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A Ideologia da Decadência – Leitura antropo - Nova Cartografia ...

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de junho de 1844, alerta os man<strong>da</strong>tários neste sentido: “o curto espaço<br />

de trinta e quatro dias que conto de Presidente” (pág. 3). Procede igualmente<br />

o Conselheiro José Pereira <strong>da</strong> Graça, segundo Vice-Presidente <strong>da</strong><br />

Província, ao abrir a segun<strong>da</strong> sessão <strong>da</strong> 20.ª Legislatura <strong>da</strong> Assembléia<br />

Provincial do Maranhão, em 8 de junho de 1875, após ter ocupado o cargo<br />

por três meses e meio.<br />

No curto período de minha administração não me sobrou o<br />

tempo para estu<strong>da</strong>r os negócios <strong>da</strong> província e falar-vos deles,<br />

em suas complexas relações com a abundância que convinha e<br />

eu ambicionava. (Pág. 5)<br />

Os governantes, pela menção ao período em que ocupam o cargo, justificam<br />

as limitações de suas análises apresentando-as como parciais e<br />

eiva<strong>da</strong>s de imperfeições. Encarregam-se eles próprios de relativar a<br />

importância dos documentos que produziram ao asseverar que o tempo<br />

determina a impossibili<strong>da</strong>de de elaborarem um “estudo atendo e<br />

completo dos fatos” (Moura Magalhães, 1844:3). Deixam transparecer,<br />

que cumprem tão somente um preceito constitucional, que reza <strong>da</strong> obrigatorie<strong>da</strong>de<br />

de expor aos governados o “estado dos negócios públicos<br />

provinciais”. Entretanto, há os que mencionam também não apenas o<br />

tempo de permanência no poder como impeditivo <strong>da</strong> compreensão<br />

dos próprios mecanismos <strong>da</strong> administração provincial, mas os seus inapropriados<br />

critérios de competência e saber ou “a exigui<strong>da</strong>de de<br />

conhecimentos administrativos” como diria Moura Magalhães (Ibid).<br />

O tempo agregado a estes recursos tidos como exíguos constitui, do<br />

ponto de vista do administrador, o grande obstáculo a uma análise com<br />

exação e ao desempenho de seu próprio papel executivo.<br />

Por outro lado, passando pelo reconhecimento destas limitações<br />

impostas aos administradores, há os que consideram o seu Relatório<br />

como um simples aditamento 2 de documentos anteriores. Apresentamno<br />

como algo que se acrescenta àqueles que eles mesmo já produziram<br />

em outras ocasiões ou àqueles produzidos pelos seus antecessores.<br />

Há ain<strong>da</strong> os que se restringem a tecer uma breve introdução e<br />

a seguir reproduzem de maneira consenti<strong>da</strong> os documentos <strong>da</strong>queles<br />

2. Vide Relatório apresentado por Luiz de Oliveira Lins de Vasconcellos à Assembléia<br />

Legislativa Provincial por ocasião de sua instalação no dia 13 de fevereiro de 1880.<br />

Maranhão, Tip. Do Paiz, 1880,p.3.<br />

A ideologia <strong>da</strong> decadência · 63

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