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Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

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pouco para <strong>de</strong>ntro no alto. Se quisermos que nos vejam <strong>de</strong> Phobos teremos <strong>de</strong> andar<<strong>br</strong> />

um pouco para norte, até on<strong>de</strong> a encosta não obstrua a vista. Talvez essa seja a<<strong>br</strong> />

resposta, se conseguirmos empurrar o avião até lá. Então utlizaremos o rádio e<<strong>br</strong> />

daremos aos telescópios e à busca aérea uma melhor probabilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos<<strong>br</strong> />

avistarem.<<strong>br</strong> />

- Quanto é que isto pesa? - perguntou Gibson, em dúvida.<<strong>br</strong> />

Cerca <strong>de</strong> trinta toneladas <strong>com</strong> toda a carga. Evi<strong>de</strong>ntemente, há muita coisa que<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>remos alijar.<<strong>br</strong> />

- Não! - gritou o piloto. - Isso o<strong>br</strong>igar-nos-ia a a<strong>br</strong>ir a <strong>com</strong>porta e não po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

per<strong>de</strong>r muito 'ar.<<strong>br</strong> />

- Meu Deus, não tinha pensado nisso. Mesmo assim, a superficie é lisa e o trem<<strong>br</strong> />

está em condições perfeitas.<<strong>br</strong> />

Gibson não se mostrou muito convencido. Apesar da gravida<strong>de</strong> ser três vezes mais<<strong>br</strong> />

fraca que na Terra, não parecia muito fácil <strong>de</strong>slocar o avião.<<strong>br</strong> />

Acabaram a refeição em silêncio. Não estavam verda<strong>de</strong>iramente preocupados;<<strong>br</strong> />

sabiam que seriam feitas buscas intensivas e que não tardaria muito que fossem<<strong>br</strong> />

localizados. Mas esse tempo po<strong>de</strong>ria ser reduzido algumas horas se pu<strong>de</strong>ssem enviar<<strong>br</strong> />

algum sinal para Phobos.<<strong>br</strong> />

Depois do <strong>de</strong>sjejum tentaram <strong>de</strong>slocar o avião.<<strong>br</strong> />

Com muito esforço conseguiram fazê-lo avançar cinco metros. Depois a rodagem<<strong>br</strong> />

atolou-se na areia e tiveram <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistir, arquejantes.<<strong>br</strong> />

- Têm alguma coisa <strong>br</strong>anca que possamos epalhar por uma gran<strong>de</strong> área? -<<strong>br</strong> />

perguntou Gilbson.<<strong>br</strong> />

A i<strong>de</strong>ia era excelente, mas não pô<strong>de</strong> ser aproveitada porque uma busca <strong>com</strong>pleta<<strong>br</strong> />

na cabine mostrou seis lenços e alguns pedaços <strong>de</strong> pano sujo. Todas concordaram<<strong>br</strong> />

em que, mesmo nas condições mais favoráveis, não seriam visíveis <strong>de</strong> Phobos.<<strong>br</strong> />

- Só há uma coisa a fazer - disse Hilton. - Temos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontar os faróis <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aterragem, esten<strong>de</strong>r um cabo até um local fora da encosta e apontá-los para Phobos.<<strong>br</strong> />

Mas para isso teremos que <strong>de</strong>struir uma asa.<<strong>br</strong> />

Jimlmy teve <strong>de</strong> repente outra i<strong>de</strong>ia:<<strong>br</strong> />

- E se arranjássemos um heliógrafo? Se apontássemos um espelho para Phobos...<<strong>br</strong> />

- Eles po<strong>de</strong>riam ver-nas a 6.000 quilômetros <strong>de</strong> distância ? - perguntou Gibson,<<strong>br</strong> />

num tom <strong>de</strong> dúvida.<<strong>br</strong> />

- Porque não? Têm telescópios <strong>com</strong> um po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ampliação <strong>de</strong> 1.000 vezes. Não é<<strong>br</strong> />

possivel ver o reflexo do sol num espelho a uma distância <strong>de</strong> 6 quilômetros ?<<strong>br</strong> />

- Deve haver qualquer coisa errada <strong>com</strong> esse cálculo, ainda que não saiba o que<<strong>br</strong> />

seja - disse Gibson. - As coisas nunca são assim tão simples. Mas <strong>de</strong> qualquer<<strong>br</strong> />

maneira, on<strong>de</strong> arranjaremos um espelho?<<strong>br</strong> />

Ao fim <strong>de</strong> um quarto <strong>de</strong> hora, o plano <strong>de</strong> Jimmy teve <strong>de</strong> ser abandonado. Não<<strong>br</strong> />

havia espelho algum no avião.<<strong>br</strong> />

- Po<strong>de</strong>mos cortar um pedaço da asa e polí-la – sugeriu Hilton, pensativo. - Será a<<strong>br</strong> />

mesma coisa.<<strong>br</strong> />

- Trata-se <strong>de</strong> uma liga <strong>de</strong> magnésio que não po<strong>de</strong> adquirir um bom polimento -<<strong>br</strong> />

disse o piloto, disposto a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o avião até às últimas.<<strong>br</strong> />

Gibson pôs-se subitamente <strong>de</strong> pé.<<strong>br</strong> />

- Há aí alguém capaz <strong>de</strong> me dar três bons pontapés ? - exclamou ele.<<strong>br</strong> />

- Com muito prazer – respon<strong>de</strong>u Hilton – Mas qual é a razão?<<strong>br</strong> />

Sem respon<strong>de</strong>r, Gibson dingiu-se à retaguarda do aparelho e <strong>com</strong>eçou a rebuscar

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