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Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

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--------------------------CAPÍTULO XIII--------------------------<<strong>br</strong> />

Depois daquilo que viria a ser consi<strong>de</strong>rado <strong>com</strong>o o melhor <strong>de</strong>sastre da história da<<strong>br</strong> />

exploração marciana, a visita ao Trivium Charontis e a Port Schiaparelli per<strong>de</strong>u,<<strong>br</strong> />

inveitávelmente, todo o interesse. Gibson pensara até em adiá-la e voltar<<strong>br</strong> />

imediatamente a Port Lowell <strong>com</strong> a sua <strong>de</strong>scoberta. Tinha perdido por <strong>com</strong>pleto as<<strong>br</strong> />

esperanças <strong>de</strong> se livrar <strong>de</strong> Squik, e <strong>com</strong>o todo mundo na colônia queria ver um<<strong>br</strong> />

Marciano verda<strong>de</strong>iro e bem vivo, tinham resolvido levar a pequena criatura <strong>com</strong> eles.<<strong>br</strong> />

Mas Port Lowell não os <strong>de</strong>ixou regressar <strong>de</strong> imediato. Passaram-se <strong>de</strong>z dias antes<<strong>br</strong> />

que voltassem a ver a capital. Sob as gran<strong>de</strong>s redomas travara-se uma das batalhas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>cisivas pela posse do planeta. A epi<strong>de</strong>mia temida pelo Dr. Scott chegara. A certa<<strong>br</strong> />

altura, um décimo da população da cida<strong>de</strong> estivera doente <strong>com</strong> a fe<strong>br</strong>e marciana.<<strong>br</strong> />

Mas o soro vindo da Terra permitira enfrentar o ataque e a batalha fôra vencida<<strong>br</strong> />

apenas <strong>com</strong> três vidas perdidas. Foi a última vez que a fe<strong>br</strong>e ameaçou a colônia.<<strong>br</strong> />

O transporte <strong>de</strong> Squik para Port Schiaparelli foi difícil, pois implicou no<<strong>br</strong> />

carregamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> «algas» para a sua alimentação. A princípio<<strong>br</strong> />

recearam que ele não pu<strong>de</strong>sse viver na atmosfera oxigenada das redomas, mas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pressa <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iram que isso não o importunava <strong>de</strong> modo algum - apesar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reduzir consi<strong>de</strong>ràvelmente o seu apetite. A explicação <strong>de</strong>sse fenómeno afortunado só<<strong>br</strong> />

foi <strong>de</strong>scoberta muito mars tar<strong>de</strong>. O que nunca se <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iu foi a razão da <strong>de</strong>dicação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Squik a Gibson. Alguém sugeriu, <strong>com</strong> muita malícia, que isso era <strong>de</strong>vido ao fato<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> terem ambos aproximadamente a mesma forma.<<strong>br</strong> />

Antes <strong>de</strong> continuarem a sua viagem, Gibson e os seus colegas, <strong>com</strong> o piloto do<<strong>br</strong> />

avião <strong>de</strong> socorro e a equipe <strong>de</strong> recuperação, que chegou <strong>de</strong>pois, fizeram algumas<<strong>br</strong> />

visitas à pequena família <strong>de</strong> Marcianos. Não <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iam outro grupo e Gibson<<strong>br</strong> />

perguntou a si próprio se aqueles seriam os últimos espécimes <strong>de</strong>ixados no planeta.<<strong>br</strong> />

Mais tar<strong>de</strong> saberiam que não era assim.<<strong>br</strong> />

O avião <strong>de</strong> socorro fôra alertado pela notícia <strong>de</strong> que Phobos observara clarões<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ilhantes em Aetheria. (todo mundo ficou surpreso <strong>com</strong> tal fato, até que Gibson,<<strong>br</strong> />

orgulhoso, explicou o que se passara.) Enquanto substituíam os motores do aparelho<<strong>br</strong> />

avariado, resolveram estudar os Marcianos no seu ambiente natural. Foi então que<<strong>br</strong> />

Gibson teve a primeira suspeita do segredo da sua existência.<<strong>br</strong> />

No seu longínquo passado haviam sido muito provavelmentle respiradores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

oxigênio e os seus processos vitais ainda <strong>de</strong>pendiam <strong>de</strong>sse elemento. Não podiam<<strong>br</strong> />

obtê-lo diretamente do soio, on<strong>de</strong> ele se encontrava em inúmeros bilhões <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

toneladas, mas as plantas que <strong>com</strong>iam po<strong>de</strong>riam fazê-lo. Gibson não <strong>de</strong>morou a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir que as numerosas «vagens» das «algas» continham oxigênio sob uma<<strong>br</strong> />

pressão bastante alta. Tornando o seu metabolismo mais lento, os Marcianos tinham

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