

não havia lugar algum on<strong>de</strong> se escon<strong>de</strong>r, e ficou muito quieto, <strong>com</strong> ar <strong>de</strong> inocência<<strong>br</strong> />

magoada. Deixou que o levassem em paz, não agravando o seu <strong>de</strong>lito <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

resistência às autorida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

Um grupo <strong>de</strong> peritos reuniu-se em torno da «erva <strong>de</strong> ar» e concluiu, <strong>com</strong> gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alívio <strong>de</strong> todos, que os danos não eram fatais. Foi um inci<strong>de</strong>nte sem importância e<<strong>br</strong> />

ninguém po<strong>de</strong>ria ter imaginado que ele tivesse consequência alguma. No entanto,<<strong>br</strong> />

viria a inspirar a Gibson uma das suas i<strong>de</strong>ias mais <strong>br</strong>ilhantes e frutuosas.<<strong>br</strong> />

O escritor fora uma das primeiras pessoas a falar <strong>com</strong> Hadfield <strong>de</strong>pois do sucesso<<strong>br</strong> />

do «projeto Alvorada». Os poucos momentos que a conversa <strong>de</strong>morara viriam a ser<<strong>br</strong> />

suficientes par a mudar todo o seu futuro.<<strong>br</strong> />

- Lem<strong>br</strong>a-se do que lhe disse quando do nosso primeiro encontro? - recordara o<<strong>br</strong> />

Chefe - Pedi-lhe para nos ajudar, fornecendo à Terra não só os fatos da situação,<<strong>br</strong> />

mas também algumas i<strong>de</strong>ias so<strong>br</strong>e os nossos objetivos e - suponho que po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

dar-lhe esse nome - o espirito que <strong>de</strong>senvolvemos aqui, em <strong>Marte</strong>. Tem cumprido<<strong>br</strong> />

muito bem essa missão, apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecer o projeto no qual <strong>de</strong>positávamos as<<strong>br</strong> />

nossas maiores esperanças.<<strong>br</strong> />

«Tenho seguido <strong>com</strong> o maior interesse o efeito das suas crônicas e dos seus<<strong>br</strong> />

artigos. Talvez não saiba, mas temos um meio muito <strong>de</strong>licado <strong>de</strong> avaliar isso."<<strong>br</strong> />

- Como? - perguntou Gibson, surpreendido.<<strong>br</strong> />

- Não adivinha? Cada semana cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z mil pessoas espalhadas por toda a

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