Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br
Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br
Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
lábios.<<strong>br</strong> />
As ondas <strong>de</strong> rádio <strong>de</strong>morariam apenas meio segundo para alcançar aquele<<strong>br</strong> />
longínquo foguete <strong>com</strong> os seus maravilhosos mecanismos automáticos que se<<strong>br</strong> />
manteriam eternamente inertes se o sinal não os alcançassem. Passou-se o meio<<strong>br</strong> />
segundo e também o seguinte. Passou-se o tempo necessário para uma resposta,<<strong>br</strong> />
mas o assobio continuou, sem interrupção. Talvez o «cére<strong>br</strong>o» do foguete<<strong>br</strong> />
necessitasse <strong>de</strong> algum tempo paria <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r o que se passava, porque a onda<<strong>br</strong> />
portadora voltou - mas modulada numa série infinita <strong>de</strong> bip-bips.<<strong>br</strong> />
Bradley conteve o entusiasmo que surgiu na sala.<<strong>br</strong> />
- Ainda não chegamos ao fim! - disse ele. - lem<strong>br</strong>em-se <strong>de</strong> que o foguete terá <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
receber o nosso sinal durante <strong>de</strong>z minutos antes <strong>de</strong> <strong>com</strong>pletar as alterações do<<strong>br</strong> />
rumo. - Olhou para os mostradores e perguntou-se se os circuitos resistiriam o<<strong>br</strong> />
tempo necessário.<<strong>br</strong> />
Duraram sete minutos, mas os elementos antes aprontados foram introduzidos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> tanta rapi<strong>de</strong>z que a onda portadora quase não interrompeu a sua modulação.<<strong>br</strong> />
Por fim, <strong>com</strong> um suspiro <strong>de</strong> alivio, Bradley <strong>de</strong>sligou o emissor.<<strong>br</strong> />
- Po<strong>de</strong>s voltar para <strong>de</strong>ntro, Mac - disse ele ao microfone. Já está feito!<<strong>br</strong> />
Ouviu-se uma tosse discreta no fundo da sala.<<strong>br</strong> />
- Lamento lem<strong>br</strong>ar-lhe uma coisa... - <strong>com</strong>eçou a dizer Jimmy.<<strong>br</strong> />
Nor<strong>de</strong>n riu-se.<<strong>br</strong> />
- Muito bem: não tenho dúvidas em pagar. Aqui estão as chaves – armário 26. Que<<strong>br</strong> />
vais fazer <strong>com</strong> essa garrafa <strong>de</strong> uísque?<<strong>br</strong> />
- Estava pensando em vendê-la <strong>de</strong> novo ao Dr. Mackay.<<strong>br</strong> />
- Sem dúvida – disse Scott, olhando <strong>com</strong> severida<strong>de</strong> para Jimmy. - Mas este<<strong>br</strong> />
momento exige uma <strong>com</strong>emoração especial.<<strong>br</strong> />
Jimmy não esperou para ouvir o resto. Correu imediatamente, em busca da sua<<strong>br</strong> />
presa.