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A Ideologia da Decadência – Leitura antropo - Nova Cartografia ...

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junho de 1871 são aprovados pela presidência <strong>da</strong> província os estatutos<br />

<strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Maranhense Promotora <strong>da</strong> Colonização e a seguir se<br />

procede à sua legalização, a partir do que estaria apta a receber recursos<br />

do governo imperial. 90<br />

O desembargador Manoel Cerqueira Pinto foi nomeado seu<br />

vice-presidente e o Presidente <strong>da</strong> Província expediu ordem para que o<br />

tesouro provincial entregasse à referi<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de a quantia de cem contos<br />

de réis para ser aplica<strong>da</strong> na vin<strong>da</strong> de colonos. Recebeu-a em forma<br />

de apólices o tesoureiro <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de o “negociante” Joaquim Marques<br />

Rodrigues. A socie<strong>da</strong>de contava então com 114 sócios. 91<br />

Em 1875, sem que outros <strong>da</strong>dos tenham sido adiantados sobre<br />

a Socie<strong>da</strong>de Maranhense Promotora <strong>da</strong> Colonização, os documentos<br />

oficiais registram que foi nomea<strong>da</strong> uma comissão composta de negociantes<br />

(Martinus Hoyer, José Moreira <strong>da</strong> Silva, Candido César <strong>da</strong> S.<br />

Rosa, Gaspar Tobler, João Bento de Barros, Laurindo José Alves de Oliveira)<br />

e do lavrador (Alexandre Collares Moreira) com o fito de “receber<br />

os emigrantes que porventura aportassem à província”. 92<br />

Até então não existe qualquer menção sobre quem seriam os emigrantes<br />

e pelo que se pode entender não havia projetos em curso para<br />

trazer “colonos estrangeiros”. To<strong>da</strong>via, o Relatório de 1875 frisa que a<br />

comissão se reuniu para desempenhar suas ativi<strong>da</strong>des. Estas também<br />

não são cita<strong>da</strong>s.<br />

Neste período, partidários do trabalho “livre” como o mais racional<br />

chegaram a recrutar por conta própria “colonos cearences” para<br />

trabalhar em seus engenhos. 93 Os “colonos estrangeiros”, contudo, não<br />

se tem notícias se chegaram a vir. Os registros restringem-se às intenções.<br />

Antônio Henriques Leal, o consagrado autor do Pantheon<br />

Maranhense, foi encarregado de promover a colonização européia para<br />

o país, principalmente a alemã e a <strong>da</strong>s Ilhas dos Açores e <strong>da</strong> Madeira,<br />

entretanto, não parece ter sido bem sucedido (Pereira <strong>da</strong> Graça, 1872:<br />

38). O Cônsul geral do Brasil na Suíça, o visconde de Desterro enviou<br />

90. Vide a Falla com que o Vice-Presidente <strong>da</strong> Província Desembargador José Pereira<br />

<strong>da</strong> Graça dirigiu à Assembléia Legislativa Provincial em 29 de abril de 1872,p.39.<br />

91. Vide Relatório com que o Presidente Augusto Olympio Gomes de Castro passou a<br />

administração <strong>da</strong> província ao Dr. José <strong>da</strong> Silva Maya no dia 19 de maio de 1871.<br />

92. Vide Relatório do 1.º Vice-Presidente <strong>da</strong> Província José Francisco de Viveiros à<br />

Assembléia Legislativa Provincial em 1875.<br />

93. Leia-se Coqueiro, Edmundo. A vi<strong>da</strong> e a obra de João Coqueiro. Rio de Janeiro:<br />

Magalhães Coneard e Cia. 1942.<br />

132 · alfredo wagner b. de almei<strong>da</strong>

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