Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br
Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br
Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
no «Projeto Alvorada»<<strong>br</strong> />
- Não sei <strong>de</strong> nada.<<strong>br</strong> />
- Não me admira. Há apenas algumas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas em <strong>Marte</strong> que lhe<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m dizer o que é.<<strong>br</strong> />
- E tu és uma <strong>de</strong>las?<<strong>br</strong> />
- Bem, estava trabalhando no arquivo uma noite <strong>de</strong>stas, quando o Chefe e o<<strong>br</strong> />
«Mayor» Whittaker entraram. Não sabiam que eu estava ali e <strong>com</strong>eçaram a falar. De<<strong>br</strong> />
repente o «Mayor» disse uma coisa que me fez pôr as mãos na cabeça: «Aconteça o<<strong>br</strong> />
que acontecer, vai ser o diabo se a Terra souber do "Projeto Alvorada".» Não ouvi<<strong>br</strong> />
mais nada: saíram logo a seguir. Que pensa quanto a isso?<<strong>br</strong> />
- «Projeto Alvorada»! verei o que posso <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir através das minhas... várias<<strong>br</strong> />
fontes <strong>de</strong> informação. Falaste disso a mais alguém?<<strong>br</strong> />
- Não.<<strong>br</strong> />
- Não o faria, se estivesse no meu lugar. Certamente que <strong>de</strong>ve ser qualquer coisa<<strong>br</strong> />
importante. Falarei contigo assim que souber alguma coisa.<<strong>br</strong> />
George, o homem do bar, foi o primeiro alvo do escritor tornado em investigador.<<strong>br</strong> />
Era um objetivo lógico, uma vez que parecia saber <strong>de</strong> tudo quanto acontecia em<<strong>br</strong> />
<strong>Marte</strong>. Mas <strong>de</strong>sta vez não aconteceu isso.<<strong>br</strong> />
- «Projeto Alvorada»? - disse ele surpreso – Nunca ouvi falar disso.<<strong>br</strong> />
O diretor do Martian Times foi um pouco mais falador. Gibson evitava,<<strong>br</strong> />
habitualmente, falar <strong>com</strong> Westerman, porque ele estava sempre tentando apanharlhe<<strong>br</strong> />
assunto para artigos. O escritor ofereceu-lhe algumas cópias <strong>de</strong> manuscritos<<strong>br</strong> />
piara lhe adoçar a boca e <strong>de</strong>pois perguntou:<<strong>br</strong> />
- Estou tentando reunir todas as informações que pu<strong>de</strong>r so<strong>br</strong>e o «Projeto<<strong>br</strong> />
Alvorada». Sei que ainda é secreto, mas gostaria <strong>de</strong> ter tudo pronto para quando<<strong>br</strong> />
pu<strong>de</strong>rmos torná-to público.<<strong>br</strong> />
Durante alguns fez-se um silêncio mortal.<<strong>br</strong> />
Depois Westerman retorquiu:<<strong>br</strong> />
- Creio que será melhor falar <strong>com</strong> o Chefe a esse respeito.<<strong>br</strong> />
- Não queria in<strong>com</strong>odá-lo. Ele tem tanto que fazer.<<strong>br</strong> />
- Bem. Não lhe posso dizer nada.<<strong>br</strong> />
- Quer dizer que não sabe nada ?<<strong>br</strong> />
- Apenas mantenho os olhos abertos e estabeleço hipóteses. Não sei nada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
concreto.<<strong>br</strong> />
Foi tudo quanto Gibson conseguiu saber <strong>de</strong>le. No entanto a entrevista confirmara<<strong>br</strong> />
dois fatos: o «Projeto Alvorada» existia <strong>de</strong> fato. E estava muito bem oculto!.<<strong>br</strong> />
O escritor abandonou a sua busca e dirigiu-se ao Laboratório <strong>de</strong> Biofísica, on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Squik era o hóspe<strong>de</strong> <strong>de</strong> honra. O pequeno Marciano estava muito satisfeito, assente<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as ancas, enquanto os cientistas, no canto oposto, pensavam no que <strong>de</strong>viam<<strong>br</strong> />
fazer a seguir. Assim que ele viu Gibson, soltou um pequeno silvo <strong>de</strong> alegria e <strong>de</strong>u<<strong>br</strong> />
um salto através da sala, botando uma ca<strong>de</strong>ira abaixo mas poupando, felizmente,<<strong>br</strong> />
muitos aparelhos valiosos.<<strong>br</strong> />
- Bem - disse Gibson ao chefe da equipe, quando se <strong>de</strong>sembaraçou do a<strong>br</strong>aço <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Squik. - Já <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iram até que ponto é inteligente?<<strong>br</strong> />
O cientista coçou a cabeça.<<strong>br</strong> />
- É um bicharoco estranho. Por vezes tenho a impressão <strong>de</strong> que ele ri <strong>de</strong> nós. O<<strong>br</strong> />
mais estranho é que é diferente do resto dia tribo.<<strong>br</strong> />
- Qual é a diferença ?<<strong>br</strong> />
- Os outros não mostram quaisquer emoções, pelo que temos visto. Carecem <strong>de</strong>