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Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

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agora quanto à <strong>de</strong>scida na pressão do ar. É absolutamente constante. E <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alguns dias estaremos fora dos limites <strong>de</strong> tolerância.<<strong>br</strong> />

- Raios partam tudo isso! Temos <strong>de</strong> fazer alguma coisa. Pensava que po<strong>de</strong>ríamos<<strong>br</strong> />

tratar disso quando aportássemos...<<strong>br</strong> />

- Receio que não. Temos <strong>de</strong> entregar os registros à Comissão <strong>de</strong> Segurança do<<strong>br</strong> />

Espaço quando voltarmos para casa, e po<strong>de</strong> acontecer que qualquer velhota nervosa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ece a gritar ao <strong>de</strong>ixarmos a pressão <strong>de</strong>scer abaixo do limite.<<strong>br</strong> />

- On<strong>de</strong> é o problema?<<strong>br</strong> />

- No casco, quase <strong>com</strong> certeza.<<strong>br</strong> />

- A fuga situa-se perto do «polo norte»?<<strong>br</strong> />

- Talvez. Está acontecendo tudo muito <strong>de</strong>pressa. Talvez tenhamos apanhado outro<<strong>br</strong> />

furo, entretanto.<<strong>br</strong> />

- Quanto tempo <strong>de</strong>morarão a localizar a fuga?<<strong>br</strong> />

- Esse é que é o problema – disse Hilton, um pouco <strong>de</strong>sgostoso – Temos apenas<<strong>br</strong> />

um <strong>de</strong>tetor <strong>de</strong> fugas e cinquenta mil metros quadrados <strong>de</strong> casco. Precisaremos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um bom par <strong>de</strong> dias para isso. Se tivesse sido um buraco gran<strong>de</strong>, as anteparas<<strong>br</strong> />

automáticas teriam funcionado e saberíamos on<strong>de</strong> ele estava.<<strong>br</strong> />

- Ainda bem que não foi! - <strong>com</strong>entou Nor<strong>de</strong>n <strong>com</strong> um sorriso.<<strong>br</strong> />

Jimmy Spencer teve <strong>de</strong> cuidar, <strong>com</strong>o <strong>de</strong> costume, do trabalho que ninguém queria<<strong>br</strong> />

fazer e encontrou o buraco três dias <strong>de</strong>pois, após ter dado a volta na nave uma boa<<strong>br</strong> />

dúzia <strong>de</strong> vezes. A pequena cratera era quase invisível, mas o ultra-sensível <strong>de</strong>tetor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fugas registrara o fato <strong>de</strong> que o vácuo próximo daquela parte do casco não era tão<<strong>br</strong> />

perfeito <strong>com</strong>o <strong>de</strong>via ser. Jimmy tinha marcado o lugar <strong>com</strong> giz e voltara para a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>porta <strong>de</strong> ar.<<strong>br</strong> />

Nor<strong>de</strong>n agarrou nos planos da nave e <strong>de</strong>terminou a localização aproximada da<<strong>br</strong> />

fuga, segundo as indicações <strong>de</strong> Jimmy. Assobiou baixinho e ergueu os olhos para o<<strong>br</strong> />

teto.<<strong>br</strong> />

- Jimmy, disse ele – Mr. Gibson sabe o que estiveste fazendo?<<strong>br</strong> />

- Não. Nunca <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> lhe dar as lições <strong>de</strong> astronáutica, o que tem sido um belo<<strong>br</strong> />

trabalho, em conjunto <strong>com</strong>...<<strong>br</strong> />

- Bem, bem! Achas que alguém possa te-lher falado so<strong>br</strong>e a fuga ?<<strong>br</strong> />

- Não, mas acho que ele teria falado do assunto se soubesse <strong>de</strong>le.<<strong>br</strong> />

- Então ouve: Este maldito buraco situa-se exatamente no meio da pare<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

camarote <strong>de</strong>le e se lhe disseres alguma coisa so<strong>br</strong>e isso, te esfolarei vivo.<<strong>br</strong> />

Compreen<strong>de</strong>s?<<strong>br</strong> />

- Sim – disse Jimmy, engolindo em seco e fugindo precipitadamente.<<strong>br</strong> />

- E agora? - perguntou Hilton num tom resignado.<<strong>br</strong> />

- Temos <strong>de</strong> Chamar Martin cá para fora sob qualquer pretexto e tapar o buraco tão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pressa quanto for possível.<<strong>br</strong> />

- É curioso que ele não tenha ouvido o impacto. Deve ter feitio um belísimo<<strong>br</strong> />

barulho.<<strong>br</strong> />

- Provavelmente não estava lá no momento. O que me surpreen<strong>de</strong> é que ele nunca<<strong>br</strong> />

tenha notado a corrente <strong>de</strong> ar; <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rável.<<strong>br</strong> />

- Tavez a corrente <strong>de</strong> se confunda <strong>com</strong> a circulação normal, Mas, <strong>de</strong> qualquer<<strong>br</strong> />

maneira, qual a razão para tantos segredos ? Porque é que não falamos <strong>com</strong> Martin<<strong>br</strong> />

e lhe explicamos o que houve? Qual a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo este melodrama?<<strong>br</strong> />

- Supõe que ele contava ao público que um meteorói<strong>de</strong> <strong>de</strong> 12ª gran<strong>de</strong>za furou a<<strong>br</strong> />

nave - e <strong>de</strong>pois acrescenta que coisas <strong>com</strong>o essas acontecem em todas as viagens?<<strong>br</strong> />

Quantos dos leitores <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>rão que não há perigo real e que nós nem sequer

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