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A Ideologia da Decadência – Leitura antropo - Nova Cartografia ...

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Enquanto Jansen Ferreira evidencia a questão <strong>da</strong> escassez de “braços”:<br />

Os braços empregados na lavoura <strong>da</strong> província vão diminuindo<br />

consideravelmente por causas que não vos são desconheci<strong>da</strong>s<br />

e tendem ca<strong>da</strong> dia mais a reduzirem-se ain<strong>da</strong> mais. (Jansen<br />

Ferreira, 1867: 7) (g.n.)<br />

Outro presidente, Leitão <strong>da</strong> Cunha enfatiza que o tesouro provincial não<br />

pode promover a colonização:<br />

O pequeno rendimento <strong>da</strong> província que mal chega para acorrer<br />

às suas despesas mais urgentes e subvencionar as empresas<br />

importantes com que carrega, impede que se promova a colonização<br />

em grande escala e como exigem as nossas críticas circunstâncias.<br />

(Leitão <strong>da</strong> Cunha, 1869: 8)<br />

2.ª <strong>–</strong> Depreciamento do algodão pela concorrência dos Estados Unidos;<br />

3.ª <strong>–</strong> Abolição do Maximum do juro pela lei de 24 de setembro de 1832;<br />

4.ª <strong>–</strong> Comércio direto do Pará e Piauí;<br />

5.ª <strong>–</strong> Exportação de escravos para o Sul.” (ibid. 1877:10 <strong>–</strong> Segun<strong>da</strong> Carta).<br />

76. Em 26 de junho de 1867 é nomea<strong>da</strong> pelo Presidente Franklin Américo de Menezes<br />

Dória uma comissão para estu<strong>da</strong>r as condições <strong>da</strong> Província em relação à absorção <strong>da</strong>s<br />

“correntes de imigração.” Compõem-na: como presidente o Barão de Anajatuba, o<br />

Comen<strong>da</strong>dor José Joaquim Teixeira Vieira Belfort, Drs. Antonio Marques Rodrigues,<br />

Manoel Jansen Ferreira, Antonio Cesar de Barredo, Antonio Henriques Leal, Tenente<br />

Cel. José Batista <strong>da</strong> Silva, Manoel dos Santos e Temístocles <strong>da</strong> Silva Maciel Aranha. Não<br />

se conseguiu apurar se esta comissão produziu algum estudo ou memória.<br />

Para maiores <strong>da</strong>dos consulte-se: Relatório com que o Presidente Franklin A. de<br />

Menzes Dória passou a administração desta província ao Sr. Antônio Epaminon<strong>da</strong>s de<br />

Mello no dia 28 de outubro de 1867,p.25.<br />

77. Em 11 de junho de 1871 o Presidente Augusto Olympio Gomes de Castro criou a<br />

Socie<strong>da</strong>de Maranhense Promotora <strong>da</strong> Colonização. Nomeou para acompanhar seus<br />

trabalhos o Desembargador Manoel Cerqueira Pinto. Acontece que o consul geral do<br />

Brasil na Suiça enviara ofício à presidência <strong>da</strong> província oferecendo seus serviços para<br />

organizar a “emigração de colonos europeus” para ali, devido a que Gomes de Castro<br />

recomendou à Socie<strong>da</strong>de que quando já tivesse traçado suas medi<strong>da</strong>s recorresse ao<br />

consul ou a ele se dirigisse.<br />

Vide: Relatório com que o Presidente Augusto Olympio Gomes de Castro passou a<br />

administração <strong>da</strong> Província ao Dr. José <strong>da</strong> Silva Maya no dia 19 de maio de 1871,pp.39-40.<br />

78. Num documento enviado ao Ministério dos Negócios <strong>da</strong> Agricultura, Comércio e<br />

Obras Públicas, no ano de 1876 e denominado Província do Maranhão <strong>–</strong> Breve Memória,<br />

o Dr. César Augusto Marques no tópico intitulado “Emigração e Colonização" atesta o<br />

seguinte: "Não há nenhuma para a Província” (Marques, 1876: 45).<br />

A ideologia <strong>da</strong> decadência · 121

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