15.04.2013 Views

Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

Arthur C. Clarke - Areias de Marte.pdf - Mkmouse.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

quente.<<strong>br</strong> />

- Pois eu pergunto se têm sangue, O seu metabolismo <strong>de</strong>ve ser muito invulgar<<strong>br</strong> />

para que possam so<strong>br</strong>eviver aqui.<<strong>br</strong> />

- Já era tempo <strong>de</strong> terem nos notado.<<strong>br</strong> />

- O maior <strong>de</strong> todos sabe que estamos aqui. Notei que nos olhava pelo canto do<<strong>br</strong> />

olho. Estás notanto <strong>com</strong>o ele dirige as orelhas para nós?<<strong>br</strong> />

- É melhor sairmos daqui.<<strong>br</strong> />

- Não acho que possam fazer-nos muito mal, mesmo que queiram. As mãos<<strong>br</strong> />

parecem muito fracas, mas suponho que os três bicos po<strong>de</strong>m fazer alguns estragos.<<strong>br</strong> />

Vamos avançar seis passos, muito <strong>de</strong>vagar.<<strong>br</strong> />

Aproximaram-se <strong>de</strong> uma maneira que tentavam fazer parecer inspiradona <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

confiança. Não havia dúvida <strong>de</strong> que os Marcianos os viam. Meia dúzia <strong>de</strong> olhos<<strong>br</strong> />

gran<strong>de</strong>s e calmos fitaram-nos e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sviaram-se, porque os seus donos tinham<<strong>br</strong> />

mais a fazer.<<strong>br</strong> />

- Não parecem ser muito curiosos - disse Gibson algo <strong>de</strong>sapontado. - Serermos<<strong>br</strong> />

assim tão pouco interessantes ?<<strong>br</strong> />

- Olha, a «criança» <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iu-nos! O que ele vai fazer? O menor dos Marcianos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ixara <strong>de</strong> <strong>com</strong>er e olhava para os intrusos <strong>com</strong> uma expressão que tanto podia<<strong>br</strong> />

significar uma incredulida<strong>de</strong> absoluta <strong>com</strong>o a esperançosa antecipação <strong>de</strong> mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ida. Soltou um par <strong>de</strong> guinchos agudos que foram respondidos por um «honk»<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sinteressado, <strong>de</strong> um dos adultos. Depois, resolveu saltitar em direção aos<<strong>br</strong> />

visitantes.<<strong>br</strong> />

Parou a dois passos <strong>de</strong>les, sem mostrar medo ou <strong>de</strong>sconfiança.<<strong>br</strong> />

- Como está? - perguntou Hilton, <strong>com</strong> toda a solenida<strong>de</strong> - Apresento-lhe Jimmy<<strong>br</strong> />

Spencer, à minha direita; Martin Gibson, à minha esquerda. Mas tenho a impressão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> que ainda não conheço o seu nome.<<strong>br</strong> />

- Squik - disse o pequeno Marciano.<<strong>br</strong> />

- Bem, Squik, em que lhe posso ser útil?<<strong>br</strong> />

A pequena criatura esten<strong>de</strong>u a mão e agarrou a roupa <strong>de</strong> Hilton. Depois saltou na<<strong>br</strong> />

direção <strong>de</strong> Gibson, que estava atarefado, fotografando aquela troca <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cumprimentos. O escritor esten<strong>de</strong>u-lhe a mão e ficou surpreso quando os pequenos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>dos fecharam-se à sua volta <strong>com</strong> uma força surpreen<strong>de</strong>nte.<<strong>br</strong> />

- Um belo amiguinho, não é? - disse Gibson, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se ter libertado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

dificulda<strong>de</strong>. - Pelo menos não é tão insensível quanto os parentes,<<strong>br</strong> />

Os adultos não tinham mostrado o menor interêsse no que estava acontecendo.<<strong>br</strong> />

Continuavam triturando as folhas placidamente.<<strong>br</strong> />

- Gostaria <strong>de</strong> ter alguma coisa para lhe oferecer, mas não creio que ele possa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>er qualquer dos nosso alimentos. Empresta-me a tua faca, Jimmy. Vou cortar<<strong>br</strong> />

umas «algas» para ele, para provarmos que somos amigos.<<strong>br</strong> />

O presente foi recebido <strong>com</strong> alegria e imediatamente <strong>com</strong>ido. As pequenas mãos<<strong>br</strong> />

esten<strong>de</strong>ram-se, pedindo mais. - Parece que oonseguiste um sucesso, Martin - disse<<strong>br</strong> />

Hilton.<<strong>br</strong> />

- Receio que seja só gulodice. Eh! Larga a minha máquina – não é para <strong>com</strong>er!<<strong>br</strong> />

- Há qualquer coisa estranha aqui - disse Hilton <strong>de</strong> repente. - De que cor é o<<strong>br</strong> />

garoto?<<strong>br</strong> />

- Castanho... na frente. Atrás é <strong>de</strong> um cinzento-sujo.<<strong>br</strong> />

- Certo. Vai para trás <strong>de</strong>le e oferece-lhe mais <strong>com</strong>ida.<<strong>br</strong> />

Gibson assim fez. Squik rodou so<strong>br</strong>e as ancas e agarrou o pedaço <strong>de</strong> <strong>com</strong>ida. E<<strong>br</strong> />

quando acabou <strong>de</strong> triturá-la suce<strong>de</strong>u uma coisa muito curiosa.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!